Cont.)
– João Benedito – 9 735 votantes – 43,46% / 39 187 votos – 36,84%
– Frederico Varandas – 8 717 votantes – 38,92% / 45 019 votos – 42,32%. Claro que estas regras eram do conhecimento de todos os candidatos e, logo os resultados são, nesse sentido, justos.
Mas a verdade é que, em termos éticos e em termos práticos, o princípio de premiação da antiguidade está extremamente exagerado e é um empecilho à regeneração directiva e à renovação programática.
1 voto para cada 10 anos de sócio seria mais que justo e muito mais eficiente.
Do mesmo modo, não se compreende e a décalage negativa para a antiguidade de sócios “correspondentes”. É um facto que pagam menos que os sócios efectivos A, mas isso justifica-se por usufruirem de muito menos benefícios (e, na prática de direitos) que os sócios mais próximos de Lisboa.
Só para dar um exemplo: sou sócio há 20 anos com quotas regularmente pagas; tenho direito a apenas 2 votos; pago menos que qualquer sócio efectivo Z (a maioria de Lisboa ou perto), mas, como moro nos Açores, se quiser ir ver um qualquer jogo de Futebol a Alvalade terei de gastar à volta de um mínimo de 300 euros que é mais que uma Gamebox sócio (privilégio que só compensa os sócios que moram perto de Lisboa); isto para não falar do privilégio de essa proximidade e respectiva vantagem financeira se estender ao jogos das Modalidades no Pavilhão João Rocha, e aos jogos na Academia (Formação e meninas); mas mesmo em relação aos deveres, o sócio “correspondente” tem a desvantagem de ter de gastar com a verificação notarial da declaração de voto que acompanha, no seu caso e só no seu caso, o boletim de voto, acrescido da despesa de expedição de correio, para garantir que o seu vote chega a tempo (eu tive de gastar 12 euros para o reconhecimento notarial + 30,85€ para a expedição por correio expresso que me garantiu que o voto chegasse aos serviços o SCP no dia 6 de Setembro apenas)-
Ou seja, um sócio efectivo A com 12 meses de sócio e que more em Lisboa não gasta nada para eleger com os mesmos 2 votos que eu, que pago 42 € para votar e tenho 20 anos de associado (e estou mais afastado de poder ver com regularidade os nossos altetas e as nossas equipas, ou de poder participar nas AGs, ou de poder aceder às nossas Lojas, ou várias outras actividades do Clube; a minha – e a de muitos outros sócios “correspondentes” faz-se através da nossa indefectivel militância nas centenas de Núcleos SCP espalhados pelo Mundo e quefizemos nascer e ajudamos a construir sempre com o sentido de tornar UNIVERSAL a imagem e a presença do nosso Sporting Clube de Portugal ). Consegue a Maria, ou qualquer outro, explicar ou justifivcar essa disparidade? Terá a Maria, ou qualquer outro Sportinguista, alguma objecção a defender a alteração radical deste estadao de coisas, por forma a, não apenas reduzir injustiças, mas SOBRETUDO, a melhor apoiar, incentivar, exponenciar e rentabilizar a militância e a paixão de TODOS os Sportinguistas, onde quer que eles habitem? Não será esse um primeiro passo para nos unir mais e tornar-nos maiores – reduzir as distâncias físicas com uma maior proximidade emocional?
Um grande elemento de proximidade que ajuda a revitalizar os núcleos e a expandir o ideal sportinguista tem sido, sem dúvida a SportingTV! Mas alguém compreende que, por exemplo, o jogo de andebol de hoje Sporting vs ABC, que se realiza no João Rocha, não passe na Sporting TV? Mais uma vez parece que a “política” é privilegiar os adeptos de Lisboa para os “incentivar a comprar Gameboxes Modalidades e a ir ao Pavilhão. Mas e o resto dos sportinguistas? Como querem que eles mantenham a sua dedicação ao ponto de pagarem regularmente quotas se até isso lhes retiram para “convencer” os “lisboetas” mais comodistas a deslocarem-se ao Pavilhão?
A reflectir pelo novo Presidente e por todos os associados.
Saudações leoninas