Era claro, desde há uns meses, que nos meandros e corredores do futebol português em particular, e europeu em geral, o video-árbitro começava a ser discutido com muito mais seriedade e a ser elevado da ideia à prática. E, por aqui, a promessa de testes desta ferramenta viria sempre a chocar com a falta de meios tecnológicos simples que outras ligas já adoptaram mas que, numa atitude meio autista meio pobre, simplesmente recusámos (caso da linha de golo ou recurso às imagens televisivas para efeitos disciplinares).
Mas o futebol português mudou algumas caras e tenta agora sacudir-se do pântano de apadrinhamentos, companheirismos e tachos que o regeu durante décadas. Está muito longe do ideal, muito longe do que todos pretendemos, mas sentiu-se desde Setembro uma maior abertura para ouvir propostas e um abandono dessa ideia de que os” três grandes” terão de se sentar e acordar o que quer que seja para que passe a ser imposto. A Liga e a Federação são “democracias”, mas tendem a aceitar apenas o que é ditado pelos mais poderosos, cegamente fechando os olhos às influências que esses três clubes exercem sobre os mais pequenos para conseguir o que querem nas votações.
A Federação pretende agora impor o video-árbitro na Primeira Liga (não é claro o que será feito com as restantes profissionais) e, afinal, as decisões são muito mais simples do que parecem quando em causa está o futuro de um dos negócios mais rentáveis do nosso país e que mais milhões de pessoas apaixona e enriquece.
Aceito sempre a opinião de quem me diz que não concorda com a entrada abrupta da tecnologia no seu desporto favorito. Compreendo os argumentos, sei que o factor da imprevisibilidade é das coisas mais bonitas no futebol, sei que aqueles segundos de espera por uma decisão poderão transformar-se em angústia e também sei que jamais chegaremos a uma taxa de 100% decisões certas. Mas também estou convicta de que tudo isto não é mais que uma natural e humana resistência à mudança, de protecção de algo que nos é tão precioso, de ver evoluir por caminhos que não conhecemos uma ciência que pensamos já dominar.
A administração do Sporting, com o seu Presidente à cabeça, lutou desde o primeiro momento pela modernização do futebol profissional em Portugal. Sofreu até na pele efeitos devastadores da ausência destas ferramentas em competições europeias (recordar os escândalos CSKA e Shalke 04) e, neste caso, muito mais que as consequências desportivas importa a fatura de menos 13 milhões de euros nos cofres do clube. Quase um terço do nosso orçamento actual.
A resistência da armada “puritana” do desporto de que se aproveitam todos os dias não se fez esperar. Porque para estas pessoas só existe uma forma de ver o futebol, que é a sua, e a discussão nunca pode ser elevada a um tom de real troca de argumentos. O video-árbitro passou a ser colado à direcção sportinguista como algo negativo, uma desculpa pelos maus resultados, um longo e penoso calvário que o país era forçado a assistir, tudo porque o Sporting não cumpria a sua parte nas competições europeias e nacionais. O video-árbitro caiu no rídiculo, por causa das tais cartilhas, pela simples ignorância ou porque era algo pouco controlável para quem o crítica.
E por isso compreendem o meu espanto quando, a meio desta temporada de má memória, ao percorrer os principais canais e ler os principais jornais, a tecnologia no futebol começava a delicadamente parar de ser ridicularizada, banalizada e até mal explicada, para assistirmos a um ameno e suave discurso de súbita abertura de espírito. Porque nos tais corredores do futebol tudo se sabe, porque a nossa Federação tenta agora subir degraus na escada europeia a todo o custo (nada de criticável aqui), porque a nossa Liga sabe que a principal preocupação do nosso futebol é a falta de financeamento e que o mesmo pode chegar se estivermos na vanguarda de uma mudança que vai existir quer se queira ou não. Chamar a nós a atenção de uma mudança de paradigma é meio caminho andado para, pelo menos, conquistarmos mais olhos um pouco por todo o mundo.
A modernização do futebol é um caminho sem retorno que aplaudo e saúdo. A todos os que comigo partilham a felicidade do dia de hoje, sabemos a luta que foi e que também somos parte do que hoje foi conseguido.
A todos os que não conseguem ver mais vantagens que desvantagens, peço uma simples pesquisa do que está a ser feito, por exemplo, na Holanda. Decisões acertadas conseguidas em simples segundos. E saibam, por favor, que se trata de uma ajuda e nunca de uma solução.
