O Sporting terá confirmado o seu último reforço de Inverno, o parceiro de vida de Bas Dost, e até fechar a janela de transferências (salvo uma surpresa reservada para a última hora) a prioridade é a de colocar os excedentários e jogadores que não entram nos planos de Jorge Jesus. Nomes como Alan Ruiz, Petrovic, Iuri Medeiros e Mattheus deverão conhecer o seu destino nos próximos dias, eles que há muito são terceiras ou quartas opções para o treinador.

Com o grupo fechado (de forma rápida e muito menos cara do que muitos previam) é tempo de concentração máxima numa fase em que qualquer deslize se tornará fatal para as nossas legítimas aspirações. O incidente no Estoril permite-nos, ainda que de forma fictícia, estar isolados no topo da tabela da Primeira Liga numa altura em que nos encaminhamos rapidamente para o primeiro título a ser conquistado em Portugal. E se para muitos a Taça da Liga não é mais que uma distração mal pensada, convém relembrar que este ano se poderá transformar num importante tónico para os vários assaltos nesta luta entre FC Porto e Sporting.

Jorge Jesus tem, mais uma vez, aquilo que pediu e a tempo e horas. Um plantel equilibrado, com muitas opções na frente de ataque e meio-campo, capaz de nos garantir segurança seja qual for o onze a entrar em campo. Por muito que insista que existem jogadores que chegam numa perspectiva de futuro, a verdade é que representaram um investimento demasiado significativo para que não possam dar o seu contributo já esta temporada.

Estamos em Janeiro, mas jogadores como Gelson, Acunã e Coentrão começam a demonstrar preocupantes sinais de cansaço e fadiga acumulada. E o cansaço revela-se não pelo que correm ou deixam de correr, mas sim pelo tempo de decisão e gestão de esforço. Mais do que afectar as pernas, a quantidade de jogos disputados e as lesões mal superadas afectam a rapidez com que se executa, algo que poderá ser fatal nos complicados embates que temos pela frente.

Nesse sentido, e mais uma vez peço, Jorge Jesus precisa de começar urgentemente a gerir o seu vasto plantel em prol das conquistas. Tem jogadores com clara falta de minutos que não têm ritmo suficiente para substituir os que têm participado em quase tudo. Um completo desacerto dentro da equipa no que toca a minutos e partidas disputadas, sendo Bruno César, Doumbia e João Palhinha (na minha opinião) o exemplo maior disso mesmo. Atletas com imensas capacidades que cumpririam caso fossem chamados ao campeonato, mas que se vêm quase sempre relegados a uma posição secundária.

No Sporting existe um onze completamente trancado, que apenas sofre uma alteração em função do poderio adversário. As chegadas de homens como Montero, Rúben Ribeiro e Wendel têm forçosamente de significar que existirá uma forma diferente de encarar esta segunda volta, permitindo que outros assumam o protagonismo e impedindo que todos fiquemos de coração nas mãos a cada lesão ou a cada castigo. Só assim poderá o Sporting sonhar com a conquista das duas mais importantes competições em que está inserido (Liga e Europa) querendo a estas juntar-lhes os troféus a eliminar.

Até final do mês de Fevereiro o Sporting terá o seguinte calendário (e nem vos falo do mês de Março):
hoje – Setúbal – Fora
24/01 – FC Porto (mf Taça da Liga)
(final Taça da Liga pendente)
31/01 – Guimarães- Casa
04/02 – Estoril – Fora
07/02 – Fc Porto – Fora (mf Taça de Portugal)
11/02 – Feirense – Casa
15/02 – Astana – Fora (Liga Europa)
18/02 – Tondela – Fora
22/02 – Astana – Casa (Liga Europa)
25/02 – Moreirense – Casa
04/03 – FC Porto – Fora

*às quintas, a Maria Ribeiro mostra que há petiscos que ficam mais apurados quando preparados por uma Leoa