Envoltos nas emoções da conquista da Taça de Portugal, quase nos esquecemos que foi há cerca de um ano que o Sporting respondeu afirmativamente ao convite da Federação Portuguesa de Futebol para criar de uma equipa de futebol feminino. Em boa hora a direcção de Bruno de Carvalho disse sim à ideia de “promover a modalidade”, acrescentando-lhe a vontade de chegar e ganhar, consolidando a marca de clube eclético que nos define.

Uma equipa técnica experiente e competente, algumas contratações de inequívoca qualidade e, acima de tudo, a capacidade de criar um espírito de grupo que, como se viu ontem, permitiu ir ultrapassando adversidades e vergar duas vezes um adversário recheado de individualidades.

A isto se juntam as conquistas dos campeonatos nas mais diversas categorias da formação e um inequívoco contributo para a visibilidade de uma modalidade para os quais os portugueses ainda estão a despertar (conforme se viu ontem, pois apesar dos bilhetes oferecidos e do recorde de assistência num jogo realizado no nosso país, muitos lugares ficaram por ocupar). E sendo figura maior nesse despertar, o Sporting está a dar passo importante não só para atrair crianças de todas as idades para a modalidade, mas, também, para um clube que continua a mostrar que, mesmo arredado dos títulos com mais visibilidade, consegue cativar crianças que o seguem com orgulho.

Por tudo isto, a dobradinha tem tudo para ser só o início de mais um capítulo importantíssimo da nossa história.