*às quintas, a Maria Ribeiro mostra que há petiscos que ficam mais apurados quando preparados por uma Leoa
5 Maio, 2017 at 11:15
“Aceito sempre a opinião de quem me diz que não concorda com a entrada abrupta da tecnologia no seu desporto favorito.”
Aceitar ou não, nem é o termo correto. No meu caso, não compreendo. Basta olhar para outra modalidades onde a tecnologia é um sucesso.
Pela justiça no desporto, vale bem a pena os tais segundos de análise.
Que ganhe o melhor e aí sim, entra a imprevisibilidade e a beleza deste desporto.
E apesar das coisas continuarem a ser muito trabalhadas nos bastidores, tenho sempre de aplaudir uma decisão destas. Tardia ou não, aconteceu e foi despoletada pelo Sporting.
Ajuda sempre…
5 Maio, 2017 at 12:01
Pensei que fosse um tasqueiro novo mas afinal é um já conhecido mas com novo avatar…
Tive de fazer zoom (dos grandes) para perceber o que raio era essa imagem 🙂
5 Maio, 2017 at 13:05
Wallace rules.
A culpa é do BrunoVL.
5 Maio, 2017 at 11:17
Em resumo:
http://prnt.sc/f4dhwi
5 Maio, 2017 at 11:26
Alguma vez o bronco do orelhas sabia mexer nisso?
Ele manda mexer…
5 Maio, 2017 at 11:28
🙂
5 Maio, 2017 at 12:59
Era aqui que deveria ter ficado o comentário que foi parar ao final do post anterior…
Mais numa vez o meu pedido de desculpas…
SL
5 Maio, 2017 at 11:21
Concordo com o texto.
Compreendo que haja algum cepticismo em relação ao agora, ao que parece, inevitável, video árbitro, até porque se for mal aplicado ou manipulado pelos do costume, nos pode rebentar na cara com estrondo, mas não podemos deixar de aplaudir a aplicação de algo que o Sporting defendeu com unhas e dentes neste último mandato.
Devidamente aplicado, terá sempre mais vantagens que desvantagens, como diz a Maria, por isso permita-mo-nos apreciar uma pequena vitória, numa época de tanta desilusão.
5 Maio, 2017 at 11:25
Sem tempo p mtas dissertações
A tecnologia não resolve problemas. Auxilia o ser humano, minimizando o erro e melhorando o desempenho.
A tecnologia de nada vale quando os procedimentos estão mal definidos ou são pouco fiáveis e eficientes. Neste caso, a avaliação é feita por um observador que, provado, ou é ignorante, ou está de má fé. Esteja este numa bancada, ou numa sala com 30 ecrãs, dá no mesmo.
Por último: lembrar que um problema do futebol são as regras subjectivas. Dão azo a diferentes interpretações.
5 Maio, 2017 at 13:14
“A tecnologia não resolve problemas.”
Oi? Claro que resolve.
Quantos exemplos queres? Comunicação (Telefone), saúde/medicina (centrifugadora, MRI), ciência (calculadora, computador), energias renováveis…
Ah espera, não é a tecnologia que resolve, é o ser humano a aplicá-la…
Nem tudo pode ser “apenas” mal aplicado. Não estamos a falar de bombas atómicas. Se isto correr mal, corre-se com quem aplicar isto, não com a tecnologia.
É a mesma coisa que dizer que não devia haver árbitro no futebol porque podem sempre roubar (e até o fazem com frequência). Muda-se o actor ou interveniente, adaptam-se os incentivos (menos para roubar, mais para ser correcto), corrigem-se os erros, etc. Não se remove o conceito ou processo por completo.
5 Maio, 2017 at 15:39
Q’ué isso “oi?”.
Não, não resolve.
Se resolvesse, não havia centrifugadoras avariadas ou comboios a bater.
Auxilia o ser humano, mas não é um golpe de mágica.
Se eu me expressar mal, de pouco me vale usar um telefone… continuo sem me fazer perceber.
No caso do vídeo árbitro, vai ajudar, vai corrigir ALGUNS erros. Nao vai resolver tudo.
Defender a infalibilidade do sistema é dar armas aos detractores, que vão atacar mal um penalty passe em claro.
5 Maio, 2017 at 11:29
Era algo inevitável! E tem de ser usado para o progresso do desporto e da verdade desportiva.
Quanto ao pseudo problema do tempo parado: basta diminuir o tempo de anti jogo e lá teremos tempo, mais que suficiente, para ver e rever os lances, sem perturbar os rídiculos 40% ou 50% de tempo de jogo efetivo.
