Chegando quase ao fim da segunda época cronista aqui na Tasca, vou fazer um balanço, provisório e pessoal, mas claramente transmissível.

O crescimento que tenho sentido (noutras palavras mais credíveis, envelhecimento…) nestes tempos, levam-me a agradecer a todos a resposta que têm dado as estas minhas crónicas. Não só eu, mas claramente também o Rugby, como desporto e o nosso Rugby em particular, tem estado mais acompanhado através do vosso interesse durante todo este tempo. O meu e o nosso obrigado.

Eu tenho enfrentado o rugby como uma escola de vida, e tenho batalhado para que o meu filho também o viva dessa maneira. E temos tido resultados. Apesar de todas as limitações de ordem de comunicação, ele tem feito amigos, e tem progredido, tanto na escola como no desporto. Dizer que ele tem sido acarinhado, é dizer pouco. Também aqui o nosso obrigado ao nosso Sporting e ao nosso Rugby, desde colegas, pais dos colegas, treinadores, dirigentes, etc…

Pessoalmente, vejo tanto o Gui como a irmã a ultrapassarem barreiras, e a fazer bem mais que o que eles próprios pensavam ser possível. Acreditar, e dar confiança… Armar os nossos meninos de Amor e Responsabilidade. O resto faz-se. Para o ano que vem, espero sempre Melhor, pois farei também Melhor.

Deixo umas palavras, não da minha autoria, mas ainda assim aproprio-me delas, e delas faço um modo de Vida. No filme Invictus, Nelson Mandela entrega ao Capitão dos Springbok um poema vitoriano, Invictus, que acaba por dar o nome ao filme. O que abaixo vos deixo foi na realidade o que Nelson Mandela escreveu e entregou a François Pienaar. Espero que também vos inspire à grandeza.

“… Não é o crítico que conta;
Não o homem que aponta como o homem forte tropeça, ou onde o fazedor de ações poderia ter feito melhor.
O crédito pertence ao homem que está realmente na arena, cujo rosto é prejudicado por poeira, suor e sangue;
Que se esforça valentemente;
Quem erra, que não faz o suficiente uma e outra vez, porque não há esforço sem erros e defeitos;
Mas quem realmente se esforça para fazer os feitos;
Quem conhece grandes entusiasmos, as grandes devoções;
Que se gasta em uma causa digna;
Que no melhor sabe, no final, o triunfo das grandes conquistas, e quem no pior, se ele falhar, pelo menos falha ao ousar muito, de modo que seu lugar nunca deve estar com aquelas almas frias e tímidas que nem conhecem a vitória nem a derrota. “…

…” It is not the critic who counts; not the man who points out how the strong man stumbles, or where the doer of deeds could have done them better. The credit belongs to the man who is actually in the arena, whose face is marred by dust and sweat and blood; who strives valiantly; who errs, who comes short again and again, because there is no effort without error and shortcoming; but who does actually strive to do the deeds; who knows great enthusiasms, the great devotions; who spends himself in a worthy cause; who at the best knows in the end the triumph of high achievement, and who at the worst, if he fails, at least fails while daring greatly, so that his place shall never be with those cold and timid souls who neither know victory nor defeat. “…

Theodore Roosevelt (Excerto do discurso “Cidadania na República”, entregue na Sorbonne, em Paris, França, em 23 de Abril de 1910)

rugbyferias

*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio