…e mete-la dentro da baliza…” Um chavão que se houve muitas vezes numa bancada (principalmente da parte feminina do público – Mães, Avós, Tias etc) mas que pode servir para a real “pouca vergonha” do passado Domingo. Já lá iremos.

Antes de mais, e puxando um pouco a cassete atrás, para chegarmos à Final de Domingo, tivemos de despachar a rapaziada da Oliveirense (Opá, e já pela 2.ª vez esta época). Uma equipa em constante mutação. Mexida de treinador a meio da Época, muitas mexidas no plantel para a próxima época e o trauma de apanhar novamente o Leão Rampante pela frente. Resultado disto tudo, um 4-1 na pá e a certeza de que, mais do que um plantel recheado de bons jogadores, o espírito de equipa conta bastante. E aquela equipa da Oliverense já era mais um conjunto de jogadores. Nós, mesmo desfalcados, fomos mais fortes, mais conscientes, mais tranquilos, mais…tudo – Uma palavra para as excelentes exibições do Poka e do André Moreira (de regresso a casa, 2 golos) e o belo golo do André Pimenta. Do Figueira (1), João Pinto e Girão foi “mais do mesmo” e não vale a pena estar a repetir.

Para Domingo, a mais aguardada Final. Um regresso aos dérbis que decidem trofeus. Um regresso aos dérbis que enchem pavilhões, que fazem vibrar a bancada, que fazem roer as unhas. De uma lado, o slcoiso, campeão nacional, equipa fortíssima. Do outro lado, NÓS, com a Verde e Branca vestida e o Leão ao Peito, prontinhos a fazer frente ao sl e a lutar com todas as nossas armas para trazer o caneco para casa, para colocar mais uma Taça no nosso Museu e para nos catapultar definitivamente para o patamar a que temos direito “por lei”.

O jogo seguiu sempre em toada equilibrada, mas nós mais na defensiva e a espreitar o contra-ataque. Mas não estava a ser fácil. Temos um plantel mais curto, com muitos jogos nas pernas. O Girão (que exibição Gigante) chegava para as encomendas. Não conseguimos levar o jogo para o intervalo com 0-0 por uma infelicidade. O Poka (salvo erro) escorrega no meio campo e o argentino segue isolado e faz 0-1, mesmo à beirinha do intervalo. Este mesmo argentino (um excelente jogador, sem duvida) acha-se um espertalhaço de primeira. Pica os jogadores, com bocas, com toquezinhos foleiros etc e depois dá de frosques. Isto das duas, uma: ou somos mais inteligentes e não nos deixamos levar ou então é uma mocada no gajo (mas uma a sério), para ver se se põe fino e perde a mania. Mas nós deixámo-nos levar e foi aqui que começou a história do intervalo. (A sério, mas quem é que se lembrou de escolher um pavilhão onde as duas equipas saem pelo mesmo sitio? Estava-se mesmo a ver).

O João Pinto manda-lhe umas bocas, o Girão dá-lhe um toque junto à tabela e pronto…caldo entornado…Vem de lá o outro argentino e mocada no Girão. O primeiro argentino dá de frosques e fica a ver os colegas na confusão. Depois, o gr suplente espeta um selo no João Pinto e só não dá no Tiago porque…pronto. Conclusão da historia, 1 expulsão para cada lado (???) e barracada montada. By the way, ainda quero ver se o gr expulso continua na convocatória da Seleção Nacional…

Para a 2.ª parte, fomos aguentando o barco até que…enfim. Desde as expulsões ridículas do Figueira e do Girão, a ficarmos com 2 jogadores de campo, foi um salto. Para além da falta de qualidade dos 2 bonecos do apito, houve falta de bom senso. Se cabe na cabeça de alguém que um dos finalistas, a julgar pelo que se viu, fique a jogar com 3 jogadores? Foi tão ridículo, tão triste e tão desprestigiante para a modalidade… Enfim.

É uma pena que esta final fique marcada por isto. Todos sabemos que o sl é mais forte e, pelo desenrolar do jogo, estava por cima e teria mais hipóteses de vencer. A nós, não deixaram lutar pela vitória. As equipas e a modalidade mereciam outro respeito e outro tratamento. Do nosso lado, fica a consciência tranquila e a certeza de que fizemos uma época excelente e muito acima das nossas expectativas. “ Mas não ganhamos esta Final…”. Certo, mas ganhar a qualquer custo não é a nossa cena. A nossa génese é outra (e ainda bem!).

No campeonato, ficámos a 1 misero pontinho da Liga dos Campeões (Liga Europeia). Não querendo acreditar em cambalachos, ainda me custa a engolir o último golo do Valongo no dragão, a 1 minuto do fim. Sem esse golo, íamos nós. Mas estas coisas resolviam-se se não tivéssemos perdido pontos com equipas que desceram. Saldo Final da Época: 5.º Lugar, Final da Taça de Portugal e Vitória na Taça CERS. Um luxo que teve muita ajuda das pessoas que, de 15 em 15 dias enchiam o pavilhão do Livramento e que, aos poucos, foram começando a gostar cada vez mais da nossa equipa, dos nossos rapazes. Bravo!!!

Para a próxima época, adivinham-se algumas mexidas no plantel. Mas dessas, falaremos mais à frente. Para já para já, Muitos Parabéns a toda a secção de Hoquei Patins. Dirigente, treinadores, jogadores e a todos que, com as suas funções menos “badaladas”, contribuíram muito para o que se pode considerar uma época de sucesso. Foram Enormes. E a malta tem muito orgulho em vós! Boas férias e SL!

*às quintas, o Tó Livramento irrompe pela cozinha de stick na mão e patins vintage nos pés