A notícia do MaisFutebol vale o que vale, pois até confirmação não passa de uma hipótese.

«Bruno de Carvalho e Jorge Jesus ainda não reuniram, depois das críticas do presidente ao treinador, aos jogadores e à estrutura leonina, nem têm nesta altura agendado nenhum encontro. Segundo foi possível saber, presidente e técnico vão encontrar-se, sim, mas como têm feito regularmente, na perspetiva de uma reunião normal para discutir o presente e preparar o futuro. Nesta altura é claro que existe algum mal estar entre as partes.

Bruno de Carvalho está agastado com a temporada da equipa principal do Sporting, por um lado, e Jorge Jesus está agastado com as críticas do presidente, para além de algum incómodo pela forma como lhe foi imposto o regresso de alguns emprestados em janeiro, por outro lado. No entanto, e apesar deste mal estar, Bruno de Carvalho está apostado em manter Jorge Jesus no cargo de treinador, reconhecendo-lhe competência e lealdade. O presidente mostra-se até agastado com as notícias que dão conta da possível saída do técnico.

Nesse sentido, espera conseguir atingir um clima de conciliação com o treinador em breve, estando confiante nas alterações a introduzir no futebol e na organização da equipa na próxima época como trunfos para o fazer. Que alterações são essas? Acima de tudo o presidente vai assumir uma intervenção mais próxima na política de contratações, exigindo mais rigor neste dossier.

O dirigente não o quer fazer sozinho, porém, trabalhando em equipa com o treinador Jorge Jesus, o administrador Guilherme Pinheiro e o diretor André Geraldes. Guilherme Pinheiro, antes de mais, regressa a um papel que já desempenhou no passado, assumindo a negociação de possíveis contratações em substituição de Sancho Freitas, que já deixou a SAD leonina. André Geraldes, e como já tinha sido noticiado, ganha peso na estrutura. O jovem dirigente passa a ser uma espécie de assessor da SAD para o futebol, trabalhando diretamente com Bruno de Carvalho, mais perto do relvado, do treinador (com quem mantém uma excelente relação) e dos jogadores, mas conservando também a direção do gabinete de apoio. Octávio Machado ficará com uma posição mais institucional, de representação do clube em sorteios e outros momentos mediáticos.

Refira-se por fim que ao que tudo indica será esta nova estrutura de quatro homens (Bruno de Carvalho, Jorge Jesus, Guilherme Pinheiro e André Geraldes) a discutir outras mudanças no futebol, entre elas a alteração do gabinete de scouting

 

Mas partindo do princípio que isto tem fundo de verdade, a minha pergunta é simples: não fará sentido ter um homem forte para o futebol? Chamem-lhe director desportivo, chamem-lhe o que quiserem, mas alguém com conhecimento de causa, com provas dadas, se possível com algumas portas abertas no exterior e capaz ajudar a pensar todo o futebol profissional? Não faria até sentido para proteger o desgaste da própria imagem do Presidente e libertá-lo para outras guerras não menos importantes? É que, olhando para esta possibilidade, parece-me que pouco ou nada mudará.