O futebol de formação sempre foi um dos pilares do clube de Alvalade e o futebol feminino não é exceção. O Sporting criou quatro equipas de formação em apenas três anos.

Chegar e vencer: este tem sido o mote do futebol de formação feminino do Sporting, desde que deu os primeiros passos na temporada 2016/2017. As ‘leoas’ foram campeãs no escalão de juniores na época de estreia e carimbaram o bicampeonato um ano depois. Esta temporada procuram fazer o mesmo, com a pequena diferença de terem o Benfica como colega de divisão.

À frente do projeto do futebol feminino do Sporting está Mariana Cabral. Licenciada em Ciências da Comunicação, a treinadora das equipas B e de juniores do Futebol Feminino do Sporting divide o tempo entre o trabalho na secção de desporto do jornal ‘Expresso’ e os treinos com as jovens ‘leoas’.

Antes de assumir a função de técnica, Mariana Cabral foi ela própria jogadora de futebol. Agora, com as chuteiras penduradas, Mariana procura dar o exemplo às mais novas e levar o futebol feminino em Portugal a voos mais altos.

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“O meu papel é de coordenadora, roupeira, motorista, treinadora, psicóloga, amiga… são muitos papéis. Sou treinadora da equipa B e de juniores ao mesmo tempo, é a mesma equipa, treina junta, só as separamos ao fim-de-semana por convocatórias”, começa por explicar a ‘mister’, como é tratada pelas jogadoras.

“Depois sou ainda coordenadora da formação, o que quer dizer que vou tentando ajudar as outras equipas e os outros treinadores e guiando o processo, explicando-lhes para onde queremos ir e qual a metodologia de treino. Tem de haver alguém a “controlar” e a seguir o plano que nós queremos para a formação. Há muitos sítios para onde ir, é como no jornalismo, podes escrever de uma certa forma ou de uma outra forma, é preciso haver alguém que diga “nós queremos fazer as coisas assim”, é esse o meu papel”, acrescenta.

Durante muito tempo, o Sporting foi o pioneiro na formação de jovens jogadores e as maiores pérolas do futebol português masculino saíam das escolas dos ‘leões’, como Luís Figo, Simão Sabrosa, Cristiano Ronaldo e, mais recentemente, Gelson Martins e William de Carvalho.

No futebol feminino, o Sporting espera fazer o mesmo e levar o nome das suas jogadoras além fronteiras. No entanto, Mariana admite que ainda não se pode equiparar a formação feminina à masculina. “É uma área em que o Sporting tem apostado bastante, este é o terceiro ano de existência do futebol feminino do Sporting e logo desde o primeiro ano foram criadas as equipas de juniores e de juvenis”, explica.

“Já no segundo ano criámos uma equipa de infantis e neste terceiro ano criámos a equipa B, ou seja, já temos quatro equipas de formação. Sendo que a equipa B tem o pormenor de ser a mesma que a de juniores porque não tivemos tempo para separá-las, porque a decisão já foi tomada muito em cima do início da época. Só na próxima época é que isso será provavelmente feito. Mas, todos os anos tem sido dado mais um passo em frente e o que nos interessa é isso, é ir dando passos seguros à frente para as coisas irem evoluindo a seu tempo”.

Uma mudança há muito esperada
A evolução da aposta no futebol feminino expande-se ao país inteiro e acontece paralelamente a nível internacional. No currículo, Mariana conta com passagens pela União Micaelense, Odivelas, Futebol Benfica e 1º de Dezembro, e relembra que, na sua altura, as condições eram muito precárias. Mesmo assim, acredita que a sua “bagagem” ajuda no papel como treinadora de formação.

“Já tenho um conhecimento que vem de trás sobre o que é o futebol feminino, quem são as jogadoras, como é que são, como é que reage um balneário, como é que reage uma jogadora mesmo sendo de formação. Elas têm uma maneira de reagir e uma sensibilidade diferente em relação aos homens, também já treinei equipas de benjamins e iniciados masculinos e a sensibilidade é diferente, há coisas que são diferentes”, garante Mariana.

