A última recordação que tenho de ir à bola com o meu pai é das mais nítidas. Alvalade vivia tempos estranhos, era 1985 e o Porto começava despontar como uma séria ameaça à hegemonia de Sporting e Benfica. Futre tinha acabado de se transferir para o Porto, que tinha um novo treinador – Artur Jorge – no lugar do mítico Pedroto. No Sporting, vivia-se a cisão entre os que veneravam João Rocha como o homem que tinha modernizado e transformado completamente o Sporting e os que o odiavam, sobretudo por uma gestão do futebol que começava a perder terreno para as “novas práticas” vindas do Norte do país.
Lembro-me que a nossa equipa era de humores, que tanto podia fazer oprimas exibições como podia empatar em casa com um dos últimos classificados. Era uma equipa de veteranos, com Damas, Gabriel, António Oliveira, Virgilio, Romeu, Sousa, Manuel Fernandes e Jordão…onde começavam a despontar uns putos como Fernando Mendes, Morato, Venâncio, Oceano, Litos e Carlos Xavier (este já mais rodado). Era curiosamente na veterania que se escondiam os problemas, havia inúmeros problemas contratuais com a Direcção, John Toshack parecia ser muito menos líder que os capitães de equipa e as bancadas agrupavam-se por mais ou menos desaprovação quanto “às asneiras” de João Rocha e a forma como eram visíveis na forma de jogar da equipa.
Sempre que perguntava ao meu pai, se João Rocha era o problema do Sporting, este respondia-me mais ou menos o mesmo: “O problema não é o Presidente. É esta raça de gente que se acham todos melhores que os outros.”
Invariavelmente sentia que genericamente os adeptos mais jovens eram contra João Rocha e os mais “maduros”, mais apoiantes da célebre “estabilidade”. Nunca consegui porém “arrancar” ao meu pai qualquer posição contra ou a favor de quem quer que fosse e sempre me baralhou esse quase alheamento político. Começo, hoje, a compreender quer o seu desgosto por um clube dividido, quer o desprovimento de vontade de validar uns sobre outros.
Começo a perceber também que muitos de nós, adeptos e sócios do Sporting, nos estamos a transformar em adeptos de nós próprios e não do clube ou do emblema. No fundo a negação do significado de adepto, fã, aficionado…não seguimos, não idolatramos, não confiamos, já nem sequer “gostamos” do Sporting. Vivemos um para-fenómeno de adesão, de agregação, perdemos o sentido coletivo e consumimos o clube como uma facção, um partido, um “eu contra o ele”, numa maravilhosa e trágica epopeia pessoal. O amor transformou-se em ódio. A ilusão em pessimismo. A diversão em trauma.
Enredados nas nossas “batalhas” individuais, quando imaginamos as massas a optarem pela nossa via ou pela dos “outros”, esquecemo-nos das pessoas como o meu pai. Das pessoas que não querem optar, não querem transformar o emblema em problema. Esquecemo-nos até por vezes que será impossível o clube crescer enquanto se divide, enquanto atravessa um verdadeiro rio de fratricídio. E se não cresce, decresce. Perde. Torna-se menos relevante, tem menos pontos de atracção. Todos estão bastante preocupados, todos acham grave o estado actual, todos arrancam cabelos face às previsões de futuro. Curiosamente ninguém parece muito preocupado com aquilo que faz, mas com o que os “outros” fizeram ou fazem.
30 anos depois, compreendo cada vez melhor o que fez o meu pai decidir nunca mais ir a Alvalade, deixar de estar com o seu grupo de amigos na bancada, deixar pura e simplesmente de viver ativamente o Sporting. 30 anos depois, o Sporting como associação de pessoas e de ideias está a falhar, a desiludir. A maior das derrotas, das humilhações, não são os quartos lugares, as derrotas com os Tondelas da vida. É a nossa cultura de clube. É a nossa incapacidade para aceitar outras opiniões, outras soluções, outras lideranças, outros comportamentos. É a nossa xenofobia intra-leonina, puritanismo, dogmas, extremismo, onde o único e verdadeiro sportinguismo é conjugado na primeira pessoa do singular. Todos os outros são tontos, acéfalos, querem tacho, elitistas. A única visão válida é a minha.
Olhem para os sportinguistas que conhecem na vossa vida pessoal. Contem o número com que deixaram de partilhar o clube nos últimos anos. Lembrem-se. Conseguem explicar o que nos afastou? Conseguem descobrir a razão do ódio? Conseguem realmente explicar como poderemos continuar a viver desta maneira? Uns mais entretidos em espetar facas em fantasmas, outros a regimentar planos quiméricos de utopias passadas. Uns a recauchutar o presente com soluções impregnadas de mofo, outros a perseguir os apoios nos camarotes de gente que nem sabe o que “apoiar” significa. Uns a contar armas que não existem, outros a enterrar a capacidade de lutar.
Escolham o vosso sítio, escolham o vosso Sporting. Todos entramos numa ou várias portas. Mas não saímos de nenhuma. Não saímos para lado algum. Estamos numa jaula, fechados, a lutar por quem fica mais perto das barras, não pela liberdade. Não entendemos que sem diálogo, sem partilha, sem aceitação do “outro” como alguém que não é inimigo…ser Sportinguista cada vez quererá dizer menos, cada vez será sinónimo de algo grande, apaixonante e motivador. Cada vez menos será tradução do que somos como indivíduos.
Olho para os “notáveis”, para as figuras apresentadas como “exemplos” de Sportinguismo e perdoem-me o francês, só vejo merda. Gente que sobreviveu a saltar de “apoio” em “apoio”, que aprendeu a viver o Sporting como um jogo de cadeiras, que chega às TVs e jornais dominando a arte de gerir as facções dentro do Sporting. A cultura de espartilhar o Sporting começou nestes Garibaldis de charuto. Começou nesta vivência de clube como um micro universo de maçonarias. Começou no “meu Sporting é melhor que o teu”.
A única chave para fugirmos desta prisão de pequenez, mesquinhice e guerrinhas patéticas é a verdadeira e comprometida adesão ao nosso lema: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória. Todos sabemos o que quer dizer, o que custa, ao que nos obriga como seres humanos, ao que nos remete ser, dizer e fazer como sportinguista. Quem está disposto a isso?
*às quartas, o Zero Seis passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca. Este post sai à terça porque estava a marinar desde a semana passada
20 Fevereiro, 2019 at 18:58
Mais uma vez Javardeiro, dizes muito e bem …
Como resposta à tua pergunta final … Olha eu nem sei bem em que estado está o meu sportinguismo puro … Acho que estou num ‘limbo’ … Se por um lado não consigo tolerar certas pessoas que voltaram a pr e dispor no SCP, por outro quero acreditar que o futuro pode ser melhor, ser diferente …
Quanto a mim, o maior problema é também de cariz socio-cultural … E encaixa que nem uma luva no triste país que somos … Mas essa ‘mudança’, essa ‘revolução’ é, infelizmente, muito mais complexa de realmente ocorrer … Contudo eu há uns 10-15 anos atrás ainda acreditava que tal poderia, de facto, suceder … Infelizmente, a realidade sobrepôs-se à utopia em que eu continuo a querer acreditar …
SL
20 Fevereiro, 2019 at 19:25
Este é o melhor texto que li em muito tempo. Toca nas feridas todas.
20 Fevereiro, 2019 at 19:33
Espectacular convite à reflexão sobre o que somos e o que queremos ser enquanto sportinguistas!!! Não podemos desistir!!!
20 Fevereiro, 2019 at 19:34
Estava a necessitar tanto de um texto como este.
Muito obrigado
É para guardar, para ler e reler.
20 Fevereiro, 2019 at 19:36
Excelente texto!
Nele são apresentadas a pergunta e as respostas centrais:
PERGUNTA: “Olhem para os sportinguistas que conhecem na vossa vida pessoal. Contem o número com que deixaram de partilhar o clube nos últimos anos. Lembrem-se. Conseguem explicar o que nos afastou? Conseguem descobrir a razão do ódio? ”
RESPOSTA: “Olho para os “notáveis”, para as figuras apresentadas como “exemplos” de Sportinguismo e perdoem-me o francês, só vejo merda. Gente que sobreviveu a saltar de “apoio” em “apoio”, que aprendeu a viver o Sporting como um jogo de cadeiras, que chega às TVs e jornais dominando a arte de gerir as facções dentro do Sporting. A cultura de espartilhar o Sporting começou nestes Garibaldis de charuto. Começou nesta vivência de clube como um micro universo de maçonarias.”
Depois existem 3 tipos de Sportinguistas:
1(maioria) – aqueles que para eles nada interessa, ou melhor, só interessa se a bola entra ou não. Não querem saber de politiquices para nada… não querem saber que tipo de gente está a frente do clube, so querem saber do resultado da bola. São esses que passaram carta branca em todas as AG para vendas de património de roquette a godinho e que tudo fazem para não ver o clube em sucessivas capas do correio da manha! Não interessam os motivos das capas, só nºao querem ficar mal vistos!
2 (minoria, muito minoria mesmo) – aqueles para quem o Sporting deveria se chamar Campo Grande Football Club! Que apesar de serem a minoria controlam a seu belo prazer os Sportinguistas acima identificados como tipo 1, pelo seu poder economico e força na comunicação social. Querem é um clube de acionistas, sem sócios, sem modalidades amadoras, para quem o clube é um hub de negociatas. São representantes da fina flor da sociedade desde o pré 25 de abril, vivem em cascais e apoiam os richiardis, os roquettes, os bettencourts, os soares francos. Têm blogues como o camarote e hoje pavoneiam-se pelas tribunas de Alvalade depois de 5 anos de interregno! Caras mais visiveis: rogério alves e a sua entourage como o lpm!
juntos, os tipo 1 e 2 representaram na AG distitutiva 65%! os restantes 6% que completaram os famigerados 71% vieram dos Sportinguistas tipo 3 abaixo identificados!
3 (2º tipo em numero de adeptos) – Sportinguistas para os quais o Sporting é um modo de vida e portanto a orientação ideológica da sua direção conta muitíssimo! E conta mesmo, ao ponto de ser um forte elo de ligação e de se sentir representado pelo clube! Sportiguistas que mais vibram com as modalidades, que realmente sentiram orgulho por ter um pavilhão de novo, que sentem orgulho por ver o clube de costas voltadas para tudo o que de mais nojento existe no desporto em portugal: vieiras, antónios salvadores, 90% da comunicação social ultra vendida, jorge mendes etc… os verdadeiros fight and resist! Aqueles que até podiam nao ver o Sporting a ganhar tantas vezes no futebol… mas que já se sentiam orgulhosos de ver o Sporting ser realmente LEONINO!
juntos, os tipo 1 e 3 representaravam 99% da média de assistencias no estadio a rondar os quase 40 mil espectadores nos ultimos anos! Fizeram a onda verde!
A pergunta é: Como voltar a fazer estes 3 tipos de Sportinguistas caminharem juntos? A minha resposta infelizmente é: IMPOSSIVEL.
Primeiro porque o tipo 3 odeia o tipo 2 e vice-versa. Depois porque o tipo 3 já perdeu a tolerância e até a identificação clubística para com os adeptos do tipo 1.
Enfim… como Sportinguista tipo 3 me confesso, para mim só ha uma solução para voltar a sentir orgulho do caminho que o Sporting for trilhar! Quando voltar a aparecer um BdC, mas desta vez mais inteligente e aniquilar de vez os sportinguistas do tipo 2. Até lá… ou não há paz… ou não há Sporting!
20 Fevereiro, 2019 at 19:39
Olha que o ponto 2…. não são uma minoria tão minoria assim.
20 Fevereiro, 2019 at 19:47
Eles são realmente uma minoria até porque são elitistas! Porém o seu poder de influencia na sociedade (economico e politico) é tão grande que fazem muito barulho na comunicação social! A maior parte dos adeptos tipo 1 é ultra influenciada por eles e nem se apercebe!
20 Fevereiro, 2019 at 19:54
Bingo!! Mais uma adenda exacta!
20 Fevereiro, 2019 at 20:39
Ele está só a contar a “elite brasonada” não está a contar os “minions assalariados” que a servem….
20 Fevereiro, 2019 at 19:49
Grande complemento ao post!! Bem observado!
20 Fevereiro, 2019 at 19:54
Bom comentário!
20 Fevereiro, 2019 at 19:59
Enorme comentário, revejo-me totalmente nele
20 Fevereiro, 2019 at 21:17
Tal e qual.
Excelente, Lyonne.
20 Fevereiro, 2019 at 21:46
Mais um tipo 3, mas acredito que mais tarde ou mais cedo a solução vai aparecer só espero que o godinho 2 não seja tão rápido como o 1º a desbaratar aquilo que se amealhou nos últimos anos.
20 Fevereiro, 2019 at 21:55
Golaço pá !
20 Fevereiro, 2019 at 22:37
Este comentário merecia um post!
20 Fevereiro, 2019 at 22:42
Acho que não percebeste o post.
20 Fevereiro, 2019 at 23:52
Eu percebi o post! Que achei excelente… consigo até fazer uma autocritica ao meu comportamento. Porém só acho que o que fizeram ao Sporting nãos e compadece com um “vamos por o Sporting acima de tudo e de todos e dar as mãos”!
As posições estão extremadas que o meu Sporting não é o sporting de alguns! E o sporting de alguns eu não o quero para nada… porque para mim já não será o Sporting que aprendi a amar!
20 Fevereiro, 2019 at 23:59
+1. Penso exactamente como o Manuel. O comentário [tão rapidamente elogiado por uma legião de “sócios classe 3″(!?)] aponta para exactamente aquilo que o post critica: arregimenta os sportinguistas em tipo1, 2 e 3 e incentiva o contar de espingardas. Incentivo que resultou com o fica bem patente nas respostas que lhe sucederam.
O post apela a uma reflexão que nos conduza a colocarmos o Sporting acima do eu (e dos como eu contra os outros). O comentário é uma egocêntrica afirmação de pretensa superioridade moral (de um tipo de sportinguista sobre outros 2). O mais engraçado é ler uma série de gente a elogiar o post e o comentário: seguindo o raciocínio do Lyonne, apesar de se afirmarem sportinguistas do “tipo 3”, a avaliar pelo apoio a uma opinião e á sua contrária, deveriam enquadrar-se no sportinguista “tipo 1”.
O que é necessário é não vermos no(s) outro(s) estratificações de sportinguistas, mas tão somente parte igual do mesmo Sporting, mesmo que com ideias e opiniões diferentes da nossa.
SL
21 Fevereiro, 2019 at 0:31
Não acho que seja impreterivelmente posições antagónicas!
O conteúdo do post do Javardeiro é ótimo. Excelente. Merece a maior admiração sportinguista! Ele até faz ótimas considerações sobre o que nos trouxe até aqui.
Porém, infelizmente o desporto em Portugal extravasa em muito o próprio fenómeno desportivo. Hoje, para muitos, ser Sporting não é só pertencer à família Sportinguista, é também realmente nos sentirmos diferentes para melhor, não compactuarmos com os vieras, os salvadores e os mendes desta vida! Mesmo que isso nos custe ser um alvo a abater pela comunicação social.
Por outro lado a “nossa elite” que se instalou mais visivelmente desde o projeto roquette, representa tudo aquilo que nos ia matando! É que muitos já se esqueceram dos project finances, das vendas de patrimonio, do passivo de 500 milhoes de euros… e os novos sinais quais são: estrutura diretiva 50% igual a godinho lopes, amizade com o mendes restabelecida, amigos do salvador, jogadores a sair a custo zero (como dizia um tasqueiro o Shikabala foi vendido a um preço superior aos de Nani, Montero, B. César, Castaignos, e Tiago Djaló TODOS JUNTOS)
Apesar de ser louvável o esforço do Javardeiro por realmente por o dedo na ferida, as posições estão por demais extremadas, assim a pergunta que fica para cada um é refletir:
Conseguirei sentir orgulho e me identificar com este Sporting?
Se o Alvaro Antunes achar que sim, ótimo! É apoiar!
Para mim, ao dia de hoje, o Sporting está refém de todos os que sempre dele se serviram e que quase o destruíram! Eu continuo a pagar as minhas cotas (já lá vão 35 anos) mas não me peçam para estar calado!
Se isto é laivos de superioridade moral? Então que seja! Ou você vai me querer convencer que o godinho, o roquette ou o alvaro sobrinho sofrem tanto com o Sporting como eu? Esses vendem até as mães… quanto mais o Sporting!
21 Fevereiro, 2019 at 1:04
Estás em grande!
