Olá, Rui.
Ao tempo que ando para escrever-te, mas o raio do tempo insiste em ser curto e aquilo que tenho para dizer-te não é coisa que se diga sem a atenção que mereces. Tu, que fazes parte da minha história de Sporting, tu que tens crescido de Rampante ao peito, tu que, neste momento, gozas umas merecidas férias rotulado de melhor guarda redes europeu.
Sabes, por mais que um gajo goste de ter a bola no pé, é impossível não se sentir fascinado com essa coisa de ser guarda-redes. Lembro-me, tinha eu os meus cinco anos, de ver a nossa baliza ser defendida por um tipo de farta bigodaça, o Meszaros. As memórias são meio perdidas, mas aquela mania que o gajo tinha de passar a bola por trás das costas ou de lançá-la para a frente a fingir que ia começar a correr e depois voltar a agarrá-la (outros tempo, outras regras) eram coisas que lhe davam um estilo extra.
Depois veio o Damas e, aí sim, as memórias ficaram gravadas. Não havia forma de falar no Sporting sem falar no Damas. Ou vice versa. Símbolo, essa coisa que poucos jogadores podem orgulhar-se de ser. Era o tempo de eu querer jogar futebol desde que acordava até que me deitava, apostado em chegar ao final do dia com as joelheiras de napa feitas num fanico e a ameaçarem a tal da bombazina com que eram feitas as calças da moda (agora imagina o que sofriam os joelhos quando vinha o calor e nós, ao ritmo da música do Verão Azul, queimávamos a brincar todos os três meses de férias). Era o tempo de eu descobrir o Maradona, era o tempo de me espantar com as defesas do Harald Schumacher e do Jean Marie Pfaff e de, numa altura em que se dizia que um tal de Rinat Dasayev era o melhor redes do mundo, eu colocar-me no meio de dois postes feitos de pedras da calçada e gritar que era o Damas!
E custou até gostar de outro guarda-redes. Teve que vir um maluco chamado Tomislav Ivkovic, gajo que é capaz de ter sofrido tantos golos por culpa própria como de safá-los. O Tomi pegou de estaca, defendeu um penalti do Maradona, na eliminatória frente ao Nápoles, e voltaria a repetir a graça em 1990, naquele Mundial onde a Jugoslávia merecia ter feito história. E já que falamos em história e em guarda-redes, o capítulo seguinte escreve-se com um nome: Peter Schmeichel. Jamais hei-de esquecer-me do dia em que chego ao quiosque e vejo uma manchete a dizer “Schmeichel voa para Alvalade”. Fiquei maluco e a loucura haveria de revelar-se incontrolável quando, nessa mesma época, o gigante dinamarquês seria peça incontornável na conquista do campeonato que nos escapava há 18 anos.
O Schmeichel saiu e foi necessário esperar meia dúzia de anos para tu apareceres. O teu nome já era falado como o futuro dono da baliza do Sporting e a teoria reforçou-se quando saltaste do banco, no Caldeirão do Funchal, para defenderes um penalti e segurares a nossa vitória. Escrevia-se o primeiro capítulo da tua história na baliza da equipa principal do Sporting Clube de Portugal. Uma história que tu fizeste por merecer e que é tua por direito. Uma história onde foste capaz de superar tudo e mais alguma coisa, principalmente a desconfiança daqueles de deviam, sempre, apoiar-te. Ao ponto de, e toma lá um segredo que fica entre nós, o único jogo em que estive perto de abandonar mais cedo o meu lugar em Alvalade ter sido por estarem a maltratar-te. Jamais me esqueço daqueles imbecis que, em coro e em cântico, entoavam o nome de um tal Stojkovic pedindo ao treinador para te tirar da baliza (uma vénia ao Paulo Bento e ao momento em que a sua teimosia fez todo o sentido).
Tal como jamais me esqueço que foste tu, durante aqueles anos negros, que tiveste que dar a cara, semana após semana, embaraçado pelo peso dos maus resultados e apenas capaz de dizer que a solução era levantar a cabeça. Foi o que fizeste. Foi o que fizemos e nunca te esqueças que és peça incontornável do regresso do Sporting. São tantas e tantas as defesas que celebrámos juntos, daquele toque epicamente milimétrico no último segundo, frente ao City, ao penálti que disseste que ias defender e defendeste no estádio do dragão, passando pelas saídas incríveis frente ao Chelsea ou frente ao Schalke, sem esquecer, obviamente, aqueles penaltis defendidos na final da Taça de Portugal (a lista é demasiado extensa e, felizmente, existem vídeos de sobra para confirmarem tudo o que de bom fazes entre os postes).
