A 27 de julho de 2016, Gastão Elias era apresentado como atleta do Sporting. O anúncio reforçava a aposta no ecletismo, numa das modalidades de referência no Clube, já que estamos a falar da principal modalidade do Sporting aquando da sua fundação.

As dúvidas de alguns Sportinguistas acerca dos moldes da parceria, obrigaram João Lagos, agente do atleta, a promover de imediato alguns “esclarecimentos”: “O Gastão vai passar a ser oficialmente atleta do Sporting CP e vai exibir o emblema na sua indumentária dentro e fora do campo. O Sporting vai reunir energias para, em conjunto criarmos um valor para o atleta. Valor esse traduzido no reforço da sua equipa técnica, no sentido de potenciar as capacidades atléticas do Gastão Elias. Há um apoio financeiro do clube que vai permitir fazer esse reforço”

Hoje, volvidos mais de dois anos, parece que apenas uma parte do acordo de parceria foi cumprido; o Sporting terá, durante este período, apoiado financeiramente o jogador mas essa parece ter sido a única parte do acordo, transmitido publicamente por João Lagos, que se cumpriu.

Gastão Elias nunca exibiu o emblema do clube nas suas indumentárias de jogo e as fracas acções de “marketing”, com cachecóis em viagem ou t-shirts de treino em aquecimento, não fazem jus ao acordo. Para além disso, o dinheiro investido pelo Clube com vista a criar valor no jogador e aumentar a sua performance não se verificou, de todo. Gastão Elias era, à data da sua “contratação”, 64º do ranking ATP e um tenista em franca fase de afirmação. Hoje, remete-se ao estatuto de 153º do ranking ATP, tendo de competir no circuito challenger, onde se havia afirmado em 2016.

Ontem, Gastão averbou mais uma das muitas derrotas, sobretudo no último ano e meio. Perdeu diante de Camilo Ugo Carabelli, argentino de 19 anos, 368º do ranking ATP. Infelizmente, um cenário que se vem repetindo.

Posto isto, é fácil fazer um resumo da parceria entre o Sporting e Gastão Elias: o Sporting investiu, não viu criado valor nem na sua marca nem no atleta e os resultados desportivos não só ficaram aquém do esperado, como foram uma completa desilusão e um desastre.

Para terminar, ressalvo que nada tenho contra o atleta. Seguirei sempre os resultados de todos os portugueses no circuito ATP e aprecio o Sportinguismo de Gastão Elias mas o investimento do Clube tem de estar dissociado de questões meramente afectivas. Acho que é hora do Sporting fazer o que tem de ser feito e “fechar a torneira”. Amigos, amigos…boa sorte, Gastão!

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Texto escrito por GAG em Grande Artista e Goleador
* “outros rugidos” é a forma da Tasca destacar o que de bom ou de polémico se vai escrevendo na blogosfera verde e branca