5 Maio, 2017 at 11:31
Vamos ver no que isto dá, Maria Ribeiro!
O problema do futebol, na minha opinião, nunca foi um erro do árbitro mas sim os interesses que estavam por trás dos erros dos árbitros. E esses interesses têm por base pessoas que, cada vez mais, foram tomando conta dos diversos sistemas que foram aparecendo um pouco por todo o lado, com raras excepções.
Ora a entrada em campo do vídeo-árbitro não afasta essas pessoas do negócio que é o futebol. Os “artistas” do apito serão os mesmos, talvez ainda com o agravante que muitos dos que já abandonaram a actividade, como o Duarte Gomes, o Paulo Baptista, o Olegário Benquerença, regressarão para fazer de vídeo-árbitro. O CA continuará a ter pessoas como o Lucílio Baptista, como o João Ferreira, como o Paulo Costa – estes 6 nomes que já indiquei estarão quase de certeza no conjunto dos 10 árbitros que mais gamaram o Sporting nos últimos 30/40 anos – ou como o Fontelas Gomes!
O ultimo Benfica-Sporting, disputado em Dezembro do ano passado, demonstrou claramente que não será o vídeo-árbitro que irá impedir um certo clube de ser claramente beneficiado! Haverá sempre lances que serão de “duvida” quando isso interessar a certas camisolas e que serão clarinhos quando o interesse dessas camisolas for o contrário.
O caminho faz-se caminhando e é bom que se comece agora a andar com o vídeo-árbitro. Com certeza, aos poucos, caminhará para aquilo que a maioria dos adeptos do futebol querem que é a imposição da verdade desportiva. Levará o seu tempo mas o principio tinha que ser este: a entrada em campo do vídeo-árbitro. Mesmo com Artur Soares Dias, com Duarte Gomes, com Jorge Sousa, com João Capela e muitos outros de igual calibre no sistema!
Espero é que o Sporting ajude, e pressione, para se fazer uma legislação que permita afastar de vez as pessoas que, mesmo com o vídeo-árbitro, insistam em deturpar os resultados…
5 Maio, 2017 at 11:58
Concordo, mas só uma chamada de atenção:
O ultimo Benfica-Sporting demonstra “claramente que não será o vídeo-árbitro que irá impedir um certo clube de ser claramente beneficiado”, tendo observadores como os que referiste (Duarte Gomes, Paulo Baptista, Olegário Benquerença e afins). De qualquer modo é esse o teu ponto de vista, foi só uma achega 😉
5 Maio, 2017 at 12:18
Segundo veio a publico, a opinião do CA – Paulo Costa, João Ferreira, Lucílio Baptista e Fontelas Gomes – validou as decisões do Jorge Sousa.
Para mim, 90% dos árbitros da 1ª Categoria estão ao serviço do Benfica – há muito que se sabe que há mais de 10 anos o Benfica começou a meter gente sua nos cursos de arbitragem pelo país todo – e os 10% que faltam estão ao serviço do sistema – tens os exemplos do Jorge Sousa, do Artur Soares Dias e do Hugo Miguel. E este panorama vai manter-se por muito tempo porque as Categorias inferiores estão carregadas de vermelhos e só eles é que sobem.
O vídeo-árbitro, porque requer mais árbitros para cada jogo e os existentes não chegam para todos os jogos da 1ª e 2ª Liga havendo vídeo-árbitro na 1ª Liga, vai com certeza recorrer a ex-árbitros que tenham abandonado a carreira há pouco tempo, como os e exemplos que dei. O Duarte Gomes já está metido nisto e os outros para lá irão…
Por isso eu acho importante que haja legislação que permita colocar fora do sistema quem adultere jogos com o vídeo-árbitro em vigor! Vai ser a unica maneira de limpar a arbitragem.
5 Maio, 2017 at 15:15
Isto é uma escada muito íngreme até se chegar à limpeza total deste desporto 😉
5 Maio, 2017 at 18:47
Sem duvida!
5 Maio, 2017 at 11:35
OFF ( sorry, Maria. É por um bom motivo. 🙂 )
Bilhetes esgotados para o jogo de Domingo!!!!!!!
5 Maio, 2017 at 11:39
Numa época em que ja nao temos nada a ganhar. Somos grandes
5 Maio, 2017 at 11:58
Pois, e eu lixei-me já não tenho bilhete…
5 Maio, 2017 at 12:05
Tivesses escrito isso há 15 minutos e tinha uma…
5 Maio, 2017 at 14:37
Era o que faltava uma rapariga com a tua garra não ir a este jogo !