O que aconteceu, recentemente, no Euro é um prémio para um percurso nada fácil. Em França, tal como em Portugal ao longo de todos estes anos, de cada vez que voas para a bola e impedes um golo, fazes engolir em seco todos os que esperam um mínimo deslize da tua parte para te criticarem. E as tuas defesas são ainda maiores quando, no rescaldo, falas delas como algo importante para a equipa. Quando a tua postura se mantém e não puxas para ti o mérito e os louros. Quando nos mostras a todos que o Sporting formou um enormíssimo guarda-redes, mas, mais ainda, formou um homem com H tão grande quando o peso da camisola que veste. Da camisola que eu gostava que continuasses a vestir até ao final da tua carreira e que com essa camisola que é a de todos nós celebrasses todas as conquistas que mereces celebrar.
Por esta altura és capaz de estar a perguntar-me se este é um texto para agradecer-te ou se é um texto para dizer-te o quanto quero que continues de Leão ao peito. É um misto que talvez fique mais em explicado neste último pedaço de história que me apetece recuperar, na segunda metade da década de 60. Nessa altura, o Damas, o tal de quem és sucessor, ficou fascinado com uma fotografia que estava na famosa Porta 10A. Era uma foto do Carlos Gomes, o redes que era suposto o Damas vir a suceder, a fazer uma enorme defesa. E sempre que passava por essa fotografia, ainda com idade de juvenil, o Damas dizia para si mesmo, “vou ver se um dia consigo fazer uma coisa destas”.
Nós já não temos Porta 10A, mas acredito que se a justiça te for feita, algures num corredor do nosso Estádio ou da nossa Academia, a mesma que tem em ti representante da primeira fornada, existirá uma foto tua a fazer uma enorme defesa. Não terás boné, como o Carlos Gomes, mas, tal como hoje, terás milhares de crianças a perguntarem a elas mesmas se conseguirão fazer uma defesa à Patrício, aquele rapaz alto, de sorriso envergonhado, que com esforço, dedicação e devoção conseguiu colocar Alvalade a gritar, em uníssono, “Ruuuuuuuuuuuui!”, de cada vez que voa para uma bola e nos garante serem aquelas as mãos que nos seguram os sonhos.
15 Julho, 2016 at 7:31
Bom dia. Um excelente texto para um símbolo presente e futuro do Sporting.
Mais madrugador do que é habitual, por obrigações familiares, fica a satisfação do primeiro comentário do dia e o desejo que o Rui permaneça no Clube até ao final da sua carreira.
SL
15 Julho, 2016 at 7:49
Tudo de bom para o Rui
Saiu do banco no Funchal ou jogou de inicio de ido a lesão do Ricardo??
15 Julho, 2016 at 8:01
Veio do banco
15 Julho, 2016 at 8:49
Tens razão, o Rui Patrício entrou de início. Tenho visto esse erro de ter saltado do banco a meio do jogo muitas vezes repetido, mas ele alinhou de início. O Tiago estava lesionado e o Rui seria o suplente, mas o Ricardo lesionou-se no aquecimento e por isso o Rui teve que alinhar de início.
15 Julho, 2016 at 9:51
Entrou de início, sim. Lembro-me de muitos adeptos estarem nervosos por ele ser um puto e nao termos mais ninguém. Obrigado, pensei que a memória me traía.
15 Julho, 2016 at 7:51
Tenho grande apreco por guarda redes porque o meu jeito para o futebol nunca foi muito e à baliza até me safava bem. Nos meus tempos de escola e por alturas do Italia 90 tratavam-me por Zenga.
O Rui faz parte da nossa história e é um dos nossos símbolos e é um Homem que tem uma grande força interior porque não é qualquer um que aguentava o que o Rui aguentou.
Acredito que irá fazer toda a carreira de Leão ao peito a não ser que um dos 4/5 tubarões do futebol o queiram. Pode até haver propostas mas não acredito que saia para um clube qualquer por dinheiro.
Esta é a tua casa, obrigado por estares connosco Rui
15 Julho, 2016 at 8:03
“Paaa-tri-cioooo
Rui Pa-tri-ciooo
Tens a garra de leão
Ficarás na história
Uma grande glória
Obrigado campeão” … É ensaiar esta com o ritmo alcoolizado dos galeses (“don’t take me home”)
15 Julho, 2016 at 11:27
essa é complicada de ser cantada….arraja outra musica 😉
15 Julho, 2016 at 8:05
Ao contrário de ti, Cherba, nunca gostei do Ivkovic. Era daqueles que me enervavam por parecer que iam ‘frangar’ em cada remate à baliza. Aqueles golpes de vista falhados…enfim.
Foi Schmeichel o 1º a merecer a minha atenção entre os homens da baliza. Era um consagrado a vestir a nossa camisola e passei dias a beliscar-me até ter a certeza que ele aterrara mesmo em Alvalade. Ficou como um símbolo de outras paragens e alguém importante na quebra de um jejum longo demais, que havia durado toda a minha vida até àquele Maio de 2000.
Orgulho-me de ser dos que sempre defendeu o nosso Rui Patrício. Não ia ao Estádio quando ele apareceu a defender as nossas redes. Não passei em Alvalade os calafrios do início e nunca, mesmo longe, duvidei do valor dele. O Rui tinha nele o toque dos predestinados. Mesmo facilitando de quando em vez, nunca vi nos seus erros mais do que as dores de crescimento de um guarda-redes de topo, que teria de errar mais que outros simplesmente porque a bola lá chegaria mais vezes do que devia.
O Rui mostrou sempre uma personalidade forte, a toda a prova. Nunca pareceu afectado com os erros e foram muitos dos Sportinguistas que prejudicaram o seu crescimento. Era fácil bater no miúdo quando o que ele mais merecia era uma palavra de alento.
Aquilo que hoje alcançou, foi à custa do seu esforço, do seu trabalho. Não deve nada a ninguém e conquistou tudo e todos com o seu carisma e a sua QUALIDADE.
O Rui é top mundial e os últimos 3/4 anos da sua carreira vêm provando isso. Tem sido determinante, uma peça chave na equipa e merece como poucos o titulo nacional que a todos nos tem escapado. Também eu espero e desejo que termine de verde-e-branco e, por mim, tem-lhe reservada a outra baliza do José Alvalade onde deverá um dia ser-lhe associado o seu nome.
Obrigado Rui! Por tudo. Da minha parte terás sempre um “Ruuuuuuuiiiiiii” a cada defesa.
15 Julho, 2016 at 10:16
Curiosamente de quem o grande Peter esperava um brilhante futuro era do Nuno Santos. Nunca rendeu… Acho que a baixa estatura nunca ajudou…
15 Julho, 2016 at 10:40
Ireland, o Nuno Santos era companheiro de equipa do Peter, tinha 21 anos e são naturais as palavras de apreço daquele que era o número um da nossa baliza. Julgo que era mais para ser cordial com o colega.
Teve um percurso interessante nas camadas jovens (inclusive nas selecções) e, para a época, nem era considerado baixo. Nunca lhe vi nada de especial mas esperava que tivesse feito uma carreira mais interessante.
15 Julho, 2016 at 8:22
O Rui, tal como o Sporting, é nosso!
O Rui é esforço, raça, abnegação e sacrifício, como naquela final da Taça com o Braga, onde mesmo a coxear foi gigante, defendendo e amedrontado o adversário com a sua presença
As recordações de grandes momentos do Rui que o Cherba nos traz já dão para fazer um filme e juntaria a esses a eliminatória da Taça em que defendeu o penalty no Dragão. Disse a um seu colega que o defendia, e defendeu!
É hoje um guarda redes completo, de topo como se viu neste Europeu, mas também começo a sentir que 2015/16 poderá ter sido a última vez que o vimos jogar com as nossas cores.
Gostaria de estar enganado e que o Rui aceitasse ficar para se tornar símbolo maior do clube, ajudando a conquistar títulos, nacionais e europeus.
SL
15 Julho, 2016 at 10:20
Esse episodio no dragao com a famosa frase “nao te preocupes que vou defender esta merda” e para mim… epico.
15 Julho, 2016 at 8:27
Não sei se conseguirei estar presente no primeiro jogo em Alvalade esta época do Rui Patrício, mas espero que eles recebem enormes felicitações quando isso acontecer em todo o estádio. Tanto a ele como aos restantes campeões europeus.
15 Julho, 2016 at 8:27
Bom dia tasqueiros,
Sendo ligeiramente mais velho que o Cherba, foi também Meszaros a minha primeira referencia na baliza verde e branca, uma vaga ideia do Vaz e do fidalgo, essa espécie de comentadeiro…
O regresso do Damas, de que ouvia falar mas que conheci com as camisolas do Guimarães e portimonense, até voltar à nossa casa.
Peter Schmeichel tive a sorte de o ver logo no inicio da época, estágio nas Caldas da Rainha e recordo a sensação de encontrar aquele armário na rua e ficar a olhar fascinado, é mesmo ele. Foi com ele na baliza que comecei a comprar bilhete para a época toda, recordo as defesas e as broncas aos colegas, aos apanha bolas…foi embora e fomos campeões com o Nelson e o Tiago, quem diria? 😀
Falar sobre o Rei Patricio, é ficar logo com um sorriso e saber que estou a ver um dos maiores com a nossa camisola, se a baliza sul é do Damas, ele terá um dia o seu nome na norte, espero que seja daqui a muitos anos, quero continuar a aplaudir o Marrazes e a gritar RUUUUUIIIII quando ele faz uma daquelas defesas impossíveis com a eficácia e sobriedade que o caraterizam.
E O SPORTING É O NOSSO GRANDE AMOR
15 Julho, 2016 at 8:29
Ainda me lembro de me cair o coracao nas maos sempre que este saía a um cruzamento. Nunca fui dos que apoiou Stojkovic, mas também nao me rendi ao Rui até aos últimos anos, quando cresceu desmesuradamente como atleta e guarda-redes.
Hoje? Rendido. Dos últimos 25 anos (desde que vejo futebol) só nao é melhor que Schmeichel. Porque Schmeichel era Schmeichel e nao vai voltar a haver igual.
RUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!
15 Julho, 2016 at 8:32
Todos esses e o Ricardo, até saber que era lampião. Depois disseram-me que se tinha convertido ao Sporting e eu acreditei, voltei a gostar. Não quero saber se é mentira, portanto não me corrijam sff.
Quanto ao Patrício, sempre tive carinho por ele. É sem dúvida, um grande exemplo para todos os jogadores e guarda-redes, e até para nós comuns adeptos. Trabalhou no duro e sempre deu o seu melhor, nunca desistiu mesmo quando tudo parecia impossível. É um exemplo, um EXEMPLO, para todos.
Quando vejo a burrice de adeptos de outros clubes, penso que ser sportinguista é um privilégio, porque nós não fazemos figuras tristes. Mas depois lá me lembro do enxovalho que o Patrício levou em Alvalade, na sua casa, pelos sua própria família! E tenho vergonha, muita VERGONHA.
A história encarregou-se de lhe fazer justiça a tudo o que ele é, tornou-se um excelente guarda-redes graças ao seu trabalho e como diz o texto um grande HOMEM (tudo caps, não é só o H) devido ao seu grande valor humano. E não foi fácil para mim após o Moutinho em que jurei zero ídolos, mas digo-o desde o malfadado ano do 7o lugar que Rui Patrício é ÍDOLO.
E apenas depois disto tudo, no Domingo tornou-se no melhor guarda-redes da europa e assim será para os próximos quatro anos. A cereja no topo do bolo. Desejo tudo de bom a Patrício, tudo e tudinho, que seja sempre muito feliz. Tenho a esperança que fique com o Sporting, mas mesmo que não seja possível, que um dia volte noutras funções. É uma HONRA.
E com isto gostaria só de deixar este insulto a quem merece: VAI BUSCAR GOSMA DA SILVA, ANIMAL DE MERDA. Peço desculpa.
E agora, uma última palavra: *estende o cachecol do Ru1* VIVA SÃO PATRÍCIO!!!
15 Julho, 2016 at 8:33
Siiiiiiiimmmmmmmm!!!!
Quer dizer… Ruuuuuiiiiiiiiiiii!
15 Julho, 2016 at 8:35
Enorme Rui. Antes de mais, que acabes aqui a carreira. O Damas dá-te um poste da baliza sul.
O que tu cresceste… hoje és de topo mundial… The Last Wall!
Não gosto de ir à baliza, não sei… sou do tempo em que o gordo é que ia.
Mas tenho um respeito enorme pela posição. Adoro a escola italiana.
Buffon é o meu favorito.
15 Julho, 2016 at 8:42
Quem é esse tal de Buffon?
Só conheço o Rei Patrício 😀
15 Julho, 2016 at 8:54
Diz-se por aí que a mulher é engraçada…
15 Julho, 2016 at 8:58
E é mesmo…
15 Julho, 2016 at 9:25
Verde e… sábio.
15 Julho, 2016 at 9:43
A Ilaria D’Amico?
