A sessão de encerramento do IV TFOF ficou ao encargo de Pedro Proença, presidente da Liga de Clubes, que começou o seu discurso a ‘aplaudir’ o Sporting Clube de Portugal pela organização de mais um Congresso.

“Este evento permitiu-nos reflectir sobre o caminho por onde queremos alavancar a indústria do futebol. A Liga Portugal orgulha-se de ser parceira do Sporting CP, porque mais do que a qualquer outra instituição, preocupa-nos o futuro do futebol português. Nesse sentido, o Sporting CP tem sido um Clube exemplar e estamos certos de que assim continuará”, sublinhou, antes de pedir a presença do Presidente Bruno de Carvalho no próximo conselho de presidentes, que se realiza dia 9 de Maio.

“O Sporting CP faz parte desta família. Aliás, é um dos elementos mais relevantes, principalmente pelas ideias do seu Presidente. Insisto no convite que lhe fiz para estar presente no próximo encontro, dia 9 de Maio, para que possamos trabalhar num futebol profissional melhor”, referiu.

Continuando, Pedro Proença defendeu, também, que a modalidade, apesar de ser um negócio, vai muito além disso. “Esta indústria vale milhões de euros. No entanto, envolve mais do que dinheiro. Envolve emoções e paixão. Por isso, tem de ir além de uma mera celebração de vitórias dentro das quatro-linhas. O futebol não pode ser colocado em causa diariamente. Precisa de discussões e análises como a que se fizeram nos últimos dois dias neste Pavilhão”, apontou, deixando para último a sua opinião sobre a criação de um campeonato de sub-23. “Podemos e devemos ter mais uma competição, mas sem hipotecar a II Liga. O sucesso das nossas Selecções jovens não é alheio ao investimento dos clubes nas suas equipas bês. Além disso, Portugal posiciona-se como um elemento vendedor do mercado neste escalão”, concluiu.

Já há noite, Nuno Saraiva, diretor de comunicação do Sporting, abordou a questão na Sporting TV e explicou porque não estiveram os leões representados na Cimeira. “O Sporting não é hipócrita. O presidente da Liga foi ao congresso e antes desta intervenção elogiou o Sporting, disse que era fundamental e importante, incontornável nas decisões do futebol português. Estamos de acordo. Mas na última Assembleia Geral da Liga, em que estava em causa os regulamentos e comunicações, o Sporting apresentou duas propostas que foram admitidas e quando Bruno de Carvalho chega é confrontado com um conluio entre os clubes do G-15 e o presidente da Mesa da AG da Liga, que impediu o Sporting de falar.

É preciso coerência. Não pode haver censura. Enquanto não estiver abosultamente claro qual é o modelo de governação da Liga… Quem manda? É o G-15? Pedro Proença? As sociedades desportivas? Ou está em curso uma reforma? Numa AG da Liga não se pode impor a vontade de alguns contra a dos outros, ou as ideias de uns sobre as dos outros. Houve uma lei da rolha para o Sporting. Enquanto não houver clarificação, o presidente do Sporting não participará em qualquer reunião, onde sabemos que quem manda são os representantes de um grupo de 15 clubes, que não representam a maioria das sociedades desportivas. Querem calar o Sporting. O presidente da Liga tem de esclarecer de forma muito clara qual o modelo de governação que quer adoptar”.