21 Fevereiro, 2019 at 7:51
Clap! Clap! Clap!
21 Fevereiro, 2019 at 10:05
Brutal!!
21 Fevereiro, 2019 at 1:04
Tem realmente alguma piada o apoiares algo e ao mesmo tempo o seu oposto, mas não é impossível como o prova ou antes pelo contrário e ao mesmo tempo não prova nada, o paradoxo do Gato de Schrödinger…
Aqui entre nós que ninguém nos ouve de forma sentida e visceral eu simpatizo grandemente com aquilo que o Lyone escreveu, apenas acho que é um beco sem saída, é uma não solução, daí eu ter escolhido uma estratégia diferente, não porque me agrade mais, mas porque no meu entender, embora mais difícil para mim é melhor para nós, para o nosso Clube….
Ou então não, sei lá se o gato está vivo ou morto!!!
SL
21 Fevereiro, 2019 at 1:05
Tem realmente alguma piada o apoiares algo e ao mesmo tempo o seu oposto, mas não é impossível como o prova ou antes pelo contrário e ao mesmo tempo não prova nada, o paradoxo do Gato de Schrödinger…
Aqui entre nós que ninguém nos ouve de forma sentida e visceral eu simpatizo grandemente com aquilo que o Lyone escreveu, apenas acho que é um beco sem saída, é uma não solução, daí eu ter escolhido uma estratégia diferente, não porque me agrade mais, mas porque no meu entender, embora mais difícil para mim é melhor para nós, para o nosso Clube….
Ou então não, sei lá se o gato está vivo ou morto!!!
SL
21 Fevereiro, 2019 at 9:42
Ao ver que tinhas dois comentários ainda pensei que fosses a seguir provar completamente o oposto do que tinhas dito, que basicamente era o mesmo que tinhas dito.
21 Fevereiro, 2019 at 16:28
eh eh eh ainda bem que compreendeste…
21 Fevereiro, 2019 at 9:31
Completamente de acordo Manuel.
Alguém que leu isto e depois parte para uma análise assente numa maior compartimentalizaçao de Sportinguistas, leu as palavras mas nao entendeu o espírito do texto.
20 Fevereiro, 2019 at 22:58
Muito bom Lyonne, mais 1 tipo 3 aqui. O sentimento que tenho de à 6 meses para cá, é que roubaram-me o meu clube, não sei se há mais gente assim, mas a maioria dos Sportinguistas com quem falo estão desorientados, e sinto que desistiram de lutar. Este ano ainda só fui ver um jogo, e foi para estrear o miúdo em Alvalade.
21 Fevereiro, 2019 at 0:00
Acredita… somos imensos os que nos sentimos assim! E o numero de cadeiras vazias no estadio reflete isso mesmo.
O pior de tudo é não se ver uma luz ao fundo do túnel!
21 Fevereiro, 2019 at 7:52
+1
20 Fevereiro, 2019 at 23:22
Dizer um grande texto do javardeiro e revejo o pai dele no meu.
Dizer também que concordo muito com a análise do lyonne.
O texto do javardeiro mais o comentário do lyonne explicam na perfeição o estado do Sporting.
Ninguém está isento de culpas.
Todos somos culpados
21 Fevereiro, 2019 at 7:54
“Trincheiras”
O Sporting dava um filme do caralho.
20 Fevereiro, 2019 at 23:35
Parecia o chapéu de primeira do Balakov ao Preud´homme na luz, certeiro e no ângulo. Parabéns pelo comentário, Lyonne.
Abraço de Leão.
21 Fevereiro, 2019 at 0:22
Ou seja, pouco absorveste do que fui escrito neste grande post.
Para ti, o Sporting é só da TUA forma de ver e viver, porque a TUA forma de viver o Sporting é que é a correcta, e as que partilham a TUA forma de ver e viver, deviam ser derrotados e se possível expulsos do clube.
21 Fevereiro, 2019 at 0:25
Correcção …
Ou seja, pouco absorveste do que fui escrito neste grande post.
Para ti, o Sporting é só da TUA forma de ver e viver, porque a TUA forma de viver o Sporting é que é a correcta, e os que NÂO partilham a TUA forma de ver e viver, deviam ser derrotados e se possível expulsos do clube.
