Tenho achado extremamente curioso o facto de nem Marcelo Rebelo de Sousa, nem António Costa nem Ferro Rodrigues se terem ainda manifestado em relação à acusação de corrupção de que a benfica Sad é alvo.

Mais curioso ainda, face às declarações do antigo presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), António Baganha, que afirmou que o clube da Luz foi “beneficiado” numa altura em que “praticava ilegalidades”. Em entrevista à “Sic Notícias”. Baganha revela ainda que se sente surpreendido por ter sido demitido e substituído por Vítor Pataco, o mesmo que tentava proteger os encarnados.

“Quando se dá a interdição do campo, eu tive de avocar o processo. Tive necessidade disso. É algo que está na competência do meu ex-colega que agora vai ser presidente, mas fui eu que tive de avocar. Ele estava retido incompreensivelmente. Havia algo a ver com o cumprimento da lei. É que não pode haver aqui entidades beneficiadas… O que é facto é que eu tive de o fazer, tive de avocar o processo, pois a lei não estava a ser aplicada .Ao reter esse processo o Benfica, de facto, beneficiou com isso, porque continuou e continuava a praticar a ilegalidade”, explicou Augusto Baganha.

Relativamente à sua substituição na presidência do IPDJ por Vítor Pataco, Augusto Baganha revelou sentir-se surpreendido uma vez que a justificação dada para a sua demissão não combina com a escolha do sucessor: “Em parte foi uma surpresa, porque o Conselho Diretivo foi todo dissolvido. É apresentada uma fundamentação e há dois que não servem e dois que servem… Quem escolheu é que tem de justificar. Pode ser por serem pessoas com alguma postura ou atitude mais favorável… [ao Benfica?] Talvez!”, atirou.

António Baganha afirmou ainda que sentiu alguma pressão e uma mudança de comportamento do secretário de Estado João Paulo Rebelo depois de ter aplicado o primeiro castigo ao Benfica em julho de 2017 e diz que a sua destituição foi após a decisão, de interditar o Estádio da Luz por um jogo.