“Acho que a minha experiência ajuda bastante porque sei como eram as coisas antes, eu jogava numa equipa que supostamente era a melhor de Portugal e que ganhava e ia à Liga dos Campeões, mas nós não tínhamos condições quase nenhumas. As condições que nós temos hoje para as meninas que têm 11 e 12 anos, se calhar já são melhores que as condições que eu tinha como sénior. É uma diferença muito grande, mas também é uma bagagem boa que ajuda aqui a contextualizá-las também a elas”, refere.

Mas, apesar dos avanços na formação feminina, a visibilidade ainda é pouca para as jovens ‘leoas’. “Ter visibilidade é muito difícil. Só agora é que o futebol feminino sénior está a ter visibilidade porque o Sporting e o Braga entraram, depois entrou o Benfica também, e estes clubes grandes chamam mais atenção”, explica a treinadora, que, no entanto, ressalta o apoio da FPF.

“A própria Federação Portuguesa de Futebol tem trabalhado muito bem na comunicação do futebol feminino, porque divulga todos os golos da jornada, transmite os jogos da seleção (ou faz com que sejam transmitidos), assim como a Supertaça e a final da Taça. Esse tipo de visibilidade é muito importante porque no meu tempo estávamos no melhor clube, mas ninguém nos conhecia, nós não estávamos na televisão nem nos jornais, e é importante para as jogadoras, principalmente as mais novas, terem referências que possam ver nos meios de comunicação”.

“Ao nível da formação não há tanta visibilidade, mas é perfeitamente natural, porque se há esse desconhecimento no futebol sénior, é ainda maior no futebol de formação. Mas era bom que as pessoas começassem a olhar mais para o futebol de formação feminino porque há aqui jogadoras que garantidamente são das melhores da Europa. Elas têm qualidade e potencial efetivo, nós temos aqui jogadoras que eu tenho a certeza que no futuro vão ser muito importantes para o futebol feminino em Portugal”, garante Mariana, deixando o “aviso” de que as jogadoras do Sporting ainda vão dar que falar.

Apesar da entrada dos clubes ‘grandes’ no futebol feminino e de todo o investimento que tem sido feito para a evolução do futebol de formação, a verdade é que a competitividade ainda é muito baixa nestes escalões e a estrutura das provas não facilita a que este paradigma mude.

“Sim, e não é fácil contornar isso. Tem vindo a melhorar um pouco e desde o primeiro o ano que nós temos apresentado algumas propostas à federação para que haja uma reformulação de certos aspetos. No primeiro ano, por exemplo, nas finais de juniores nós disputamos dois jogos no mesmo dia, o que não faz sentido, mas mesmo assim conseguimos ganhar. Depois isso foi mudado e no segundo ano já não foi assim”, explica.

“Mas o campeonato continua a ser decidido com uma final, o que é uma coisa que não faz sentido. Uma competição contínua não deveria ser decidida com uma final. Além disso o campeonato tem quadros competitivos que ainda não são os ideais. Com todo o respeito pelas outras equipas, mas nós na primeira fase passámos muito tempo a jogar com equipas menos aptas, mas depois a segunda fase é muito curta, são pouquíssimos jogos, e nem sequer conseguimos jogar contra as equipas do Norte, que normalmente são um bocado mais aptas. A Federação faz uma separação entre o Sul e o Norte, então nós só jogamos com essas equipas na final”, esclarece a treinadora.

“Eu preferia ter menos jogos, mas mais difíceis e perder muito mais vezes, do que ter estes jogos todos que são mais fáceis, mas em que ganhamos todos. Não é tão bom porque elas precisam de dificuldades para evoluir, como é óbvio. Eu acho que a Federação já está a olhar para isso e espero que no futuro seja algo que seja corrigido”.

“Por enquanto, cabe-nos a nós arranjar estratégias para que as jogadoras evoluam noutros momentos. Por exemplo, ainda esta semana tivemos um jogo amigável contra os iniciados masculinos e é algo que costumamos fazer regularmente”, acrescenta.