Se precisares diz que eu acho que consigo arranjar um bilhete !
5 Maio, 2017 at 14:47
Eu tenho uma gamebox…. e não vou.
Mas como o Sporting “insiste” em que só posso emprestar a Gamebox cedendo o “cartão”….. lá ficará o lugar vazio.
Custava assim tanto permitir ao Sócio com gamebox emitir um “bilhete online” substituto do cartão para o jogo??
A Gamebox está paga…. pelo que entre ter o lugar vazio ou a Cadeira ocupada…. para mim a escolha é óbvia….
5 Maio, 2017 at 15:32
Já entrei várias vezes no estádio com foto do box no telemóvel ou com copia impressa em papel do cartao.
Por isso é sempre uma hipótese a considerar
5 Maio, 2017 at 15:41
Ya. Fotocópia funca ou imagem no telefone.
Desde que o código de barras esteja legível.
5 Maio, 2017 at 11:37
Um dia histórico sem dúvida, a introdução de meios que permitam decidir da melhor forma fazem sempre falta, pelo menos para quem como eu defende a justiça, seja em beneficio ou em prejuízo.
Agora para complementar este dia histórico só falta o afastamento daqueles que estão voucherizados, pois como todos sabemos, caso o video-arbitro estivesse em funcionamento no jogo da luz o resultado final teria sido exactamente o mesmo.
A atração de investimento ou financiamento, como se queira chamar, quanto a mim depende em grande parte da credibilidade dos dirigentes da FPF e da Liga, da qualidade dos treinadores e jogadores. Quanto ao primeiros estamos, salvo rarissimas excepções, na merda, e quanto a jogadores basta ver a capacidade de formar, de comprar jogadores com potencial e de os vender.
Quem dirige só pode ser burro pois a nossa liga tem capacidade para ser das melhores da europa, houvesse credibilidade, justiça nas decisões a todos os niveis, redução de impostos e atracção de público aos estádios…tudo o resto vem por arrasto.
5 Maio, 2017 at 12:23
A nossa liga só poderia aspirar a ser das melhores reduzindo drasticamente o nº de equipas na 1ª Liga e alterando o modo como o campeonato se disputa, concentrando o dinheiro em menos equipas, distribuindo-o melhor e de forma mais equilibrada, tornando (quase) cada jogo de resultado imprevisível.
Aí sim, teríamos melhores equipas – até para aspirarem a ter outros resultados nas provas europeias – estádios cheios e mais dinheiro a rodar por todos. Mas outros interesses impedem que isso aconteça…
5 Maio, 2017 at 14:50
É isto mesmo! E sabes o que é mais estúpido? É que os estudos existem! Existem várias ideias para tornar a liga mais lucrativa. Relembro que o melhor período do futebol português recente, com 3 equipas nas meias da liga Europa, foi numa liga de 16 equipas.
5 Maio, 2017 at 15:18
Eu sou mais radical!
12 equipas, 2 voltas normais. Ao fim dessas 2 voltas divides em 2 grupos de 6, os 6 primeiros e os 6 últimos, e fazes mais 2 voltas em cada grupo, com os pontos sempre a somar. O campeonato teria assim 32 jornadas (22+10) num máximo de 96 pontos.
O 1º grupo dava o campeão e mais 3 equipas para a Europa, no caso de termos 6 lugares.
O 2º grupo definia os 2 ou 3 que desciam.
A Taça de Portugal dava acesso a mais um lugar na Europa.
A Taça da Liga, nos moldes deste ano, dava lugar a mais um lugar na Europa.
O grau de imprevisibilidade dos jogos seria muito maior e cada jogo teria uma importância acrescida em relação ao que é agora.
Isto seria acompanhado com outras medidas como, por exemplo, os clubes serem obrigados a ter academias de formação e x campos relvados para treinos, como já acontece em muitos países. Deviam impor limites ao nº de jogadores seniores contratados por cada clube (por exemplo 30, o que daria 60 jogadores com contracto para clubes com equipa B) e proibir os empréstimos entre clubes da 1ª Liga, ou no limite que fosse 1 só jogador por equipa.
Acredito que haveria muito mais interesse do publico, quer cá, quer no estrangeiro, acredito que isto fomentaria o crescimentos de adeptos fora dos 3 grandes (com o natural que os clubes locais teriam de desenvolver), acredito que fizesse subir a fonte de receitas quer da bilheteira, quer da sponsorização, quer das transmissões televisivas.
