Um post de lançamento de uma nova rubrica só pode ser de apresentação.

O voleibol é a minha paixão desde muito novo. Ainda no tempo em que se dizia que o voleibol era “um desporto de meninas”. Claro que dizer uma barbaridade destas só mesmo ao alcance de alguém que nunca levou com um estoiro nas trombas de um rapazito com 2 metros!

Esta modalidade não é das mais reconhecidas no país, como muitas outras, o que leva à falta de verbas para a prática. A carolice e o espírito de sacrifício fazem parte de muitas equipas que ainda hoje estão em atividade. Pagar para sair de casa num dia de inverno para treinar é a realidade de muitos leitores da Tasca seja em que modalidade for. Pagar o equipamento, pagar a gasolina e uma inscrição na federação ou tirar tempo à família, aos copos, aos amigos porque há jogo no fim de semana ou há treino, vai levar muitos a dizer: “Pois é! Pois é mesmo!”. O voleibol é sacrifício que se transforma em paixão.

Para além deste lado mais sentimental, o jogo em si é fantástico. A beleza de jogar em equipa está espelhada a cada jogada porque, simplesmente, um jogador não pode tocar 2x seguidas na bola. Isto faz com que obrigatoriamente se precise de um companheiro para continuar a jogada. O distribuidor precisa que alguém receba bem ou o atacante precisa que o distribuidor seja eficiente no passe. As regras exponenciam o coletivo! E, claro, a emoção dos pontos! Mesmo quem não perceba as regras sente a adrenalina de uma pontuação tão flutuante.

Vamos começar a época e este sportinguista do Porto apresenta-se motivado (Obrigado Cherba!) para ir descrevendo as maravilhas do voleibol no melhor clube do mundo! A caminho do bi-campeonato nos seniores masculinos e de mais uma subida de divisão nas seniores femininas.

Por fim, permitam-me relembrar o ponto que nos deu o título de campeões. Nunca é demais ver quando o melhor jogador português de todos os tempos, passou a bola para um dos melhores jogadores mundiais de sempre e nos ofereceram esta alegria imensa de sermos campeões.

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol)