É um estádio bonito, novo, arejado
Sporting Clube de Portugal – Legia Varsóvia
19h45
Estádio José Alvalade

Uma humidade relativa, muito superior a 100%
A Champions está de volta a Alvalade e até o tempo melhorou, emprestando um calor de verão a este dia de outono. São esperados mais de 40 mil, ansiosos por ajudar a equipa a somar os três pontos que escaparam em Madrid e por mostrar à Europa como se canta “O Mundo Sabe Que” (já agora: o pessoal que dispensa ir a este jogo, mas que, depois, anda a pedinchar para ir ver o Madrid ou o Dortmund devia levar um calduço que até batia com a cara no chão! Ah, e deixem os vândalos polacos fazer merda à vontade que a polícia está mortinha por fazê-los em gołąbki)

A selecção do Mali tem um futebol com um perfume selvagem e com um odor realmente fresco…
Sendo curto e grosso: o Legia está na merda. O campeão polaco ocupa o antepenúltimo lugar na Liga do seu país, já foi eliminado da taça e em 19 jogos soma cinco vitórias, sete empates e sete derrotas. Para chegar à Champions eliminou os desconhecidos Zrinjski Mostar (Bósnia), Trencin (Eslováquia) e Dundalk (Irlanda), mas o primeiro jogo foi um verdadeiro desastre, sendo esmagados pelo Dortmund com um concludente 0-6.
Ora, entretanto, o Legia (diz que se lê Leguia) mudou de treinador, o que nos coloca algumas dúvidas em relação à forma como os polacos vão jogar. É que se o anterior treinador apostava no 4-3-3 que era mais 4-5-1 do que outra coisa e se apoiava unicamente em futebol pelas alas, o recém chegado Jacek Magiera pode seguir o 4-4-2 utilizado na última partida, frente ao Wisla Cracóvia, com o “craque” Nikolic a ter a companhia de Prijovic na frente de ataque.

Este homem é um Mister!
«É uma grande mudança para mim. Há uma semana que me levantava às seis da manhã para apanhar o comboio para uma pequena localidade da Polónia. Hoje tive de vir de avião até Lisboa para jogar contra o Sporting». Jacek Magiera, antigo jogador do Legia, onde esteve cerca de nove anos a fazer pela vida entre o centro da defesa e a posição seis, está a viver uma espécie de conto de fadas. Mas como todos os contos de fadas têm momentos negros antes do final feliz, quero mais é que este senhor de ar simpático tenha uma estreia tão má que se torne inesquecível.

Ele é excelente nestes lances porque a bola está morta e passa a estar viva.
O avançado húngaro Nikolics, melhor marcador da liga polaca na época anterior (se as estatísticas não me enganam, entre campeonato e Taça apontou 34 golos em 44 jogos), é bastante perigoso. O médio francês Thibault Moulin é quem tenta emprestar alguma magia à organização de jogo e os extremos Kucharczyk e Langil correm que se fartam.

A vantagem de ter duas pernas!
Odjidja-Ofoe é um atentado à palavra “técnica”. Os centrais Czerwiński e Dąbrowski têm demonstrado um posicionamento patético, nomeadamente em tudo o que sejam cruzamentos para a área (em bola parada ou bola corrida). Se jogar a defesa esquerdo, Guilherme vai pedir para sair.

E agora entram as danças sevilhanas da catalunha
Jorge, não querendo embandeirar em arco, era o que faltava não ganharmos o jogo desta noite. Os gajos têm extremos rápidos, mas se bloquearmos esse tipo de saída de bola e pressionarmos alto nem sabem como sair de lá de trás sem ser de biqueirada para a frente. Secando o húngaro e o croissant do meio-campo… adeus Legia. Depois? Depois é jogarmos o que sabemos jogar e deixar o vulcão incendiar! Bola no chão a construir, cruzamentos para o Bas Dost matar pelo ar, o Ruiz a aproveitar a incapacidade dos gajos bloquearem o jogo interior dos alas e o Gelson a surgir que nem uma seta nas costas do ponta! Pora lá, caralho! Que noite de campeões rime com noite de Leões!
SPOOOOOOOOOOORTING!!!

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Sporting Clube de Portugal – Legia Varsóvia 1