O atletismo do Sporting CP conquistou este domingo, em Pombal, os Campeonatos Nacionais de Pista Coberta. Os leões fizeram a dobradinha, algo que já não conseguiam atingir desde 2011.

A equipa feminina manteve a hegemonia, tendo conquistado o sétimo título consecutivo e o 22.º no total em 24 edições, tendo acabado a competição com 108 pontos, mais 21 pontos que o Benfica (87). Quanto ao sector masculino recuperou um título que já escapava há cinco temporadas, terminando a prova com 104 pontos contra os 99 do eterno rival. Importa ainda referir que este foi o 17.º título dos leões em 24 edições dos campeonatos.

Depois de ter conquistado sete provas em 13 no primeiro dia da competição, o Sporting CP conquistou 10 em 15 no derradeiro dia dos campeonatos. No sector masculino destaque para nova vitória de Nelson Évora. Depois de vencer o salto em comprimento na prova de sábado, o atleta leonino voltou a conquistar os oito pontos para o Sporting CP no triplo salto. Évora dominou completamente a competição, tendo triunfado com um salto de 16,55 metros, contra os 15,43 do atleta do Sp.Braga, Ricardo Jaquite. Depois de conquistar a primeira competição por clubes de leão ao peito, Nelson Évora era um homem feliz. “Acabámos por dar uma alegria a todos os Sportinguistas. Não é só o futebol que interessa, embora claro tenha uma grande importância para o Clube. Foi feita uma aposta e poucos meses depois está aqui a resposta com a conquista deste título”, assinalou, em declarações exclusivas ao Jornal Sporting.

Na velocidade Rasul Dabó venceu os 60 metros barreiras, com o tempo de 7,89. Já Sandy Martins venceu a prova de 800 metros, com o tempo de 1:53,55 minutos, menos sete centésimos que Miguel Moreira do Benfica. Quanto à prova de 3000 metros foi conquistada por Hugo Correia, que percorreu a distância em 8:27,22 minutos.

Quanto ao lado feminino, Patrícia Mamona voltou a estar em grande destaque na prova de triplo salto, saltando novamente acima dos 14 metros. A atleta leonina dominou largamente a competição, tendo vencido com 14,13 metros, terceira melhor marca mundial do ano, contra os 13,70 da atleta do Benfica, Susana Costa. No final da competição, a atleta do Sporting CP, Patrícia Mamona, que conseguiu a melhor marca pessoal da época, mostrou-se satisfeita com a sua participação. “O balanço desta prova é positivo. O objectivo era conquistar os oito pontos para o Sporting CP e isso foi conseguido, tanto ontem na prova de salto em comprimento como hoje no triplo salto que é a minha disciplina. A nível pessoal também fiquei contente, consegui obter a melhor marca da época, o que para mim já é bom. Conseguir estar toda a época de Inverno a saltar acima dos 14 metros revela consistência e deixa-me motivada para fazer uma boa marca nos Europeus”, destacou, em declarações exclusivas ao Jornal Sporting.

Depois, no lançamento do peso, Jéssica Inchude também não deu hipóteses à concorrência, tendo registado a marca de 16,16 metros. No salto à vara, novo triunfo verde e branco, com Marta Onofre a chegar aos 4,20 metros.

Na velocidade, a equipa leonina dos 4×400 metros venceu a competição, com o tempo de 3:41,86 minutos. Já nas distâncias mais longas, Salomé Afonso venceu os 800 metros, percorrendo a distância em 2:07,40 minutos, e Ana Mafalda Ferreira os 3000 metros, em 9:43,70 minutos.

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Carlos Silva mostrou-se muito feliz com a conquista da dobradinha nos Campeonatos Nacionais de pista coberta. “É um momento muito especial e emocionante. Este triunfo premeia a ousadia do nosso projecto e a coragem e a confiança da direcção do Sporting CP. O Clube hoje em dia é sem dúvida diferente. Estamos muito contentes por voltarmos a recolocar o Sporting CP nos lugares que merece e que são os seus. Mas este triunfo também é uma forma de reconhecimento da nossa estrutura para tudo o que a direcção tem feito por esta modalidade”, começou por dizer, o director técnico dos leões, em declarações exclusivas ao Jornal Sporting, antes de recordar o discurso ambicioso que tinha proferido no início da época.

“No início deste ano, eu disse que esta equipa iria estar mais próxima de vencer. Não há vitórias antecipadas, mas desta vez conseguimos. Fomos muito competitivos, a equipa no geral portou-se bastante bem. Tivemos alguns momentos de superação, outros de falhas, mas o balanço final é muito positivo pois conseguimos amealhar os pontos necessários para nos sagrarmos campeões. Temos a perfeita noção de que esta foi a resposta certa para provar que o desafio que eu lancei na fase inicial da temporada era possível de atingir”, realçou.

Por fim, o director técnico da modalidade leonina dedicou a vitória à direcção presidida por Bruno de Carvalho e a toda a estrutura que rodeia os atletas.”O apoio da direcção nestes dois anos da nossa gestão tem sido uma constante. É cada vez mais ambicioso, o que é natural. Esta vitória não é só dos atletas. É também da direcção e de tudo aquilo que faz parte do nosso projecto: quer do apoio técnico, como do apoio clínico, entre outras coisas. Basicamente é o resultado de toda uma estrutura que estamos a criar de apoio na preparação e na competição para os atletas e que começa a dar resultados”, completou.