O título tenta resumir, ainda que num estrangeirismo, o que se tem passado nos últimos dias. A descoberta de caminhos informáticos para as Ilhas da Pirataria arbitral têm “surpreendido” meio Mundo e envergonhado a outra metade por terem sido descobertas estas ilhas. Havia mapas e indícios que esses caminhos teriam sido trilhados antes. Navegantes esses que hoje preferem estar no anonimato, recusando prebendas e alvíssaras pela primazia dessas navegações…

E vamos então sair destes negócios do planeta redondo e regressemos ao meu planeta oval. Neste meu planeta oval, a arbitragem é entendida de forma bem diferente. Os árbitros ajudam a conduzir o jogo, em conjunto com os capitães de equipa. E quando não há árbitros, elementos das duas equipas apitam o jogo sem que haja algum problema com essa solução. Pois sem árbitro não há jogo, e sem jogo não há diversão.

Temos neste nosso planeta oval clubes que formam árbitros, e todos os outros clubes o sabem… e ninguém com isso se importa. Um dos melhores árbitros portugueses da actualidade está neste momento no Sevens World Series. E foi formado no Belas. Falei com uma nossa árbitro (não é gralha) acerca da arbitragem para surdos… e ficou muito interessada em saber mais. Há árbitros que corrigem as posições dos jogadores e tentam que eles tenham melhor desempenho desportivo.

E depois há a terceira parte, mítica. Alguém pensa em convidar o árbitro da bola redonda a beber uma fresquinha no fim do jogo? No meu planeta oval, é o mais normal. O árbitro estar presente, conversar com os jogadores e até com os apoiantes. E trocar impressões acerca do próprio jogo em si, e das decisões que tomou.

Após estas semanas… é tão bom ser alien neste planeta redondo e inchado, que respira ao soprar um apito como que chama a polícia ou diz: Agarra que é Ladrão!!!

 

 

*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio