Este fim de semana tivemos sortes diferentes no torneio em Lamego. A equipa feminina brilhou, ganhando a final com grande facilidade. A época passada foi brilhante e esta está a começar da mesma forma. Temos uma equipa cheia de qualidade, que com certeza nos dará a subida de divisão. Passo a passo #rumoàprimeira.

A equipa masculina perdeu a final com o benfica por 3-2. Podia ter corrido melhor, é verdade, mas não há motivo para preocupação. Interessava continuar a ganhar rotinas de jogo para quando for a doer. E esta semana começará a sério e logo com o nosso maior rival. No dia 5 de outubro, 19h, na Póvoa do Varzim, o campeão nacional vai defender o seu favoritismo e tentar vencer a Supertaça nacional. Espera-se uma grande afluência dos leões do Norte como é habitual, dada a sempre incansável capacidade de mobilização dos núcleos sportinguistas.

A qualidade dos reforços deste ano indicia que vamos estar preparados para lutar por todas as frentes nacionais que estamos inseridos, começando já pela referida Supertaça. Na rubrica de hoje, vou falar um pouco de cada um deles, lançando uma ideia da potencial qualidade que podem trazer à nossa equipa, segundo a minha opinião.

Hélio Sanches (Ex- Espinho)
27 anos, 2.04m, Central, internacional por Cabo Verde
Um jogador forte, conhecedor do campeonato português visto que já joga por cá há alguns anos. Era, sem dúvida, um dos melhores jogadores do Espinho no último ano. Irá ajudar à competitividade no lugar e será um jogador muito útil ao longo do ano. É um bloqueador de grande qualidade.

André Brown (ex- TSV Herrsching)
28 anos, 2,06m, Central, nascido no Canadá
Um desconhecido, mas com um bom cartão de visita. Vem do campeonato alemão, que por tradição é forte e competitivo. Pelo que se vai percebendo, destaca-se no serviço e no bloco. Parece-me que não será tão explosivo no ataque como os outros colegas de posição, mas o tempo ajudará a perceber melhor as suas qualidades.

Roberto Reis (ex- Espinho)
38 anos, 1.90m, Atacante Zona 4, internacional Portugal
Um dos grandes jogadores nacionais dos últimos anos. Forte, explosivo, motivador e corajoso. É daqueles que nos fomos habituando a ver no nosso campeonato como um “problem solver” – “Mete bola que eu resolvo”. Chega ao melhor clube do mundo aos 38 anos e com vontade de ser, mais uma vez, campeão nacional. Pela sua experiência, ajudará ao objetivo. Terá concorrência de luxo ao lugar por isso o desafio é enorme.

Guillermo Hernan (ex- Tours)
36 anos, 1.82m, Distribuidor, internacional Espanha
Este espanhol apresenta um currículo fantástico, como prova as suas vitórias no campeonato espanhol e francês. Tem uma característica no seu passe que gosto muito. O Hernan, tal como o nosso Miguel Maia, não tem medo de jogar pelo meio da rede, pelos nossos centrais. Será um prazer ver jogar mais um craque mundial neste nosso pavilhão João Rocha.

Lionel Marshall (Ex- Piacenza)
Já falei nele noutro post. Estou com muitas expectativas de ver jogar este senhor do voleibol. Se quiseres recordar a análise individual, clica aqui.

Wallace Martins ( Ex- Osaka Sakai)
35 anos, 2.04m, Oposto, internacional pelo Brasil
Outro bem conhecido do universo do voleibol. Um pontuador nato! Daqueles jogadores que, quando o distribuidor está aflito para quem passar, é meter a bola nele. Felizmente, este ano temos vários craques para assumir jogo, este é mais um. Inúmeras vezes titular pela seleção do Brasil, uma das melhores seleções do mundo. Vem de um campeonato menos competitivo por isso veremos a que nível chega. É mais um para estar atento.

Aleksiev (Ex- Olympiakos)
35 anos, 2.04m, Atacante Zona 4, internacional Búlgaro
Fechamos os reforços com dois búlgaros, dois Balakov´s. O Aleksiev é, sem qualquer sentido pejorativo, um bicho do c******. Um jogador top mundial vindo de um campeonato grego que também é forte. Ainda joga muito! Sempre se destacou na sua seleção e nas equipas onde joga. É bom vê-lo com a verde vestida.

Nikolay Nikolov (Ex- VC Belogorie)
32 anos, 2,06m, Central, internacional pela Bulgária
Por fim, mais um Balakov. Outro que vem para “partir tudo no centro da rede”. Esqueçam aquele rapaz que tanto nos irritou na final do ano passado (Honoré). Se fosse hoje, ele ia pedir para sair ainda no primeiro set, abafado pelo Nikolov.

As expectativas são altas porque os jogadores são bons. Espero dia 9 de outubro estar a escrever-vos, confirmando cada elogio que fiz a estes reforços.

Entretanto, no final de cada post terei uma “sub-rubrica” com o “bê-à-bá” do voleibol. Alguns conceitos, nomes ou gestos técnicos, para tentar ajudar aqueles que estão menos familiarizados com a modalidade. Espero que seja útil.

“bê-à-bá” do voleibol: Zonas
O campo de voleibol está dividido por uma rede. Cada um dos lados tem uma divisão imaginária de 6 partes, às quais chamamos zonas. Falamos da Zona 1 até à zona 6. Nos comentários aos jogos são muitas as situações que ouvimos que um jogador rematou de zona 4 ou zona 2, sendo isto apenas a zona do campo onde está o jogador.

Termino com uma nota off-Sporting para lembrar a partida, por doença prolongada, de um grande jogador de voleibol chamado Nuno Rocha. Um atleta internacional, contemporâneo dos nossos Roberto Reis, Hugo Ribeiro, Miguel Maia, Kibinho… Foi um dos que muito ajudou à evolução da modalidade e devemos prestar-lhe desportivas homenagens.

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol)