Poiares Maduro encabeça um comunicado no qual expressa a preocupação relativamente ao clima de “profunda divisão”e multiplicação de candidaturas – neste momento já são nove -, que podem originar “um resultado eleitoral incapaz de legitimar os próximos órgãos sociais”.

Neste manifesto, subscrito também pelo empresário Rodrigo Roquette, o fiscalista Samuel Fernandes de Almeida e o publicitário Jaime Mourão Ferreira, entre outros, faz-se um apelo a “um esforço genuíno de convergência entre os diversos potenciais candidatos, de modo a colocar de pé um projeto que seja mobilizador e reflita a diversidade do clube, promovendo a coesão e uma forte legitimação da solução de liderança resultante das próximas eleições”, marcadas para o dia 8 de setembro.

Os subscritores deste comunicado garantem que não vão participar em nenhuma das listas já anunciadas, pois “nenhuma representa a solução agregadora necessária”, mas deixam a certeza que admitem apoiar “uma convergência entre listas” que “reduza a solução integrada e sustentável”.

Poiares Maduro lembra que “o Sporting vive um dos momentos mais traumáticos e difíceis da sua história” devido a um “período conturbado”, que causou “uma situação financeira complexa”. Como tal, antecipa que não existem “condições ótimas para a obtenção de sucesso desportivo”, o que poderá originar “riscos de instabilidade e mesmo contestação por parte de uma massa associativa profundamente dividida”.

O comunicado fala de “uma profunda fragmentação” entre os sócios leoninos, mas não defende “consensos artificiais” e como tal espera que a campanha eleitoral não seja “uma competição entre personalidades assente em preconceitos geracionais ou sociais” que possa “agravar ainda mais o clima de profunda divisão”, mas sim um momento para a discussão de projetos. Nesse sentido apela para que todos coloquem “os interesses do Sporting acima” dos individuais.

Por forma a que haja uma maior legitimação política dos futuros órgãos sociais, defendem ainda que as “eleições se processassem depois de clarificada a situação disciplinar dos membros do anterior Conselho Diretivo”, nomeadamente o ex-presidente Bruno de Carvalho e o ex-vice-presidente Carlos Vieira, que se encontram suspensos de sócios, aguardando o resultado do processo disciplinar em curso. Isto porque as decisões da Comissão de Fiscalização sobre estes casos “estão sujeitas a recurso” para a Assembleia Geral, o que a acontecer, no entender dos subscritores, podem “contaminar” o resultado eleitoral.

E, nesse sentido, apontam dois caminhos possíveis aos candidatos: “a procura de uma convergência ainda dentro do atual calendário eleitoral”; ou “o adiamento das eleições, usufruindo, por exemplo, do prazo máximo de seis meses em que pode funcionar a Comissão de Gestão”. (podes ler o comunicado clicando aqui)

NOTA DA TASCA
– acho extremamente curioso que, até ao momento, nenhum dos candidatos tenha vindo comentar este comunicado. Seja para dar a sua opinião relativamente à ideia de convergência, seja para dizer o que pensa a respeito desta maravilhosa ideia de irmos todos passar o Natal a casa do Cintra, com a filha do Peseiro vestida de mãe Natal