Este fim-de-semana, ao dar os parabéns no Twitter à equipa de corta-mato que revalidou o título europeu, a conta do Sporting foi questionada sobre a contagem dos troféus internacionais das modalidades, nomeadamente porque assumir este como o 30.º título internacional coloca à parte o título de Campeão Europeu de Goalball, alcançado em 2018.

Depois de algumas trocas de argumentos, a resposta oficial foi: “Não se trata de discriminar modalidades. Apenas optamos por uma coerência de separar o desporto do desporto adaptado quando contabilizamos os troféus europeus. São troféus europeus na mesma e estarão no nosso museu, com o mesmo respeito de todos os outros”.

Puxando um pouco o filme atrás, a diferença para o que aconteceu até há bem pouco prende-se com o facto da anterior direcção assumir que, sendo o Goalball uma modalidade que pode ser jogada por pessoas que não têm limitações, deve ser vista como mais do que uma modalidade adaptada. Já esta direcção pensa precisamente o contrário, englobando-a na categoria de desportos adaptados, ou seja, estamos perante dois pontos de vista que dificilmente conduzirão a um entendimento.

Em minha opinião, possa ou não possa ser jogada por quem não tem limitações, é um título conquistado com o Rampante ao peito e, como tal, assim deve ser tratado e contabilizado.