Diria que é uma bela MILF, estamos de acordo em algo 😀
15 Julho, 2016 at 9:58
Quem é que precisa da mulher do Buffon quando temos a Patricia Mamona? 😀
15 Julho, 2016 at 8:38
Bom dia ,
tenho uma admiraçao enorme por Rui Patricio , por tudo , mas acima de tudo por ser um jogador de topo , é um redes de equipa grande um predestinado , partilho aqui convosco , por ser verdade , a expressao que usei ao ver o Portugal-França , – lixaran-nos (com F ) a MAQUINA mas ainda lá temos outra , é o que acho sobre Rui Patricio uma MAQUINA , um jogador de top mundial !
15 Julho, 2016 at 9:55
Quando nos lesionaram a MÁQUINA fiquei tranquilo… ainda tinhamos a máquina Renatu Xanxes… 😀
15 Julho, 2016 at 8:57
O primeiro que me lembro a sério foi o Damas quando substitui o Carvalho. Deste ainda me lembro, mas as recordações já são muito difusas.
Fiquei fo**do quando o Damas saiu para Espanha. Quando regressou fiquei novamente fo**do por não ter ido para o Sporting e finalmente fo**do fiquei quando abandonou.
Gostava que o RUI continuasse no Sporting até ao fim. Mas ele merece ir para um colosso mundial pelo nível que tem e pelos anos de dedicação que tem tido no nosso Sporting. Gostava que ele fosse para esse colosso, mas depois de ser Campeão Nacional pelo Sporting Clube de Portugal.
15 Julho, 2016 at 9:05
RUUUUUUUUUUIIII
Z
15 Julho, 2016 at 9:15
Já agora, e porque não sou hipócrita devo dizer em abono da verdade, que nunca pensei, durante os primeiros 4 ou 5 anos, que o Rui atingisse o nível que tem hoje. Sempre pensei que serei um guarda-redes bastante bom entre os postes, mas que no resto seria mediano. O seu crescimento surpreendeu-me e hoje penso que pode ainda ir mais acima. Está com 28 anos, a idade comummente aceite como o início o apogeu dos guarda-redes, e por isso penso que com o treino correcto pode ainda atingir patamares mais elevados.
Sei que o Paulo Bento tem hoje muitos detractores no Sporting. Eu critíco-o sobretudo por não ter sabido sair a tempo e pelos disparates no biénio 2012-2014 na selecção. Mas manda a verdade dizer que se não fosse ele , o Rui talvez não fosse hoje o nosso guarda-redes e talvez não tivesse atingido o nível que tem. Nunca saberemos (e ainda bem). Não sou mal-agradecido, e por isso ficarei sempre grato ao Paulo Bento por ter insistido com ele praticamente contra tudo e contra todos.
15 Julho, 2016 at 9:26
Um vez teimoso, sempre teimoso. Nisso, o Bento sempre foi coerente.
15 Julho, 2016 at 10:24
🙂
15 Julho, 2016 at 9:21
Vi jogar o Carlos Gomes, o Carvalho, o Damas e todos os que se seguiram até chegar a tua vez aos 18 anos a meio de um jogo nos Barreiros , júnior ainda, entrar para substituir um colega que fora expulso e provocado uma grande penalidade. Era natural que te sentisses nervoso com a responsabilidade que de repente caiu sobre ti. Nem tempo tiveste para os habituais exercícios de aquecimento, mas foste confiante como se fosses um veterano para o meio da baliza. Olhas-te para a bola e depois para o adversário, o árbitro apitou e o jogador do Marítimo remata para ver nascer o maior guarda-redes de Portugal. Tu defendeste e o Sporting ganhou por 1-0.
Sucedeste a outro monstro sagrado, Vítor Damas, mais elástico, mais elegante, mais mediático, mas tu com a tua simplicidade, a tua humildade a tua perseverança, e o teu suor conseguiste ir virando uma opinião pública, interna e externa até seres considerado o maior guarda-redes da Europa.
Por tudo isto, quando é marcado um penalty contra o Sporting eu fico descansado e digo simplesmente, está lá o Rui, não há crise.
Obrigado Rui Patrício, tenho muito respeito por ti, como tu tens pelo Sporting.
15 Julho, 2016 at 9:27
OFF (não sei se já colocaram aqui):
Nuno Saraiva:
“Rui Gomes da Silva disse em público, sem se rir que, e passo a citar, “se fosse presidente do Benfica não contratava Ruí Patrício”.
É uma opinião, no mínimo, singular. Eu, se tivesse a responsabilidade de constituir equipas dirigentes, também nunca convidaria Rui Gomes da Silva para integrar qualquer governo ou direcção de um clube.