21 Fevereiro, 2019 at 0:36
A resposta esta dada a cima ao Álvaro Nunes!
mas vai aqui so um excerto:
“Se isto é ter laivos de superioridade moral? Então que seja! Ou você vai me querer convencer que o godinho, o roquette ou o alvaro sobrinho sofrem tanto com o Sporting como eu? Esses vendem até as mães… quanto mais o Sporting!”
Eu não sei se a minha forma de viver o Sporting é a correta! Mas sei bem qual é a forma errada! É que eu tenho memória!
21 Fevereiro, 2019 at 7:55
Não vale a pena. Quem não consegue perceber o que tão bem escreveste, como é que que irá ver a big picture?
21 Fevereiro, 2019 at 5:51
Excelente retrato da realidade (embora as proporções possam variar um pouco do descrito) que complementa um excelente texto!
Assumo-me como tipo três, revejo me num clube que luta contra a podridão que gravita à volta do fenómeno desportivo (e também social) no nosso país de compadrios, tráfico de influências e corrupção a rodos.
O tradicional dogma dos sportinguistas descritos como tipo 1 foram e continuam a ser o principal problema para a nossa afirmação desportiva e social neste país. De que vale ser bem visto se a nossa volta todos estão com a merda pelo pescoço e não se importam minimamente com isso?! Sem descer ao nível (corrupto) dos rivais, temos de lutar com as armas ao dispor pela normalização do fenómeno desportivo, pondo os pontos nos i’s, identificando os personagens, denunciando, expondo, e fazendo o barulho necessário sempre que for preciso! Se isso faz com que deixemos de ser o clube bem visto não há problema nenhum, os anjos estão no céu amigos, aqui embaixo há que lutar pelo que entendemos ser nosso caso contrário ninguém o fará por nós! Convém e ter a noção que sempre que o Sporting lutar contra aquilo que está à vista de todos, a comunicação social e a sociedade em geral não vai dar tréguas e aí somos nós, sportinguistas, que temos de defender o clube e os seus líderes! Cedendo a pressões externas não nos levará a bom porto de forma alguma…
Daí o entusiasmo gerado pelo anterior presidente que comunicava (mesmo que, por vezes, exagerasse na forma) com conteúdo concreto e luta ativa contra todos estes poderes instalados a quem não interessava um Sporting vivo e atento a tudo o que o rodeia. Poderes esses que pretendiam e pretendem bipolarizar o futebol em Portugal e dessa forma relegar o Sporting a um papel menor!
Não tenho admiração pelo personagem mas sim pela obra, pelo engrandecimento do clube (algo completamente distinto do passado e dos planos que esses responsáveis tinham para o futuro do clube), pelo crescer em associados, modalidades, património, títulos e condições para os alcançar de forma regular!
Tudo o que espero é que a atual direção possa seguir o mesmo caminho, mas pela amostra até agora dada, dificilmente acontecerá. Mais uma vez voltamos a assistir a uma comunicação inexistente, a um limbo entre adeptos e clube. Futebol e desporto é emoção, paixão e não ter isso em conta na forma como (não) se comunica é até a data o principal erro que aponto ao atual presidente.
Espero também que possam melhorar o trabalho feito pela anterior direção na restruturação da academia e revitalização da capacidade de formar talentos para a equipa principal. Muito mais do que a relação humana com o plantel ou a comunicação exacerbada, esta vertente foi para mim o principal erro desportivo da anterior direção que urge ser rectificado o mais rápido possível (reforço dos quadros técnicos da academia em termos de liderança técnica, coordenação técnica, recrutamento e desenvolvimento de planos concretos de desenvolvimento e carreira dos formandos, algo em que o anterior presidente falhou em toda a linha).
Ao contrário de muitos que aqui comentam não sou contra o reforço da estrutura, bem pelo contrário! Acho que trazer profissionais competentes para áreas como o scouting, a observação e análise, a psicologia e motivação desportiva, entre outras, mais do que necessário, é fundamental face à distância que temos para os rivais nesses aspetos.
Esforço, dedicação e devoção na criação de um plano abrangente a todas estas vertentes de forma congruente, ambiciosa e competente que seja explicado aos sócios de forma transparente para que, finalmente, seja possível ao nosso clube unir-se em função da GLÓRIA a atingir e não dos interesses de cada um. Não é fácil certamente, mas será este caminho que o sporting terá de percorrer se quiser manter as modalidades ganhadoras e dar uma nova vida ao futebol profissional que se arrasta há mais de 30 anos.
