sem-tituloO regresso à normalidade está definitivamente aqui e os nossos escalões de formação prometem arrancar sorrisos por toda a Academia neste ano de 2017.

Os juniores foram até ao Estoril e, numa partida extremamente complicada, venceram a equipa da casa por 3-2 com golos de Daniel Bragança, Miguel Luís e Rafael Leão. Antes que perguntem não, o Pedro Marques não jogou e só isso explica que não tenha picado o ponto. Tiago Fernandes e os seus pupilos continuam a caminhada imparável, somando agora 19 vitórias em 20 jogos, e aproveitaram ainda para aumentar a vantagem para o segundo classificado Benfica, que perdeu no terreno do União de Leiria.
Uma diferença de 58 golos entre marcados e sofridos e uma média de 3,5 golos marcados por jogo colocam os nossos rapazes no local que merecem: na seguinte fase da prova. A próxima partida será disputada frente ao eterno rival, num jogo que nem terá a piada de ser decisivo uma vez que será impossível que alguém nos roube o primeiro lugar (dia 18 de Janeiro, pelas 19h00).

De destacar, essencialmente, a forma como se integraram os ex-juvenis neste novo escalão e a forma fantástica como se ligaram aos que já pertenciam à equipa sub-19. Duas gerações muito interessantes que parecem funcionar. E se o Benfica já conhecemos muito bem enquanto equipa, muita atenção aos juniores do FC Porto que darão tudo pelo tricampeonato. Apenas 2 empates em 20 jogos, mais 14 pontos que o segundo classificado (Vit. Guimarães) e com uma diferença de +38 em golos sofridos e marcados.

No terreno dos juvenis, recebemos e goleámos o Sacavenense em Alcochete, garantindo o primeiro lugar em igualdade pontual com o Benfica. O resultado de 5-1 foi fixado por Bernardo Sousa (2x), Diogo Brás, Babacar Fati e Edmilson dos Santos.
Depois de mais uma vitória, os sub-17 deslocaram-se ao Qatar onde disputam um torneio internacional, no qual arrancaram com uma vitória de 3-1 frente à Aspire Academy.

Já os Iniciados têm pela frente a mais difícil tarefa, que é garantir a classificação na mesma série do Benfica, sendo que apenas passará um directamente. Nova goleada, também ao Sacavenense e também por 5-1. Os miúdos são de longe a melhor equipa, com mais golos marcados, menos sofridos e mais dois pontos que o segundo classificado, mas sabemos que uma derrota pode alterar tudo isto.
Próximo jogo é frente ao Portimonense, em casa, e no dia 22 de Janeiro deslocamo-nos ao Seixal para selar este apuramento.

A formação continua a dar-nos alegrias desportivas e a sorte que temos em ver estas equipas funcionar tão bem e com tanto talento dá-nos a certeza de que existem alguns fantasmas a ser bem expulsos das paredes de Alcochete. Ainda existe muita e boa matéria prima na nossa Academia, bons treinadores, jogadores comprometidos e um modelo focado mais no desenvolvimento individual e menos resultadista que continua a funcionar.

Uma das discussões que temos aqui é em torno da equipa B, por exemplo. Porque não se sobem jogadores dos escalões de formação sempre, ainda que não tenham concluído todos os passos. A título de exemplo, fala-vos de José Gomes, jovem avançado do Benfica que considero ser um dos maiores talentos em Portugal e da sua geração. José Gomes marcou 25 golos no seu primeiro ano de sub-19, mas tem apenas 17 anos. Subiu à equipa B e o resultado são apenas 3 golos marcados em 5 meses e 14 jogos entre equipa principal e secundária.

As coisas boas valem a espera. Um jovem talento perder confiança por um resultado mais positivo numa equipa sem aspirações desportivas é dos maiores crimes que vejo serem cometidos em Portugal.

*às terças, a Maria Ribeiro revela os seus apontamentos sobre as novas gerações que evoluem na melhor Academia do mundo (à excepção do Dubai)