Mas há três coisas que o comentador da SIC jamais nos tirará: o Rui Patrício ter sido eleito o melhor guarda-redes do Europeu, ser atleta de referência do Sporting Clube de Portugal e ser um dos Campeões da Europa Made in Sporting.”
Gostei, até por ser ele a responder, resguardando o nosso presidente.
15 Julho, 2016 at 9:28
Off, ou talvez não 🙂
15 Julho, 2016 at 9:58
ainda bem assim comprea destes…
https://www.youtube.com/watch?v=gnz4FiEx1n0
15 Julho, 2016 at 9:32
Caramba Cherba!…. Que belo texto este e que justíssima homenagem ao Rui Patrício. Espero que ele possa continuar connosco… RUUUUIIIIIIIIIII
15 Julho, 2016 at 9:32
Rui, sou do Sporting e sei que és do Sporting.
Obrigado pela tua entrega e dedicação.
https://www.facebook.com/TelmoEsteves24Films/videos/1224750927544779/
15 Julho, 2016 at 9:33
King William
William Carvalho poderia ter ingressado no Benfica mas optou por rumar ao Sporting. Em entrevista ao site ´MaisFutebol`, o médio explicou as razões de ter optado pelos ´leões` em detrimento das ´águias`.
“A paixão pelo Sporting [fez recusar o Benfica]. Sendo sportinguista e sabendo que o Sporting apostava mais nas camadas jovens, achei que entre um clube e outro não havia escolha. Então quando fui treinar ao Benfica o Sami [colega que acompanhou William aos treinos no Seixal] foi lá ter comigo, a dizer-me para ficar, que era um grande clube. Mas não foi possível, queria mesmo era o Sporting…”, explicou William.
Com a recusa em ir para o Benfica, William Carvalho chegou a pensar que tinha perdido o ‘comboio’ do futebol.
“Pensei, até porque o Benfica foi o primeiro grande a abordar-me. Cheguei a ir treinar ao Seixal. Mas depois, felizmente, apareceu o Sporting”, atirou.
Ainda na mesma entrevista ao ´MaisFutebol`, o recém campeão da Europa agradeceu a Leonardo Jardim por ter apostado nele no Sporting. William confessa que sempre teve o sonho de representar a seleção mas que nunca pensou sem ser campeão europeu por Portugal.
O médio recordou a infância e o caminho que percorreu até chegar a elite do futebol.
“Sempre soube que para chegar a algum lado tinha de fazer sacrifícios. Mas eu não era especial: havia muitos miúdos como eu a fazer sacrifícios. Muitos miúdos tinham de sair de casa dos pais aos 13 anos e ir viver para a Academia, coisa que eu não tive de fazer. Sei que para esses rapazes foi muito difícil. Joguei com colegas que tinham tanta ou mais qualidade do que eu, que fizeram tantos ou mais sacrifícios do que eu… Acho que é acima de tudo uma questão de trabalho e de oportunidade”, comentou
http://desporto.sapo.pt/futebol/primeira_liga/artigo/2016/07/15/william-carvalho-a-paixao-pelo-sporting-fez-me-recusar-o-benfica
15 Julho, 2016 at 10:29
Saber que para alem de se ser bom, persistente e trabalhador e tambem preciso sorte e oportunidade mostra saber estar bem na vida.
15 Julho, 2016 at 12:05
Este sabe bem o que quer.
Mesmo que fique este ano o futuro passará por Itália, Espanha ou Uk.
15 Julho, 2016 at 9:49
Que bela homenagem ao nosso keeper. Algumas linhas são autenticas colheres de mel (não todas senão enjoava :D).
Algumas vezes me “revoltei” com a forma como um treinador que sempre nos representou com dignidade é aqui tratado só porque esteve cá no tempo e pela mão dos croquetes. O mérito é do Rui, mas como referiu e bem o Cherba, devemos uma parte deste sucesso dele ao Paulo Bento.
15 Julho, 2016 at 9:57
O Rui é um bom guarda-redes.
A sua especialidade são os penalties e o um-contra-um.
A sair dos postes é fraco.
A jogar com o pé esquerdo é excelente. Com o direito uma desgraça.
Com a maturidade parece estar a ganhar uma calma que só aparentava exteriormente. Isso está a torná-lo mais confiante e completo.
Até agora nunca foi considerado de Top, senão já tinha marchado para outras paragens. Depois deste Euro, está com mais visibilidade, mas não acredito que saia nesta fase da sua vida familiar.
Desejo-lhe por isso, os maiores sucessos na baliza do nosso clube e que por cá fique por muitos e bons. A evoluir como continua, pode ficar ainda mais na História do futebol português.
O maior guarda-redes que vi jogar no Sporting foi o Meszaros, a anos luz de qualquer outro, Damas incluido.
Um verdadeiro fora-de-série.
SL
15 Julho, 2016 at 10:32
O rui nao e fraco em nada e muito menos uma desgraca no que quer que seja.
O Damas nao esta a “anos luz” de rigorasamente ninguem.
15 Julho, 2016 at 12:05
Marokas, permita-me que discorde de alguns pontos que foca, mas acho que a troca de opiniões, desde que respeitosa, só ajuda.
O Rui é já hoje um guarda redes muito bom. Ainda não é brilhante nos cruzamentos mas creio que até nesse aspecto irá melhorar e muito. Do pé direito… enfim, não se pode ter tudo!
O Vítor Damas, que conheci muito bem, só tinha um ponto em que não era excepcional: a jogar com os punhos. Quem viu o Joaquim Carvalho e, melhor ainda, o Américo, do Porto, sabe do que falo. Talvez o amigo Max possa confirmar o que digo. Nunca vi guarda redes com os seus reflexos, com a sua elegância. Vi pouquíssimos jogos do Carlos Gomes, nunca vi o Azevedo. O meu saudoso pai considerava o João Azevedo o melhor de todos e também gostava do Meszaros… Infelizmente não viu jogar o Rui.
Vítor Damas era um predestinado e, para quem não é desse tempo, lembro que começou nos Torneios de Futebol de Salão, no inesquecível, para mim, Passadiço, treinado por Mário Paz, antigo central do Belenenses e dono de forte pontapé, falecido com apenas 37 anos. Vi-o treinar muitas vezes o inesquecível Vítor, mais velho dois meses do que eu. Este era fabuloso de reflexos! No Passadiço as balizas não eram como as de agora no Futsal, eram mais baixas e largas. Com 12 anos então, quem o tivesse visto, só lhe podia augurar a carreira que teve.
Vítor Damas, com 1,82 m, hoje seria considerado um guarda redes de estatura média…
SL
15 Julho, 2016 at 14:00
Meu caro ,
Eu sou de … bem, diria que umas décadas mais tarde que 1947.
Tive o cuidado de referir “O maior guarda-redes que vi jogar …”
O Damas que vi já estava em fim de carreira, embora sempre com muita qualidade.
Mantenho a minha opinião.
Meszaros era um guarda-redes completo.
O melhor que vi a jogar no Sporting em todos os tempos.
O Rui, felizmente para nós, parece ser como o vinho do Porto
SL
15 Julho, 2016 at 9:58
É o jogador do SCP pelo qual nutro mais simpatia bem secundado pelos outros “meninos”… William, Adrien, Podence, etc….
15 Julho, 2016 at 10:46
Acompanho-te Stan. O Rui é o meu favorito.
15 Julho, 2016 at 10:00
Vamos por partes…:
!º . Bom dia para toda a Familia da Tasca…!!
2º . Parabéns Cherba…mais um grnde texto…!
3º. Reeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiii…!!
Espera não é isso é…Ruuuuuuuuuuuuuuiiiiiii…!!
Ou será a mesma coisa…?
“Rei e Rui” ….ora aí está uma “dupla” única…!!
Sou dos que me sinto à vontade para vitoriar o nosso “Marrazes” e tal como como o Cherba …se nunca pensei em voltar as costas a um jogo em Alvalade “farto de escutar cretinos” a gritarem contra o nosso Rui…é porque , por principio…”estou lá até ao fim”…!
Mas “doía…doía” escutar aquelas imbecilidades lançadas contra o Patricio…
“Valeu-nos” e valeu-lhe…ser um homem com uma personalidade fortíssima…não fora isso, e não teríamos tido agora o gosto e o orgulho de o ver brilhar em França, numa conquista em que ele foi um dos principais obreiros…!!
Obrigado Rui…!
Obrigado grande Leão…!
Ruuuuuuuiiiiiiiii…!!!
Reeeeeeeeiiiiii…!!
Pode “descansar o Damas…está encontrado o seu continuador…e o dono ad eternum da Baliza Norte” …
Que a do Sul…”já tem dono”…!
Abraço para todos os tasqueiros…!!
SL
15 Julho, 2016 at 10:03
O Dassaev era o Damas russo.