As “raparigas do futebol”
Por fim e questionada se em Portugal se acredita na mulher como jogadora de futebol, Mariana Cabral não hesita na resposta: “Tenho a certeza que não se acredita”. E porquê? “Ainda há pouco publiquei no Twitter um vídeo de uma jogadora nossa que é a Joana Dantas, tem 15 anos. No fim-de-semana ela marcou um grande golo de fora da área que vai ao ângulo. E ela é irmã do Tiago Dantas, então eu escrevi a brincar “falam todos do Tiago Dantas, mas e a Joana Dantas?”. A maioria das pessoas deu os parabéns, mas há sempre comentário menos positivos, como por exemplo, “mas no futebol feminino as guarda-redes são todas baixas” ou “esse pontapé foi uma sorte” ou “o Tiago Dantas vai movimentar milhões e da Joana Dantas ninguém quer saber”. Isto tem tudo a ver com preconceito”, lamenta.

“Tanto as mulheres como os homens têm capacidade para fazer coisas fantásticas seja no futebol, no basquetebol, ou onde for. Mas, obviamente, não podemos esperar que uma mulher faça exatamente o mesmo que o Cristiano Ronaldo ou o Messi. Estamos a falar de capacidades físicas diferentes, que não se vêm apenas no futebol. Ainda é preconceito, mas as pessoas já começam a perceber, principalmente pela visibilidade dos jogos da seleção, que há qualidade, que há jogadoras boas, que há jogadas boas e equipas boas. A partir dessa visibilidade as coisas começam a tornar-se mais normais”, conclui Mariana, com esperança que eventualmente essa mudança chegue rápido.

As jogadoras partilham da mesma opinião que a ‘mister’. O caminho é longo, uma parte já foi feita, mas ainda há muito para andar até que o futebol feminino tenha a mesma popularidade que tem o futebol masculino.

Marta Ferreira tem 16 anos e é a médio do Sporting, nas equipas B e de juniores. Além disso, é ainda a segunda melhor marcadora da segunda divisão com 28 golos em dez jogos – à frente tem apenas a benfiquista Darlene Souza com 48 tentos.

O gosto pelo futebol esse chegou cedo. “Surgiu desde pequenina, num dia em que fui ver o treino de um amigo meu, e de repente chamaram todas as pessoas que estavam na bancada para irem para o campo e começarem a jogar. Eu fui, dei uns toques na bola e percebi que era aquilo que eu queria fazer para o resto da vida. Joguei sete ou oito anos com rapazes e há dois anos vim para o Sporting”, conta Marta.

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Confrontada com o número de golos que já marcou esta temporada, no entanto, a jovem jogadora desvaloriza o recorde pessoal e prefere dar mérito à equipa.

“O meu objetivo nunca foi marcar golos, nunca fui uma jogadora que marcasse muitos golos, sempre gostei de fazer assistências, mas é óbvio que marcar me deixa muito feliz. Não é dos meus objetivos, o meu objetivo é meter a equipa em primeiro lugar, e estes números surgem pelo esforço da equipa nos treinos e nos jogos. Temos evoluído passo a passo e é assim que eu quero continuar”, garante.

No entanto, e apesar da humildade, a ‘menina marcadora’ tem objetivos bem assentes e promete fazer o que for preciso para os atingir. “O meu objetivo é jogar na equipa sénior e, se possível, jogar no estrangeiro que é muito bom e evoluímos muito. Além disso quero chegar à seleção A.”

Para lá chegar, Marta Ferreira conta com a formação das ‘leoas’. “A formação é muito importante e a do Sporting é uma das melhores do mundo. É uma formação de excelência e dão-nos todas as condições para evoluir e dão-nos todas as bases para quando formos para uma equipa sénior termos tudo o que precisamos para chegarmos e triunfarmos”, explica.

Mas, o futebol não é a única ocupação de Marta que como qualquer jovem de 16 anos ainda tem os estudos com que se preocupar. Conciliar os dois mundos é difícil? “Sim, é muito difícil”. Mas é possível? Sem dúvida”. E a goleadora do Sporting explica como.

