A 3 pontos do campeão Tondela, a prestação do Sporting B só não será épica porque se tornou fácil de entender que mesmo os 4 classificados acima desta jovem formação não lhe são superiores. Mas o verdadeiro prémio desta equipa não são os pontos expressos na classificação, mas os degraus que são subidos na preparação de cada atleta para um dia poder passar de B para A.
Neste sentido será quase impossível passar ao lado da evolução de Luis Ribeiro, Mica Pinto, Palhinha, Francisco Geraldes, Gelson Martins, Matheus ou Podence, E convém mesmo que ninguém passe. Mas na hora de destacar jogadores e falar sobre o que de bom sucedeu pelos “Bs” será impossível não destacar acima dos mencionados 3 jogadores que, na minha opinião, foram os grandes pilares da equipa: Nuno Reis, Wallyson e Diego Rubio.

Quem já lê o blog ou visita esta página há algum tempo já deve ter lido inúmeras referências ao central Nuno Reis. Pois mesmo a acabar o seu contrato e sabendo que nunca foi “popular” nos Feitas Lobos…é para mim e sempre será um pecado não ter tirado deste jogador aquilo que sempre lá esteve – um grande defesa, um grande capitão, um líder. Já não será por Alvalade que provará esses méritos, mas fica aqui, mais uma vez a minha sincera premonição que estamos a “despachar” mais um Carriço ou Varela.

Wallyson. É um exercício banal elogiar este atleta. Não deve ser por acaso que muitos clubes, mesmo sem ainda sequer ter brilhado na equipa A até já apresentaram propostas…o que está ali não engana e na hora de escolher o elenco principal do meio campo da próxima época, o brasileiro terá de lá estar, na esteira de Adrien e nas pisadas do grande médio que será um dia, não tão distante como isso.

Para último deixei Rubio. Chegou com Carrillo, eram “apostas” para crescer dentro do clube, “devagar, sem pressas”. Cumprimos com o peruano, mas alguém falhou com o chileno. A um ano do fim de contrato Diego Rubio chegou, viu e venceu. 13 golos (o pronto-socorro às lesões da equipa A retiraram-lhe jogos e ritmo) em 20 jogos é em qualquer parte do mundo um registo que diz “não se esqueçam que existo”. Um avançado com os seus atributos não surge todos os dias e há montanhas de clubes à procura do próximo Raul, Ian Rush, Manuel Fernandes, Inzaghi, aquele finalizador que não treme na hora de enfrentar o guarda-redes. Não, Rubio não estará ainda no “no ponto”, mas quem sabe, com jogo e minutos o seu “game killing instinct” devolva a evidência que está pronto a fazer história no Sporting.

Seria injusto terminar este elogio à época do Sporting B, não valorizando o contributo de João Deus. Neste novo “testamento” a equipa foi mais estável, mais equilibrada e embora longe da perfeição, mostrou uma competência que não tinha até à sua chegada. Boa época malta. Viva o Sporting B!

Texto escrito por Javardeiro, in Leão de Plástico

* “outros rugidos” é a forma da Tasca destacar o que de bom se vai escrevendo na blogosfera verde e branca