Entre ontem e hoje a saga continuou e foram às dezenas (centenas?) os adeptos que escreveram coisas como «ainda foram poucas as que levaram da Juve!» ou «os únicos atletas que interessam são os das modalidades!».

Confesso-vos que, de cada vez que leio isto, dá-me vontade de meter mira técnica na Tasca. Parar. Respirar. Pensar se vale a pena continuar, quando cada vez menos me revejo em ti, em ti e em ti que não hesitaste em alimentar esta estado de ódios, de intolerância, de insulto fácil. Em ti, em ti e em ti que não aceitas que alguém pense 10% diferente de ti, que te achas mais Sportinguista que eu, que te queixas de darmos pouca atenção às conquistas e sucessos do clube e que, a cada post de celebração dessas mesmas conquistas, as aproveitas para ironizar ou para esfregar em caras imaginárias uma vitória que é de todos, mas que tu insistes em etiquetar em derrota para outros que sofrem como tu.

Por mais que digas que não, deixaste-te intoxicar. Levaste com rufares de tambor internos, levaste com rufares de tambor externos, levaste com propaganda travestida de jornalismo, levaste com novas páginas e blogues criados para fazer barulho, levaste com os próprios meios de comunicação do clube a alimentar uma guerra civil entre Sportinguistas e agarraste na primeira arma que tinhas à mão, começando a agredir, a ferir, a insultar, a dividir, não hesitando, sequer, a achar que o caminho é alimentar os mais pequenos com estes ódios.

É assim que estamos. Entre os acéfalos que ainda acabam a segurar uma tarja de apoio aos 27 e os chavões bonitos com elogios às modalidades quando numa Lisboa com mais de 500 mil habitantes e, seguramente, mais de 150 mil Sportinguistas, só enchemos o Pavilhão quando cheira a decisão do campeonato. No meio? No meio há tanto, mas tanto, que dará para vários outros capítulos.

a seguir:
«Não esquecerei o que fizeste ao meu Sporting – Cap 3: Claques e Criminosos»
«Não esquecerei o que fizeste ao meu Sporting – Cap 4: Bandidos engravatados e soldados da paz apardalados»
«Não esquecerei o que fizeste ao meu Sporting – Cap 5: Amar como Jesus amou»
«Não esquecerei o que fizeste ao meu Sporting – Cap 6: A Comunicação Social e a nossa comunicação»
«Não esquecerei o que fizeste ao meu Sporting – Cap 7: Tanto que podia ter sido diferente, Bruno»