É um bocado radical em relação ao que existe agora mas é como acho que se devia fazer… Estou convicto que em 5 anos teríamos uma Liga fantástica e equipas na UEFA a fazer grandes resultados.Acredito que nos bateríamos com frequência de maneira a chegarmos sempre aos quartos da CL, até talvez com mais de uma equipa, e a chegar à final da Europe League. 🙂
5 Maio, 2017 at 15:20
“Acredito que haveria muito mais interesse do publico, quer cá, quer no estrangeiro, acredito que isto fomentaria o crescimentos de adeptos fora dos 3 grandes (com o natural TRABALHO que os clubes locais teriam de desenvolver), acredito que fizesse subir a fonte de receitas quer da bilheteira, quer da sponsorização, quer das transmissões televisivas.”
Faltou o “trabalho” nesta frase… :/
5 Maio, 2017 at 19:06
Exacto. Esse é um excelente ponto de partida. Penso que as 12 equipas, por ser um número tão baixo, iriam criar muita resistência. 14 ou 16 talvez caísse melhor. 16 equipas é para mim uma decisão para ontem dada a falta de competição na liga. De resto, concordo com tudo. Realço que nada disto é particularmente novo. Como referes, em muitas ligas estas medidas foram propostas. Destaco a liga alemã e a questão da obrigatoriedade das academias que teve um reflexo brutal na subida de qualidade do futebol alemão.
Penso que começa a existira alguma vontade de efectuar mudanças. O Proença com todos os defeitos que têm parece-me ser alguém com vontade de gerir a liga como uma empresa com o objectivo de maximizar os proveitos financeiros. O problema é mentalidade pequena que impera no nosso país. Nós bem sabemos quem furou o acordo de centralização dos direitos televisivos, preferindo receber menos para que outros não recebam mais. O mesmo clube que gosta de passear goleadas na liga contra equipas que em muitos países seriam de distrital e que depois não percebe porque é atropelado numa liga dos campeões.
5 Maio, 2017 at 23:48
Mudar para 16 é como tomar uma aspirina.
Mantém-se tudo igual e faz de conta que se fez uma grande coisa.
Com 14 a coisa já melhorava mas não dava para fazer com as 2 fases porque ficariam jogos a mais. Talvez desse para dividir em 6 e 8 mas acho que as 12 equipas era o ideal para o país que somos. Quer pela dimensão, quer pela cultura desportiva e clubista, quer pelo dinheiro que há para distribuir. Com 12 maximizava-se o valor a dar às equipas, ou seja, o bolo, que não seria maior havendo 14 equipas, seria só dividido por 12.
No resto era copiar o que de bom se faz lá fora. Há muita coisa que já está inventada pelo que é só trazer para cá. Haja é vontade para isso…
5 Maio, 2017 at 12:39
Muito bom o texto da Maria Ribeiro. Destaco, até pelos comentários já produzidos, este trecho:
” E saibam, por favor, que se trata de uma ajuda e nunca de uma solução.”
A minha (modesta e não falsamente modesta) opinião:
Primeiramente, o Sporting e Bruno de Carvalho estão de parabéns. E aqui ocorreu-me de imediato o título do último post do Escondidinho: “Não são moinhos, meu Senhor… são Gigantes!!!”
Em segundo lugar, todos sabemos que está aí à porta uma mais que previsível manipulação feita pelos “artistas” de antigamente, agora investidos em novas funções.
Finalmente (eu sei que é curto) esses mesmos artistas estarão, sujeitos, mais do que nunca, a uma exposição (e consequências) que nunca terão vivido, particularmente neste último aspecto. É que, enquanto árbitros, estiveram sempre protegidos pelo corporativismo do sistema. Nesta nova condição, duvido mais.
P.S. (machista) – Surpreendente o que uma jovem senhora sabe de Futebol!
5 Maio, 2017 at 18:41
Eu assino por baixo, Miguel.
Será difícil sim, mas o Adamastor também foi “vencido”!
5 Maio, 2017 at 13:07
Nada que 2\3 vouchers não desvirtuem…
…em Portugal há muita fomeca escondida!
5 Maio, 2017 at 13:08
Não acredito que de uma “penada” tudo seja resolvido.