“Estou no 11º ano em Economia e é muito difícil conciliar. Nós aqui temos três treinos por semana e eu aproveito as duas tardes livres que tenho para estudar e tento ainda aproveitar ao máximo o fim-de-semana para não perder a matéria. Além disso temos dois jogos ao fim-de-semana, mas depende das convocatórias porque às vezes os treinadores optam por não nos convocar para gerir o cansaço físico, ou então não somos convocadas para os dois jogos para conseguirmos conciliar o estudo com o desporto”, refere Marta Ferreira.

O mesmo acontece com Carolina Beckert, a defesa de 18 anos do Sporting, que assume ainda a responsabilidade de ser a capitã das equipas B e de juniores.

Tal como aconteceu com Marta, também Carolina admite que a ‘paixão pela bola’ apareceu bem cedo na sua vida. “Eu sempre gostei de praticar desporto. Comecei na escola com os rapazes, aos seis anos jogava nos intervalos e a partir dos dez anos comecei a jogar numa equipa mista, em que eu era a única rapariga”, diz, por entre risos.

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E também ela, se vê a braços com a ‘ginástica’ de conciliar os treinos com a escola, neste caso a faculdade. “Os nossos treinadores têm sido bastante flexíveis em relação aos estudos. Temos dois jogos ao fim-de-semana, mas se precisarmos só nos convocam para um desses jogos. Eles querem que nós demos tudo no futebol, mas que não deixemos de parte a escola ou a faculdade. Eu sempre tentei conciliar, sempre tive boas notas e não é agora que estou no Sporting que vou deixar de ter”, fica o aviso.

Questionada sobre a importância do futebol de formação, Carolina Beckert assume que é uma ajuda enorme para as jovens jogadoras e que lhes permite ter uma experiência diferente daquela que as atuais melhores jogadoras do mundo não tiveram.

“O Sporting tem trabalhado muito bem para preparar as suas jogadoras para que no futuro estejamos melhor preparadas que as jogadoras que agora são internacionais, mas que na sua formação não tiveram equipas sub-17 e que passaram diretamente de jogar com rapazes para jogar em equipas seniores. Não tiveram as mesmas experiências que nós, não tiveram finais de campeonatos de sub-19, como nós já tivemos, e bicampeonatos, elas não tiveram nada disso. Nós já temos mais experiência no futebol feminino e penso que a adaptação será muito mais fácil do que foi para as jogadoras que não passaram pela formação feminina”, explica a defesa leonina.

Quanto ao preconceito de ver uma mulher num mundo de homens, Carolina admite que ouvia alguns comentários quando era mais nova.

“Nunca fui propriamente discriminada, mas ainda sinto um pouco de preconceito. Quando andava na escola conheciam-me pela “rapariga do futebol”. Dava-me outro estatuto, às vezes até era engraçado porque as pessoas conheciam-me assim. Quando nós, Sporting, jogamos com os rapazes em alguns jogos de treino, eles vêm com um ar muito superior a pensar que nós não conseguimos dar três passes seguidos, mas percebem logo que estavam enganados.”

Um palmarés de fazer inveja
Apesar de serem equipas relativamente recentes – a equipa de juniores foi criada há três anos, enquanto a equipa B está a fazer a primeira temporada -, as equipas das ‘leoas’ têm encantado os amantes do futebol feminino.

A equipa de juniores é bicampeã da sua série, e está, neste momento, em segundo lugar com 24 pontos, apenas superada pelo Benfica com 30 pontos e com mais um jogo. Em nove jogos, as raparigas do Sporting somam oito vitórias e apenas uma derrota – com o Benfica por 2-1. Além dos bons resultados, as juniores são ainda uma máquina de fazer golos com 62 marcados e apenas 4 sofridos.

As pequenas leoas conseguiram ainda atingir o recorde de maior número de golos marcados na sua divisão, ao baterem o Rio de Mouro por 26-0, na 9º jornada do campeonato nacional.

Na equipa B o ‘brilho’ mantém-se. Também aqui as leoas estão em segundo lugar, com 15 pontos, atrás do Benfica, com 21 pontos. Tal como acontece no escalão abaixo, a única derrota da equipa B do Sporting aconteceu frente ao Benfica – por 4-0. Aqui as leoas marcaram 61 golos e sofreram quatro.

