«… mas porventura mais equilibrada, que conjugue uma boa organização defensiva com uma boa dinâmica ofensiva, que lhe permita atacar com mais gente para uma melhor eficácia e qualidade do seu jogo coletivo”, disse José Peseiro, que elogiou ainda os jovens Matheus Pereira e Rafinha, este último contratado ao Vitória de Guimarães.

“Queremos ganhar todos os jogos, mas não precisamos de queimar etapas. Acolham os jogadores logo no primeiro jogo com apoio e transmitam-lhes confiança. Queremos uma cultura de exigência e responsabilidade no clube, mas deem-lhes tempo e espaço. Temos potencial, história, estrutura e uma massa associativa fantástica para alcançar o que todos queremos”, disse José Peseiro, em entrevista à Sporting TV.

O novo técnico ‘leonino’ mostrou-se satisfeito com o trabalho desenvolvido até ao momento, embora admita que ter um grupo de 31 jogadores pode inibir a capacidade de alguns deles para expressar melhor as suas potencialidades, por sentirem que não têm espaço no plantel.

No trabalho que está a desenvolver, destacou três objetivos nesta fase, a assimilação dos princípios e ideias essenciais de jogo por parte dos jogadores, o desenvolvimento da sua capacidade técnico-tática e fisiológica e a avaliação destes visando uma escolha o mais objetiva possível.

“Para isso, temos de dar competição a todos os jogadores que cá estão, sem esquecer os que vão regressar e os que ainda serão contratados, os quais podem alterar a estrutura do nosso jogo”, explicou o novo técnico dos ‘leões’, que deu o exemplo dos regressos de Nani e Bruno Fernandes.

Para Peseiro, “são dois grandes jogadores, com caráter, que conhecem a exigência do clube e que sabem que podem constituir um fator de aglutinação como mais-valias para o plantel, passando uma mensagem de serenidade e confiança pelo seu nome, trajeto e história”.

Entrando nas questões de ordem tática, Peseiro lembrou que na sua anterior passagem pelo Sporting privilegiava um 4x4x2 em losango, mas agora, como o grupo não está fechado, tudo vai depender dos médios e avançados com que irá contar para poder tomar decisões nesse plano.

“Vamos ser uma equipa que, em 80 por cento do tempo de jogo, terá o domínio e o controlo do jogo, uma equipa que terá de estar em grande nível na sua organização defensiva, na transição defensiva e ofensiva, com capacidade e plasticidade para jogar em todos os momentos do jogo”, referiu José Peseiro, reconhecendo que é hoje um treinador mais completo do que era há 14 anos, na sua primeira passagem por Alvalade.