Mas acredito que vai ser mais dificil “manipular os actos…”
Até aqui ” dava-se como desculpa”, o facto dos árbitros estarem sujeitos ao “erro humano”…
“Essa desculpa” vai passar a ter menos razão de ser…
É que agora vai ser mais dificil esse argumento…porque há outros meios para poder julgar melhor…
Eu pessoalmente… acredito em mais transparencia no futebol futuramente…
SL
5 Maio, 2017 at 13:51
Alguém pode enviar o link para o jogo da equipa B?
Obrigado.
5 Maio, 2017 at 14:45
Mais perto da hora de jogo…
5 Maio, 2017 at 14:49
Olha o gajo que tem umas apostas para pagar…. 😛
5 Maio, 2017 at 15:02
ahahaha
Ainda não vai ser desta 😛
5 Maio, 2017 at 17:02
Esta marcação cerrada à Vidigal tem todo o meu apoio 😀
5 Maio, 2017 at 14:21
Nos lances ‘de opinião’ o video-árbitro pouco trará… pois a corja será a mesma…
o grande input do sistema será no erro grosseiro… Aquela mão que, até legitimamente (vá… estou a ser simpático…), só a câmara consegue ver… o fora-de-jogo, mais-ou-menos, milimétrico (agora é uma questão de escala… não de simpatia)…, as agressões… (puras e duras)… e o golo que passa ou não a linha de baliza (se bater no chão…) Estas serão as grandes situações que, de fato, podemos ver ‘resolvidas’…
A questão da intensidade e da opinião vai manter-se igualmente cínica… e condicionada… O que pode, e penso que sim, acontecer é a confrontação efetiva com o video-árbitro…, i.e., na calma de uma régie “”””não há”””” a pressão do momento (com tudo o que está à volta) e será muito mais dificil explicar decisões não coerentes, por comparação… E estas comparações serão feitas pouco mais que ‘in loco’ pelo que haverá ‘a tentação’ (eu sei que para alguns – os tais 90% – vai custar horrores) de serem imparciais e honestos… no sentido de, simplesmente, verem aquilo que está lá para ser visto…
mas obviamente que muita água ainda vai correr debaixo desta ponte… é preciso aferir, desde logo, questões técnicas… A qualidade dos realizadores, p.ex…, Afinal quem vai agora gerir as emissões… Será a sport tv…, a btv…? Haverá instruções (obrigações) de captação…? Poderão (conseguirão) realizadores e câmaras ocultar, manipular ‘pontos de vista’…? (ai que azar… Bolas, não é que foi precisamente esta câmara que avariou agora…!!! – Que incompetente é este câmara… tinha de ir à casinha logo agora…???) Haverão repetições ‘live’ para todos verem… (é que televisores não faltam nos estádios… Passar ou não nos ecrãs é só uma questão de conforto… para o espectador no estádio…!!!)
E SIM… É UMA VITÓRIA, DO TAMANHO DO MUNDO, DE BdC… E DO SPORTING… Fossem outros a terem feito o mesmo e já teríamos estátuas e ‘grande-cruzes’ disto e daquilo… Assim… como fomos nós, só conseguiremos reivindicar essas ‘loas’ quando GANHARMOS, para o ano, a primeira ‘LIGA, A CAMINHO, DA VERDADE’
SAUDAÇÕES LEONINAS
5 Maio, 2017 at 15:00
Estás a falar de lances como aquele em que o Pizzi passa a bola de mão para mão dentro da área?
Não, não foram falta, e ainda para mais vieram a público defender o erro do tamanho da universo.
5 Maio, 2017 at 17:03
Abrupta não será pois há muito tempo que se falava na possibilidade de introdução da tecnologia no futebol. Que venha ajudar e que não venha a ser desvirtuada pelos do costume.
5 Maio, 2017 at 18:55
É preciso ter também a noção que a entrada em acção do vídeo-árbitro vai trazer um modo diferente de arbitrar e que os jogadores vão ter de se adaptar.
Por exemplo, nos cantos e nos livres junto à área, agarrões passarão a ser mais fáceis de descobrir. Os jogadores vão ter de perceber isso, tal como percebiam que havia muitas hipóteses de agarrarem alguém e isso passar despercebido na “mólhada”!
E este aspecto também se pode voltar contra quem sempre quis o vídeo-árbitro. Vai passar a ser mais fácil arranjar penaltis contra certas equipas…
A tecnologia é boa, é útil, mas no fundo tudo depende de quem a utiliza e de como a utiliza!
5 Maio, 2017 at 19:25
já o escrevi…
os mafiosos da luz vão tentar dar a volta a isto… mesmo que não seja possível manipular as imagens.