Sou um gajo competitivo por natureza e mentiria se dissesse que pouco me importa se a Tasca é ou não eleita blogue do ano (a propósito, a votação está a decorrer no site oficial do Sporting e podem deixar o vosso voto clicando aqui). Mas, desde que foram lançadas as nomeações, tenho dado comigo a pensar em dois ou três pormenores.

Primeiro, que devia deixar um anorme aplauso a quem, dentro do Sporting, se lembrou de dar destaque aos blogues afectos ao clube e dizer que seriam merecidas menções honrosas para várias páginas de apoio que não entram na categoria de blogue. Seja como for, o lançamento desta votação é o reconhecimento da incontornável importância que vários cantinhos espalhados pela blogosfera têm na vida diária do clube e na forma como os adeptos o encaram e o sentem.

Em segundo lugar, dei comigo a olhar para os universo de blogues e a pensar que o Sporting devia orgulhar-se de ter uma tão grande pluralidade de opiniões enriquecedoras. Resumindo-me aos três blogues que entram com a Tasca na corrida final – Leão de Plástico, Artista do Dia e As Redes do Damas – fica desde logo vincada a diferença de personaidade entre cada um deles. Mas, mais do que isso, fica bem expressa aquela que é a mais valia destas diferenças: cada um deles, à sua maneira, cobre o universo de temas que interessam aos Sportinguistas e, mesmo sem se darem conta disso, trabalham em conjunto para defender um clube e para promover o sentimento que liga milhões de adeptos.

Por fim, dei comigo a pensar que, embora sendo um blogue na sua génese, a Tasca ultrapassa esse universo virtual. Aqui se formam amizades, aqui se abraçam causas sociais, aqui se dão boleias e bilhetes, aqui se marcam almoçaradas e futeboladas. Aqui, o Sportinguismo ultrapassa as barreiras virtuais e faz com que A Tasca seja mais do que um blogue. Ainda ontem, um grupo de tasqueiros e tasqueiras resolveu brindar-me com uma prenda de natal antecipada: sabendo que, por questões pessoais, tinha tido que abdicar de comprar gamebox, trataram de oferecer-me uma para mim e para a minha filha. Dizem eles que foi uma forma de poderem agradecer a existência deste espaço que, lá está, permitiu que as trocas de ideias virtuais se transformassem em amizades pessoais. E eu, mesmo sendo um gajo competitivo e com enorme mau perder, tive, uma vez mais, a confirmação que a Tasca é muito mais do que um blogue e que essa é uma vitória que não carece de votação. Esse é o melhor prémio que alguma vez poderei receber: saber que a chama leonina que aqui se alimenta e que nos une, serve para deixarmos de ser “tecladores” e “opinadores” e nos assumirmos como algo de que tantas vezes nos esquecemos de ser. Pessoas. É isso que a Tasca é. Obrigado, pessoal.