Sempre a somar
No desporto em geral, o número de atletas federadas tem vindo a aumentar bastante nos últimos anos. A igualdade pode ainda estar longe, mas atualmente 30% dos atletas federados em Portugal são mulheres.

De acordo com os mais recentes dados do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) a que a Lusa teve acesso, a percentagem de atletas femininas federadas no país atingiu em 2017 os 30%, uma evolução face aos 26% que se registavam em 2014. Entre os 624.001 atletas registados nas federações desportivas, 185.280 eram do sexo feminino, evidenciando um ‘salto’ face às 141.629 mulheres federadas três anos antes.

Quanto à federação de futebol, que integra ainda o futsal, é a única federação a superar a fasquia dos cem mil atletas (167.986 homens), as mulheres federadas são já 8.363. Um incremento assinalável face às 6.007 do ano 2014, mas que revela ainda um peso muito relativo: 4,74% dos praticantes federados, apesar do crescimento da seleção feminina, que em 2017 se estreou num Europeu.

Já segundo os dados da Federação Portuguesa de Futebol, em apenas quatro anos, o número de atletas juniores de futebol passou de 1134 para 3701.

Recentemente, em entrevista à Lusa, o diretor do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM) comentou esta evolução do número de mulheres no desporto.

“Estes números vão aumentar nos próximos anos e as coisas vão caminhar cada vez mais para uma paridade. Há dois fatores muito importantes para o crescimento: a independência da mulher – económica, social e cultural -, e a cultura de beleza e juventude permanente que o mundo tem hoje em dia, uma tendência muito clara e com uma indústria muito poderosa”, explicou.

Representar cerca de metade da população portuguesa nunca correspondeu a uma representação fiel das mulheres no desporto português. No entanto, o equilíbrio não se estabelece de um dia para o outro, advertiu Daniel Sá, apesar de frisar que “os clubes, agentes e organizadores de eventos olham para esse mercado com um potencial muito interessante” e com novas estratégias de comunicação.

“A questão da igualdade não se resolve apenas com a discussão pública do assunto, às vezes demora gerações. Do lado do consumo via espetadores, penso que tem acontecido exatamente o mesmo, ou seja, o interesse das mulheres é cada vez maior. Quer do ponto de vista da prática, quer do ponto de vista do consumo, são mercados muito importantes”, explicou.

E lá fora?
Em Portugal, o desporto feminino, incluindo o futebol, tem crescido a olhos vistos e são vários os países que assistiram a um ‘boom’, como, por exemplo, a vizinha Espanha. Aqui ao lado, o futebol deixou de ser um desporto de homens e passou a ser visto com outros olhos.

De bancadas vazias, as jogadoras passaram a ver as famílias, amigos e conhecidos a ir aos seus jogos como se de um programa familiar se tratasse. Tanto em assistência como nas transmissões televisivas os números crescem a olhos vistos.

Então, o que falta fazer para que este ambiente contagie o mundo? Uma atitude, e é isso mesmo que a FIFA quer fazer. Sarai Bareman, diretora de futebol feminino da FIFA estabeleceu no passado mês de outubro os primeiros objetivos “concretos” para desenvolver o futebol feminino: Um maior número de licenças, mais mulheres em cargos de gestão desportiva e aumento da receita comercial.

“A primeira estratégia global para o futebol feminino”, lançada pela FIFA, inclui “três objetivos principais: aumentar o número de jogadoras, melhorar o valor comercial e criar bases” sólidas, detalhou Bareman, responsável pelo projeto.

A entidade quer duplicar o número de jogadoras para alcançar a marca das 60 milhões de atletas no mundo até 2026, além de profissionalizar os clubes e os campeonatos femininos.

Isso passaria pelo “desenvolvimento de treinadoras e de árbitras”, disse Bareman. A estratégia desenhada consiste em integrar mais mulheres nas entidades que regem o futebol, especialmente nos comités executivos dos países membros da FIFA.

Artigo publicado no site Desporto Sapo

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