No jogo que punha fim ao que Jorge Jesus apelidou de tempestade, o Sporting soube ir buscar as últimas forças para derrotar sem espinhas um Boavista que praticamente não rematou à baliza. No final, o resultado que permite aos Leões respirarem com um sorriso só peca por escasso

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Costumam dizer-se que entre mortos e feridos algo há-de aproveitar-se e, no caso do Sporting, o manter o mesmo onze que fez 120 minutos frente ao fcPorto a meio da semana (exceptuando a entrada de Ristovsky para o lugar de Picinni) foi um pouco isso: o pedir de um esforço extra neste turbilhão de jogos a cada três dias.

A equipa correspondeu, nomeadamente na primeira parte, e só a inspiração do guarda-redes Vagner impediu que o Boavista saísse de Alvalade vergado a número bem mais pesados. Só no primeiro tempo, Bruno Fernandes, Bas Dost, Ristovski e Gelson Martins viram-no impedir golos que pareciam ser certos e acabou por ser de grande penalidade que o Sporting chegaria ao golo e à vitória: mão claríssima de Robson que nem Fábio Veríssimo nem o seu auxiliar quiseram ver, mas que o VAR não deixou passar em claro (só faltou retirar o amarelo que Bryan Ruiz viu no seguimento do lance). Dost avançou para a marca dos 11 metros e não perdoou.

Jorge Jesus revelaria que, ao intervalo, vários jogadores davam sinais de quererem ser substituídos, ao que o técnico lhes terá dito, “Se é para morrer, morremos em campo!”. Mathieu acabou mesmo por ficar no balneário, com Petrovic a ocupar a vaga no centro da defesa, mas não foi necessário alguém morrer em campo. Acuña também saiu, mais mexido que um ovo, mas sem conseguir chegar ao golo da tranquilidade o Leão segurou os três pontos sem grandes sobressaltos e parte para os quatro últimos jogos da época sabendo que vai poder respirar entre eles para agarrar os dois objectivos nos quais só depende de si próprio.