Ontem, no final do clássico, Jorge Jesus deixava as seguintes declarações:

«Não tenho a certeza absoluta se Slimani sai ou não. Esta semana foi muito complicada. Sou treinador há muitos anos, para mim não é nada de anormal quando os jogadores das equipas em que trabalho são muito solicitados e esta semana só não convidaram o treinador do Sporting, acho que até o roupeiro convidaram. Foi uma corrida diabólica, muitos jogadores com dificuldades emocionais, foi uma pressão muito grande. Há regras, os jogadores têm contrato, não apareceu ninguém a bater cláusulas. O Sporting tem um projeto e um objetivo, está a formar uma equipa, não chegam aqui e levam os jogadores do Sporting.»

«Ainda faltam quatro dias [para o mercado fechar], ainda pode acontecer muita coisa. Mas no próximo jogo, os jogadores vão com a cabeça limpinha. Podem ir chateados, mas vão com a cabeça limpinha. Se o presidente quisesse fazer cento e tal milhões de euros em vendas era direto. É trabalho, qualidade dos jogadores, potencializar o que conseguimos fazer. Os resultados individuais também se conseguem atingir. Para além desta nuance há duas situações diferenciadas: os interesses do jogador e os interesses do clube.»

O mercado deu ou tirou mais ao Sporting. A equipa pode ser mais forte que na época passada?
«Mais dinheiro deu. Saídas certas é o João Mário, há a possibilidade do Slimani, mas até o presidente tomar essa decisão…o que ele pensa é o que eu penso. Temos de defender os interesses do Sporting. Se o Sporting fica melhor? Se levarem os melhores jogadores e não consegues ir buscar, por exemplo, com qualidade do João Mário…se me levarem esses jogadores como acha que ficamos melhor? Ficamos pior.»

Ora, vem isto a propósito das palavras de Adrien divulgadas pelo jornal O Jogo. Palavras que me custam a engolir e que serão um soco no estômago caso venham a confirmar-se. Seja como for, neste momento a única coisa que sei é que o camisola 23 tem contrato até 2020, cláusula de rescisão de 45 milhões e que o Sporting é detentor de 80% do passe. Se a oferta do Leicester forem 25 milhões, é mandá-los pastar.

Nos entretantos, qualquer análise ao mercado e ao plantel ficam, obrigatoriamente, em suspenso.