aquilani«(Jorge Jesus) Surpreendeu-me a sua forma de trabalhar. Aliás, posso dizer que uma das razões por que também vim para o Sporting foi porque ele seria o treinador, trata-se de um treinador de top. Já tinha ouvido falar muito dele, e além disso, sabia que se ele vinha para aqui é porque estávamos a iniciar um projeto vencedor. Trata-se de um treinador que trabalha a 360.º, desde a tática ao mais pequeno pormenor. Mete-se em tudo, não deixa nada ao acaso, e isso não deixa nenhum jogador indiferente.» Assim, e dizendo que no final da carreira dirá que se lembra bem de Jorge Jesus, o italiano comparou-o a Fabio Capello: «Provavelmente, colocava-o ao nível de Capello. Foi o meu primeiro treinador na Roma e é um técnico muito importante no percurso de um jovem. Capello era uma espécie de martelo para os jovens, sempre a dar-nos na cabeça. Jorge Jesus é muito semelhante nesse aspeto e faz-me lembrar Capello, não para até conseguir aquilo que na sua opinião entende como o melhor.»

R – Ao longo do seu trajeto, cruzou-se com presidentes como Andrea Della Valle (Fiorentina), Andrea Agnelli (Juventus) ou Silvio Berlusconi (Milan). Agora, no Sporting, conheceu Bruno de Carvalho. Que opinião tem do presidente do clube?
A – É um presidente um pouco atípico. Pensa no Sporting 24 horas por dia, além disso vai para o banco, coisa que nunca tinha visto. Na verdade, trata-se de um presidente que tem o Sporting no sangue, disso ninguém pode duvidar.

«Quero ganhar o primeiro título no Sporting»

«Tive o privilégio de aprender com Guardiola»

R – Pelo que foi possível observar desde que chegou ao Sporting, acha que a equipa fica mais fraca sem um jogador como Carrillo?
A – Carrillo é um grande jogador. Não o conhecia, mas no mês e meio que trabalhei com ele foi possível observar que se trata de um jogador com muito talento.
R – E como olha para a situação atual, que culminou com um processo disciplinar ao jogador?
A – É difícil para um colega de equipa falar desta situação. Não sei como as coisas estão, não conheço esse processo e então torna-se difícil opinar sobre esse tema.

«Vamos a casa do Benfica só com um objetivo: vencer»

R – O Sporting foi afastado da fase de grupos da Champions pelo CSKA, numa eliminatória que motivou muitas polémicas. Esses jogos foram complicados de digerir ?
A – Sim, posso garantir que foi complicado. A Liga dos Campeões era muito importante para nós, joga-se a um nível alto, temos muita visibilidade, jogamos contra equipas fortes. Por isso fez-nos mal sair. Depois, além disso, não podemos esquecer a forma como fomos eliminados, tudo algo estranho. Para ser sincero, tudo aquilo que aconteceu nessa eliminatória foi um pouco frustrante. Aliás, não tenho problema em assumir que ainda não digeri o afastamento da Champions; a Liga Europa não é o mesmo.

R – No Sporting já jogou na posição 6 e na 8, mas em Itália também foi utilizado como um 10. Qual a posição onde se sente mais confortável?
A –Como 8 sinto-me mais livre, mas também gosto de jogar como 6. Na Fiorentina jogava como um 10. É-me indiferente, desde que jogue, estou à vontade em qualquer situação.
R – Não podemos deixar de falar sobre o regresso de William Carvalho. A equipa fica mais equilibrada com ele?
A – É um jogador muito importante, com características diferentes dos outros. Não o conheço assim tão bem, mas sei que tem muito potencial.
R – Acha que pode ter maior liberdade de ação, sempre que jogar com William Carvalho?
A –Quando jogamos com grandes jogadores, é sempre mais fácil.
R – O plantel tem Aquilani, William, Adrien, João Mário, André Martins, Bruno Paulista. Muita concorrência?
A – Sem dúvida. São muitos jogadores de valor e jovens, o clube pretende valorizá-los, e isso para mim pode ser um problema, como é lógico. Mas sou inteligente ao ponto de entender essa situação, claro que quero jogar sempre. Mas há um treinador que faz as opções e a mim compete-me dificultar-lhe a vida.*

«Não tinha ideia que quando jogava fora de casa, o Sporting tinha tantos adeptos nos estádios. Isso deixou-me encantado. Os adeptos são fantásticos, dão-nos grande apoio e isso, não escondo, surpreendeu-me»