A SAD do Benfica foi constituída arguida no caso E-toupeira, por alegadamente ter beneficiado das informações ilícitas fornecidas por diversos funcionários judiciais. A Procuradoria-Geral da República adiantou em maio que até aquela altura tinham sido constituídos sete arguidos, embora não os tenha identificado.

A estação de televisão do clube da Luz está a adiantar que Domingos Soares Oliveira, chief executive officer do SAD do Benfica, e Nuno Gaioso, vice-presidente do clube e administrador da SAD, terão sido inquiridos nas instalações da 9.ª Secção do DIAP de Lisboa, órgão do Ministério Público que titula o inquérito do caso e-toupeira.

Apesar da PGR não divulgar os nomes, já foi noticiado que, entre os arguidos, está o advogado Paulo Gonçalves, braço-direito de Luís Filipe Vieira, que trabalha no Benfica desde 2006, um agente de jogadores, Óscar Cruz, e cinco funcionários judiciais. Agora há, assim, pelo menos oito arguidos.

O processo e-toupeira está relacionado com um esquema que passava por dar ofertas a funcionários judiciais e ter, através destes, informações antecipadas sobre os vários processos em que o Benfica está envolvido e também outros ligados aos rivais FC Porto e Sporting. A investigação da PJ terá começado a 27 de setembro de 2017. O processo é, neste momento, tutelado pela 9.ª Secção do DIAP de Lisboa. (podes recordar o esquema clicando aqui)

Na sequência deste facto, a SAD do Benfica emitiu um comunicado a dizer que vai pedir o afastamento do procurador que tutela o processo, Valter Alves, avançando com um “pedido de incidente de suspeição sobre o magistrado”. A administração da SAD exige ainda a “imediata impugnação da constituição como arguida.”