Tem sido miserável, repito, miserável, o que se tem passado na caixa de comentários. E enquanto eu me preparava para escrever qualquer coisa a esse respeito (será que vale a pena fazê-lo?), entrou este comentário, assinado pelo Marco:
«Acompanho o blog ao tempo, ainda enquanto havia mais escribas de serviço que o Cherba, que tive o prazer de ler e muita pena que o tivessem deixado de o fazer. Nunca comento mas hoje tenho de abrir uma excepção.
Primeiro porque a elevação nos comentários tem sido miserável. Ou não respondem ao Riga, ou fazem-no de maneira a que isto não pareça o recreio de uma escola no ensino básico. Depois, porque se tem obviamente de reconhecer o absolutamente excepcional trabalho desta direcção. Contudo o que se tem seguido é uma porrada de insultos a quem questiona uma ou outra política. Mas isto faz algum sentido? O Sporting é orgulhosamente um clube democrático. Se querem esse tipo de barraquice, há certamente um clube de azul e branco com que se identificarão melhor.
Discutam o que têm de discutir, ignorem o que vos parece excessivo. Dificilmente fica melhor para os que têm todo o gosto de vos ler […]»

o comentário continua, mas esta é a parte que mais interessa para este post.
Ah, a culpa é tua! Não, é tua! O caralho, a culpa é daquele! Tu és feio! Tu és amigo daquele e bates palminhas! E mais isto e mais aquilo. Não me dei, obviamente, a trabalho de contar, mas aposto que em 350 comentários, 200 serão neste nível. O que é que isso contribui para engrandecer o Sporting? Zero. O que é isso contribui para a Tasca ser um blogue que respira Sportinguismo? Zero?

Se há quem goste de centrar atenções por carências óbvias, se há quem goste de usar um tom provocador e contra corrente, se há quem não saiba controlar-se, também há quem alimente tudo isto, também há quem se divirta com o circo a pegar fogo, também há quem saiba controlar-se, mas não o faça propositadamente (nem que seja para ver se alguém é colocado porta-fora da Tasca).
No fundo, apontar o dedo é fácil. Colocar a mão na consciência é que é tarefa mais complicada.

p.s. – sim, isto incomoda-me. É verdade que só aqui me mantenho porque quero, mas dava jeito que percebessem que não o faço só por mim.