Interessante entrevista de Ângelo Girão ao Jornal Sporting, da qual destaco as seguintes passagens.

«Vou ser mesmo sincero: isso de ser um dos melhores guarda-redes da actualidade tem muito que se lhe diga, porque não jogo sozinho […] Sinto-me bem dentro de campo, às vezes nem quero que os jogos acabem pelo ambiente e pela forma como a equipa interage. Isso é que é importante. Ser o melhor é gostar daquilo que se faz. Nisso sou o melhor do Mundo!»

«Não tenho um gosto especial por penaltis, porque as bolas quando batem aleijam. Mas pelos livres directos, tenho. As bolas paradas são os momentos mais bonitos do jogo»

«Quando cheguei ao Sporting não tinha a mínima noção de onde é que tinha chegado, pela dimensão do Clube. Não estamos preparados, enquanto atletas, e até em termos psicológicos. […] Cheguei numa fase difícil. Queriam-se títulos e o hóquei tinha acabado de regressar. Conseguimos uma enorme proeza com a conquista da Taça CERS, mas nos anos seguintes as pessoas exigiram de nós um crescimento que era impossível ter»

«A partir desse momento o objectivo de conquista passa a ser a Liga Europeia e o Campeonato Nacional e é como digo: a estrutura e o Clube não conseguem crescer de um dia para o outro […] É um caminho duro, temos que combater muitas coisas. Em quatro anos já conseguimos fazer muita coisa boa. A prova disso é que estamos a lutar por duas competições muito importantes e é só assim, com o passar do tempo, que nos vamos conseguindo aproximar de outros clubes que levam 20 anos de processos adquiridos à nossa frente»

«Vestir esta camisola é inacreditável. Estamos a falar de um grande clube a nível mundial, que nos dá tudo o que precisamos. Em Portugal, é mesmo o que proporciona melhores condições aos seus atletas. Temos o melhor pavilhão, se calhar até do hóquei em patins mundial e que, provavelmente, leva mais gente por jogo. É mesmo um orgulho enorme estar aqui e espero trazer mais alegrias aos adeptos porque eles merecem, por tudo o que nos têm dado»

«Sentimos que jogamos sempre em casa. Temos uma sorte muito grande, a pior casa podem ser 700 pessoas e se fosse noutro pavilhão estava cheio. Nem os nossos rivais conseguem ter a afluência que nós temos»

«Estando nos momentos de decisão é sempre mais fácil. Podemos não ganhar hoje, mas amanhã estamos mais perto de o conseguir»