Quando ia à baliza nos recreios da escola, tentava sempre imita-los.
Espero que o Rui termine a carreira em Alvalade.
Não há dinheiro que pague o que ele representa para o Sporting.
15 Julho, 2016 at 10:03
Perder alguém como o Rui Patrício ou o Adrien é perdermos parte da nossa identidade é ficarmos órfãos e não saber se há mais pão.
Por isso, Rui nunca deixes o Sporting Clube de Portugal por nada deste Mundo. Serás recompensado por cá com um ordenado que não há-de ser para desdenhar e com o amor incondicional de nós todos, unidos no nosso amor comum ao Sporting.
Depois, quando acabares a carreira, aí por volta dos 40, hás-de ficar no Sporting a ensinar, o Mister Patrício que terá por missão produzir clones seus… Era disso que eu gostava é isso que mais desejo para o nosso Sporting. Faltam 12 anos e 12 anos é muito tempo a ver-te brilhar no verde das nossas cores.
Não há nada que pague isso (?)
15 Julho, 2016 at 10:04
Como dizem que uma imagem vale mil palavras…
https://www.youtube.com/watch?v=UzYguT1SG18
GRANDE RUUUUIIIIIII PATRIIIIIIIIIIIICIIIIIIIIIIIIOOOOOO!!!
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15 Julho, 2016 at 10:16
Aqui está como se fosse preciso mais uma prova da maturidade do Rei Patricio:
O guarda-redes leonino só aceita sair do clube que representa se o próximo for um dos ‘grandes’ da Europa.
Rui Patrício foi um dos protagonistas do Euro2016. Considerado o melhor guarda-redes do campeonato europeu, o guarda-redes da seleção nacional despertou o interesse de vários emblemas.
Titular indiscutível no Sporting, e até mesmo na seleção, de acordo com o jornal A Bola a saída de Alvalade é um cenário possível caso surja um convite, por exemplo, do Barcelona, Real Madrid ou Manchester United.
Outra das prioridades de Rui Patrício, como de qualquer jogador, é estar em campo. Nesse sentido o guardião das redes do conjunto ‘verde e branco’ não deixará Alvalade em troca de um lugar no banco de suplentes de outro clube.
A cláusula de rescisão de Rui Patrício é de 45 milhões de euros e o contrato estende-se até 2022.
In “Jornal I”
15 Julho, 2016 at 13:47
Espero que, a sair, o Rui tenha em mente o caminho seguido por um básico chamado Ricard que preferiu ir para Espanha a troco de mais um euros e impostos mais baixos.
Resultado, nunca agarrou o lugar no Betis onde foi considerado um flop e acabou por perder a titularidade de selecção nacional que tinha ganho ….à custa de ser o titular do Sporting.
15 Julho, 2016 at 10:17
OFF-Topic
Pensei que o nosso futebol Feminino fosse profissional mas, aparentemente só vão treinar 3 vezes por semana e isso não dá, nem para a cova de um dente.
As Senhoras deviam treinar todos os dias, deviam começar por uma pré-época e deviam jogar em Alvalade ao Sábado ou domingo das semanas em que a Equipe Masculina jogue fora.
Em que ficamos? São semi-profissionais e jogam no Aurélio Pereira?
Não compreendo que uma equipe que é paga para jogar, profissional ou semi-prof não treine todos os dias.
Também não entendo por que razão nada mais se tem sabido sobre o modus operandi. Contratámos um treinador que esatva em “vida Suspensa”. Será que continua a pensar que isto é uma brincadeira, um capricho?
Custar-me-á ver todo este esforço financeiro e organizativo e depois o ovo sair chôco, como o do basket feminino.
Desculpe-me o novo treinador mas está na altura de se chegar à frente e pegar o boi pelos cornos. A nossa equipe feminina não pode ser menos profissional que o Hóquei, o Andebol ou o Futsal e nem sequer segundo penso pode treinar menos que os Júniores. Tem é de emular a equipe Sénior do Sporting e arrasar com um profissionalismo pleno que mais ninguém ainda abraçou
15 Julho, 2016 at 10:55
Há duas semanas, em entrevista ao Jornal Sporting, Nuno Cristóvão (treinador da equipa de futebol feminino) afirmou que quando lhe perguntaram quantas vezes achava necessário que as atletas treinassem, respondeu “todos os dias”, embora ressalvando que tal não seria possível, pois as atletas teriam de competir.
Julgo que 4 treinos por semana seriam suficientes, até porque nem todas as atletas são profissionais e terão de treinar em período pós-laboral.