Não me apetecia falar de coisas que me irritam, num dia em que o que me apetece é ter pensamentos positivos, mas a verdade é que para silêncios ensurdecedores já me basta o silêncio do Sporting enquanto os trolhas desta vida se riem a bom rir.

Frederico Varandas esteve perto da pontuação máxima na sua intervenção após o jogo da meia-final. Mas bastou um dia para conseguir abafar o que de bom tinha feito/dito.

Não faço ideia se Frederico Varandas ligou a Salvador para lhe pedir que Battaglia continuasse o tratamento nas instalações do Braga, nos dias que medeiam a meia da final. Mas sei que, logo aí, me parece um erro tremendo. Então tu acabavas de dar baile ao escuteiro mirim da máfia do futebol português e, logo a seguir, vais telefonar-lhe?!?

Como se isso não bastasse, parece que a conversa foi levada para o lado da avença do Pedro Henriques e o ingénuo Frederico terá dito ao Salvador que desconhecia essa avença, mas que já tinha tratado de colocar-lhe um ponto final.

O que se passou a seguir é tão natural como o Luís Paixão Martins estar, a esta hora, a dirigir-se à sala de pequenos almoços do Hotel Inatel que escolheu para um fim-de-semana prolongado, deixando o pobre Varandas a perceber, sozinho, a lição que a máfia lhe deu, com a agravante de, passadas quase 24h, ainda não ter havido uma palavra oficial do Sporting Clube de Portugal sobre isto (Varandas até pode estar à espera da noite de hoje para falar, mas, por favor, alguém lhe explique que a comunicação vive ao ritmo da internet).

Pedro Henriques é consultor de arbitragem do Sporting há anos (tipo uns 6, numa parceria que tem vindo a ser renovada) e isso não é crime algum. O Sporting não lhe paga, como Salvador insinuou enquanto se cuspia todo, para estar a analisar lances na merda da Sporttv. E, além de ter deixado bem claro, jamais o Sporting poderia ter incorrido no erro de terminar essa parceria no seguimento do dedo apontado do Salvador, dando ideia de ter sido apanhado quando estava a roubar uma fatia do bolo que só podia abrir-se ao lanche.