A equipa de voleibol masculina está a passar por alguns ajustes que têm gerado algum desconforto entre os sportinguistas. Evidentemente, que num Sporting tão dividido como este nosso atualmente, é triste perceber que as discussões nunca são sobre o tema com o qual se começou a discussão.

Não vou comprar coisas à mercearia do TiJoão como vou comprar ao El Corte Inglês, não vou ao McDonald como vou ao Avillez, tal como não posso falar de voleibol como falo de futebol. Quero dizer com isto, que cada modalidade tem especificidades que moldam uma opinião e devemos ser justos nas análises.

Estas mudanças nos planteis são perfeitamente comuns e nós temos esta experiência com a vinda do Agamez e do Garrett no ano anterior.

Alexsiev
O Alexsiev veio e consigo trouxe expectativas enormes. É um jogador de seleção, fortíssimo no ataque tal como na recepção, e vinha com o prémio de melhor jogador da liga grega. Certo é que nunca convenceu e, logo no primeiro jogo, na supertaça, foram muitas as críticas ao búlgaro. Até dezembro foi melhorando a sua condição física e terminou 2018 com algum fulgor. Sinceramente, para o seu estatuto teria de fazer muito mais a diferença, principalmente nos jogos internacionais. Posso até referir-me concretamente ao último, na Turquia.

Vi com normalidade a sua saída e, dado que estava de partida, optou por um clube que conhece e se vai sentir bem. Conversou com o Sporting, rescindiu e foi. Há efectivamente a questão do Podence e as relações institucionais entre os clubes. A mim, não me faz qualquer preocupação porque há dois factores importantes: (1) a vontade do jogador e (2) é uma situação neutra para nós. Não nos prejudica financeiramente nem desportivamente, e também não nos beneficia. Aceitaria discutir isto caso houvesse realmente um conflito de interesses.

Leonel Marshall
Quanto ao Marshall a razão fala, mas o coração não concorda. Vou assumir a sua saída como oficial, dado que muitos sites italianos conceituados deram como concluído o negócio. Quando este jogador assinou deixou-me muito contente. A idade não me incomodava e levei-me pela ilusão de ter esta referência vestida de verde e branco.

Começou bem a época, contudo tem estado longe do seis inicial nestes últimos tempos. Assumi sempre que era uma gestão de esforço, mas pelo que fui percebendo, há uma lesão crónica que o perturba constantemente e não lhe permite dar sempre o seu melhor. Também aqui acredito que haja uma vontade do jogador em continuar mais activo e viu o Galatasaray como uma oportunidade. A questão física não foi certamente uma surpresa quando o Marshall veio para o Sporting, por isso faz-me interpretar que alguém desistiu de alguém. Ou o Marshall desistiu e quer ir ou o Sporting quer mais e deixou-o ir. Qualquer uma das situações é perfeitamente legítima, no entanto fico um pouco triste. Do que vi jogar era um elemento importante e com muito para dar.

Para mim há ídolos e é malta como o Marshall que alimentam as paixões. A ele, concretamente, agradeço-lhe a alegria de ter visto vestido com a cor verde e branca um dos melhores jogadores de sempre.

Bem sei que há o mito do desinvestimento a parar no ar. Na minha opinião, que tentei explicar através de alguma objetividade nas saídas, há sim vontades dos jogadores e a vontade do Sporting em triunfar. Dentro disto há decisões que se tomam. Simples.

Entretanto, já contratámos um australiano chamado Jordan Richards que me parece muito interessante.

richards

Data de Nascimento: 25/09/1993 (25 anos)
Altura: 193 cm
Peso: 80 kg
Pontos Fortes: Este jogador tem uma impulsão estupenda, batendo a bola muito alta. Tem também uma boa capacidade de recepção e defesa. O facto de ser internacional australiano dá-lhe um estatuto interessante e foi muitas vezes titular, sentando o “nosso” Luke. Chega motivado e cheio de garra para vencer.
Pontos Fracos: Vem de uma lesão grave na anca, tendo apenas há pouco tempo recuperado totalmente da mesma. As lesões graves no desporto deixam sempre dúvidas em relação à futura rentabilidade de um jogador. Esperemos que seja uma aposta acertada. Vai ser o mais novo da equipa o que não lhe augura nada de bom nas praxes. Também não percebi a quantidade de músculos do rapaz. Que a minha mulher não veja e ache que eu também tenho que parecer assim.

Concluo dizendo que temos de ter confiança em quem faz a gestão do voleibol do Sporting porque quererão o mesmo que nós – bi-campeonato. Esta secção é para continuar ativa e vencedora. Claro que me preocupa termos jogo para as competições europeias no dia 16 e apenas apresentarmos 2 atacantes de entrada. Veremos como será gerido esse jogo.

Seniores Femininas
Estas continuam o seu percurso vitorioso conseguindo a 10ª vitória consecutiva. Vencemos no sábado o Centro de Voleibol de Lisboa por 3-0 (25-11 | 25-12 | 25-16) e no Domingo vencemos o Ala Nun’Alvares de Gondomar por 3-1 (23-25 | 25-15 | 25-17 | 25-13). Vamos cada vez mais fortes e isso nota-se nos parciais. Recordo as dificuldades que tivemos em vencer o Ala na primeira volta.

volei-feminino

Desabafos sem desenvolvimentos:
– O Twitter do voleibol, que tão bom trabalho tem feito, acabou?
– O Facebook Modalidades esqueceu-se de pôr os parciais nas vitórias do voleibol?
– Qual é o critério para desejar o feliz aniversário a um jogador nas modalidades? Por exemplo, a Beatriz Rodrigues fez anos nesta semana que passou.

Bê-a-bá do Voleibol: Pedido de tempo – Time out
Cada equipa tem direito a dois tempos mortos por set. O movimento para os pedir e para o árbitro os anunciar é mostrado na imagem seguinte.

Time out

Tal como no voleibol, vamos também dar um “Time Out” no bê-a-bá. As regras principais e úteis já foram anunciadas e também é importante não inventar nestes conteúdos. A ideia é simplificar e não baralhar. Quando for oportuno, este momento regressa.

Até agora já andámos pela explicação de:
Zonas
Gestos técnicos
Entrada/saída/centro de rede
Quem é o capitão?
Pontuação dos sets
Altura da rede
Funções de um líbero (aquele de camisola diferente)
Voleibol sentado
Pontuação para a classificação
Área de Jogo
Voleibol com os pés
Jogadas
Gestos do árbitro

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol)