Não foi por falta de domínio da partida, por mau futebol ou falta de atitude que os Juniores começaram o apuramento de campeão a perder. Aliás, depois de rever alguns dos melhores momentos da partida frente ao FC Porto, em Alcochete, ainda hoje me pergunto como é possível que não tenhamos pelo menos guardado um ponto num jogo em que fomos superiores ao adversário em todas as vertentes do jogo excepto… na finalização.

Numa partida importantíssima face ao número reduzido de jogos, o Sporting entrou mais mandão, controlou melhor o meio campo e chegou mais vezes à área rival. Os rapazes trocavam bem a bola, mudavam de velocidade com uma facilidade incrível e criavam perigo, muito perigo. Logo aos vinte minutos (ou minuto vinte?) Elves tem um remate de golo certo que é cortado no limite, dez minutos depois Ricciulli (que belo jogador se está aqui a fazer) cabeceia ao ferro mas apesar das oportunidades desperdiçadas, os juniores continuavam no comando das operações.

Elves teve de sair lesionado ao minuto 41’ (esperemos que não seja grave) e deu lugar a Diogo Brás. Obviamente que estes dois teriam sempre de fazer parelha no onze inicial, mas a opção de Tiago Rodrigues parece ser mesmo a de sentar Brás até final do campeonato.

A segunda parte trouxe mais do mesmo. Daniel Bragança tem o golo nos pés e falha, as oportunidades continuam a aparecer mas o azar haveria de bater à porta do Sporting… para variar um pouco. Penalty claro cometido por Ricciulli e convertido por Paulo Estrela (capitão do FC Porto e um belíssimo jogador). Com meia hora por jogar, os sub-19 não conseguiram sequer o empate e saem da primeira partida com o sabor amargo do quão injusto consegue ser o futebol.

Obviamente que olhando para o onze do ano passado e para este percebemos rapidamente que, a ganhar este campeonato, será sempre com o colectivo e não pelo talento que transborda quando comparados com os rivais. O Sporting da temporada passada, nesta altura, contava com um meio-campo composto por Miguel Luís, Bruno Paz e Daniel Bragança, tinha na frente Rafael Leão e Pedro Marques, Demiral entrava de estaca no onze titular e Abdu Conté não deixava passar uma. Este ano não sentimos que os nossos valores individuais sejam realmente superiores aos dos principais adversários, mas existe ainda matéria prima para fazer melhor e aumentar os índices de concentração de toda a equipa. Aproveitem para conhecê-los neste vídeo.

A próxima partida é frente ao Vitória de Guimarães, no dia 24 de Fevereiro, e a única solução é vencer. Os rivais encontram-se no dia seguinte, no Olival, e está aqui uma oportunidade de ouro para ganhar vantagem sobre a concorrência.

No outro jogo da semana, um festival de golos. Os Juvenis foram até Sacavém derrotar os locais por 4-3, num jogo que nem começou da melhor forma para os leões.
Os homens da casa adiantaram-se no marcador e tiveram um par de oportunidades, mas o Sporting despertou a tempo e virou o marcador no espaço de apenas 20 minutos, com golos de Félix e Rogério Varela. O Sacavenense voltou a empatar a partida com um golo fora de área, mas Inácio colocou o Sporting de novo na frente.
No segundo tempo, o domínio leonino acentuou-se e Nuno Cardoso marcou o 4-2 e aquele que se esperava ser o golo do descanso depois de inúmeras ocasiões falhadas pelos pupilos de João Couto. Nada mais errado, com o tempo a acabar o adversário reduz a vantagem e deixa incerteza até ao apito final. Um jogo de loucos, com bons golos e jogadas, que acabou por sorrir à melhor equipa.

*às terças, a Maria Ribeiro revela os seus apontamentos sobre as novas gerações que evoluem na melhor Academia do mundo (à excepção do Dubai)