Ao contrário do que vinha acontecendo nas últimas partidas, o Sporting entrou em campo com pressa em chegar à vantagem. O resultado foi um jogo resolvido ao intervalo e a possibilidade de gerir a pensar na Liga Europa

golo-maritimo

Um gajo vê o nome de Petrovic no onze inicial, respira fundo, olha para o lado. Ao teu lado, alguém respira fundo e olha para ti. Logo depois, o nome de José Peseiro é anunciado e ouvem-se assobios. Uma coisa não está directamente ligada à outra, mas até podia estar. Restava acreditar, uma vez mais, que tudo ia correr bem.

E correu, desde logo, porque o Sporting entrou como devia entrar sempre: em cima do adversário e decidido a resolver a partida o mais cedo possível. As ameaças de Gudelj e de Montero foram uma espécie de aquecimento, o belíssimo passe de Jovane para Raphinha acelerar resultou num penalti claríssimo que Bruno Fernandes marcou com categoria.

Onze minutos, o Marítimo sem passar do meio-campo e o Sporting com possibilidade de partir em busca de uma vantagem mais confortável. Montero faz um brilharete a tirar os defesas do caminho e tenta um golaço de fora da área, mas seria bem mais fácil consegui-lo: livre de Raphinha, bola a ressaltar na pequena área e o colombiano e a encostar lá para dentro. Faltavam dez minutos para o intervalo e antes que todos recolhessem ao balneário, foi Acuña a ter oportunidade de brilhar roubando um golo a Danny na única vez em que os insulares conseguiram entrar a jogar na área leonina.

Logo a abrir o segundo tempo, Acuña voltou a chamar a si as atenções, com um remate de ressaca, de fora da área, que não passou nada longe do poste. Depois é Raphinha, numa grande arrancada pela direita, a cruzar a régua e esquadro para um golo de Bruno Fernandes que Zainadine evitou. E… foi tudo.

A meia hora do final, já a pensar na longa deslocação que, quinta feira, terá que fazer na Liga Europa, o Sporting colocou o jogo no balde de gelo (eu congelei, quando vi entrar o Misic) e o Marítimo nem um sinal de vida foi capaz de dar. Restou aplaudir o regresso do filho Mané e a conquista de três pontos que, a repetir entradas como as da noite de ontem, muitas mais vezes sorrirão à turma de Alvalade.

Ficha de jogo
Sporting-Marítimo, 2-0

6.ª jornada da Primeira Liga
Estádio de Alvalade, em Lisboa
Árbitro: Nuno Almeida (AF Algarve)

Sporting: Salin; Ristovski, Coates, André Pinto, Acuña; Petrovic, Gudelj, Bruno Fernandes; Raphinha (Mané, 90+1’), Jovane (Misic, 76’) e Montero (Diaby, 86’)
Suplentes não utilizados: Renan, Marcelo, Jefferson e Castaignos
Treinador: José Peseiro

Marítimo: Amir; Bebeto, Marcos Silva, Zainadine, China; Jean Cleber, Fabrício, Correa, Barrera (Joel, 76’); Danny (Edgar Costa, 66’) e Rodrigo Pinho
Suplentes não utilizados: Charles, Rúben Ferreira, Ricardo Valente, Vukovic e Aloísio
Treinador: Cláudio Braga

Golos: Bruno Fernandes (p, 12’), Montero (35’)
Ação disciplinar: Cartão amarelo a Zainadine (4’), a Amir (11’), a Gudelj (15’), a André Pinto (32’), a Baiano (71’)