Queria muito que estas nossas meninas vissem um Mar Verde, um Sporting infinito, nas bancadas, nos apoios e nos cânticos.

Meus caros, e em especial minhas caras convivas. Falo hoje aqui de Amor. Um Amor grande, incondicional, intemporal. Amor portanto.

Falo no Amor que escrevíamos nos bilhetinhos da escola, no piscar do olho, quando a nossa cara-metade vinha com o cabelo penteado de forma diferente, ou tinha uma mochila nova, ou quando nos lembrávamos a meio da aula de Francês duma piada, ao mesmo tempo. Do Amor que não se explica, e que se nos tivessem dito que era Amor, teríamos renegado esse sentimento e essa mariquice. C’a nojo…

O Amor que nos fazia correr para o pé do outro, quando nos encontrávamos após as férias grandes, corados de satisfação, e com tanta emoção nos olhos que eles brilhavam. De passearmos de mão dada, e sempre que aparecia alguém, nem sabíamos onde colocar as mãos, e escondê-las… Aliás, sabíamos muito bem onde colocar as mãos, era sobre o coração que palpitava por nós. Todos e todas nós o sentimos antes, pelo namorado, pela namorada, pela pessoa estranha que vem e passa e vai, e não volta… Por um filho.

O Amor é tão absoluto como poder abarcar tudo, e o nada que nos contenta. Os primeiros amigos, as jogatanas de futebol… Vou avançar com uma coisa para a Paz de espírito feminina…as meninas lembram-se de certeza, e com uma raiva daquelas, que os meninos preferiam bem mais uma jogatana de futebol, que a companhia delas?
Era verdade, e só pode assim ter sido, eles queriam muito e tanto e bem mais estar com elas, a sério…
Só faziam aquela pose de duros e desprendidos, a ver se tinham mais atenção… E resultava, não resultava?

E nem vou falar do Amor não correspondido, esse veneno que se não tratado, corrói e mata. O Amor rancoroso, e possessivo, deixa um sabor amargo. Acerca deste, não vou falar. Estou eu para aqui a falar de Amor e de passado… E temos que falar do futuro. Lembrei-me disto, pois escrevi recentemente uma Carta de Amor, e lembrei-me que estava em falta para com um Amor imenso que todos e todas aqui partilhamos.

E este fim de semana, no Campo nº 1 do Centro de Alto Rendimento do Jamor, entre as 12:00 e as 17:30 +/-, as nossas leoas do rugby vão jogar o torneio da Taça de Portugal de Rugby Sevens Feminino. Vou voltar a ver o nosso Amor, aquelas nossas meninas a correr, a placar, a marcar ensaios, e espero bem a ganhar. Estas meninas são tudo o que o nosso Amor representa, o Esforço, a Dedicação, a Devoção… E vou ajudá-las a atingir a Glória.

Queria muito que estas nossas meninas vissem um Mar Verde, um Sporting infinito, nas bancadas, nos apoios e nos cânticos. Sei que quem for apoiar as nossas meninas, esse Amor que tenho falado e recordado, esse Amor será um Mar Verde nos nossos Corações!

*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio