A Champions voltou. A hipocrisia também.
Nesta primeira jornada da liga milionária, vimos os corruptos a golearem, o carnide a perder em casa e o Sporting a empatar fora. Quanto aos corruptos, estamos conversados. Super exibição, alicerçada em erros defensivos primários do adversário e goleada justa. O carnide, com uma primeira parte desastrosa, com dois erros de palmatória do jardel, podia ter saído goleado da capoeira. O Sporting, fez o suficiente para ganhar mas foi traído por um erro de infantis protagonizado pelo Maurício.

O que é que vemos na imprensa? Um branqueamento inqualificável do jogo do carnide (teve 2 oportunidade de golo durante os 90 min), uma elevação justa da exibição dos corruptos e uma autêntica rajada de disparos de carabina contra o Sporting e os seus jogadores.
Pessoalmente, acho normal (e até justo) o linchamento de Maurício. O central acumula erros desde a primeira jornada e ontem foi um erro de infantis. Só não entendo porque é que o jardel escapou desse linchamento quando, os dois golos do Zenit nasceram de dois erros de saída de bola do brasileiro. Também acho estranho ver capas de jornais a valorizarem uma derrota como se de uma goleada se tratasse. E desvalorizarem por completo um empate fora que, numa competição como a Champions, nunca será um mau resultado (só é no nosso caso pela forma como esse empate aconteceu).

É nesta altura que entram em campo, não as danças sevilhanas da Catalunha, mas a memória selectiva de toda a comunicação social. Ora, vejamos:
Tendo em conta os investimentos, as ambições reais, os orçamentos e o facto de não terem nenhum tubarão no grupo, podemos concluir que o carnide tem como objectivo passar aos oitavos de final. Também parece consensual que o Sporting luta para ir à Liga Europa. Posto isto, qual dos dois está mais próximo de chegar ao seu objectivo? Ou qual dos dois deu um passo em frente rumo ao objectivo inicialmente proposto? Mas afinal, quem é que estava no Pote 1 e quem é que estava no Pote 3? Pois é…mas nenhum paineleiro foi capaz de referir isto. A tal hipocrisia.

Os comentadores escolhidos pela sic notícias para comentar os jogos do Sporting são sempre os “ácidos”, “polémicos” e “catastrofistas” Ribeiro Cristóvão (a quem nunca perdoarei o facto de ter dito em directo que mais valíamos não ir a jogo contra o City e perder por falta de comparência), Jorge Baptista e Joaquim Rita. Sempre estes. Já nos jogos dos rivais, aparecem os “moderados” João Rosado e outros. Isto não é por acaso. Há uma vontade (eu chamo-lhe de estratégia) para que o projecto de Bruno de Carvalho não tenha sucesso. Talvez porque crie muitos anticorpos, porque não é politicamente correcto ou porque anda a destapar muitos dos interesses escondidos que sustentam essa corja de comentadores. A prova disso é o post do Artista do Dia: Futebol Português onde o Jorge Baptista é completamente desmascarado ao “exigir” a convocatória do Ruben Neves para a selecção quando, uns meses antes, comparou o Adrien a um jogador do Carcavelinhos e defendendo o riscómeio da não ida do Adrien ao Mundial. Este é só um exemplo, entre tantos que vemos por aí. Aproveito para agradecer ao Mestre de Cerimónias por ter dado um exemplo que ajuda a compreender o que escrevi acima.

O Fight&Resist não pode abrandar. E agora, mais do que nunca, vão começar a chover todas as críticas, umas mais justas do que outras. Desde a escolha do treinador, à política de contratações, à postura do presidente, tudo servirá para malhar na nossa equipa. Ao mesmo tempo que tudo o que de mau se passa nos rivais vai continuar a ser branqueado. No fundo, tudo aquilo que já vem sendo recorrente, principalmente desde a época passada.
Quero acabar com uma mensagem de esperança. Confio no Presidente, confio no Treinador e confio nos Jogadores. Espero que façam todos uma autocrítica, porque todos eles, sem excepção, podem e devem melhorar. Cá estaremos para os amparar. Como sempre estivemos. Nos bons e nos maus momentos.

Agora, gritem comigo:
NÓS ACREDITAMOS… NÓS ACREDITAMOS… NÓS ACREDITAMOS EM VOCÊS!

* todas as sextas, directamente de Angola, Sá abandona o seu lugar cativo à mesa da Tasca e toma conta da cozinha!