SL
21 Fevereiro, 2019 at 8:25
A par com o excelente post, este é dos melhores comentários que já li aqui e com o qual concordo em absoluto.
Infelizmente, a influência que o grupo 2 tem sobre o 1 é mt grande.
21 Fevereiro, 2019 at 10:02
Epá não percebeste nada no texto. O texto não está relacionado com adepto tipo 1,2 ou 3, não está relacionado com brunistas ou croquetes. Está relacionado com sentir o Sporting, está relacionado com o facto de ninguém ser mais sportinguista do que outro ou com o facto de o Sporting não ser de ninguém em particular mas sim de todos.
Uns aproveitam o Sporting outros aproveitam-se do Sporting. Os últimos não são sportinguista de nenhum tipo são oportunistas, são ervas daninhas.
Se achas que o texto é bom então volta a ler mas sem a tua capa de super sportinguista vestida.
20 Fevereiro, 2019 at 19:44
Grande texto. Muito, muito bom.
20 Fevereiro, 2019 at 19:47
Excelente texto.
A minha modesta opinião é esta: são muitos anos sem ganhar um campeonato de futebol sénior masculino. Isso aumenta o desespero. E em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.
E à medida que as épocas vão passando, as desilusões vão-se acumulando e o desespero e a intolerância aumentando, contrariamente à paciência, que vai diminuindo.
Uma vitória num campeonato, como o de 2015/16 (não agora… mesmo que a justiça seja favorável a que seja atribuído esse campeonato, não será a mesma coisa), aliviaria a pressão do desgosto que cada sportinguista (uns mais, outros menos) tem.
Uma alegria dessas seria um bálsamo enorme na nação sportinguista.
Mas esta é apenas a minha modesta opinião…
22 Fevereiro, 2019 at 16:43
Concordo consigo, mas infelizmente o caso é mais complexo. Já que falou no campeonato 15/16, sou capaz de apostar consigo que muitos que se dizem sportinguistas, como por exemplo o idiota do Henrique Monteiro, preferem que o campeonato não seja atribuído ao Sporting para não ter que ser atribuído também a BdC.
Enquanto este tipo de gente, que põe os seus ódios de estimação à frente do amor ao Clube, estiver ligada aos destinos do Sporting não vamos a lado nenhum.
20 Fevereiro, 2019 at 19:47
“Olho para os “notáveis”, para as figuras apresentadas como “exemplos” de Sportinguismo e perdoem-me o francês, só vejo merda. Gente que sobreviveu a saltar de “apoio” em “apoio”, que aprendeu a viver o Sporting como um jogo de cadeiras, que chega às TVs e jornais dominando a arte de gerir as facções dentro do Sporting. A cultura de espartilhar o Sporting começou nestes Garibaldis de charuto. Começou nesta vivência de clube como um micro universo de maçonarias. Começou no “meu Sporting é melhor que o teu”.
Começou para eles e acabou para muitos de nós.
Concordo e revejo-me no texto. Também eu me deixei entalar por essa guerra civil. Também eu contribuo para este clima fraticida.
Mas tem uma razão de ser: Há 5 anos perdi definitivamente a inocência e o romantismo. Percebi que centenas de pessoas que andam há décadas ávolta o clube, só tem um propósito: EU e o clube que se FODA!!!
Um presidente acabado de ser eleito, e 2 dias depois já haviam jogadas de bastidores, blogs a nascer, perfis falsos a espalhar injúrias e mentiras,um contar de armas com um único propósito: Chegar ao poder! Recuperar tachos perdidos, recuperar visibilidade e poleiro. Demorou, mas aconteceu há 6 meses!
Aí percebi definitivamente que enquanto o Sporting Clube de Portugal for um clube de grupinhos, castas puras, tertúlias, croquetes, conspiradores e amiguinhos dos rivais e inimigos nunca passaremos disto. É tudo a ver quem consegue chegar ao trono e levar os amigos, a familia e os interesses pessoais atrás. Como já disse: o clube que se foda!
Quem fica na merda e sofre com isto tudo, somos nós, os adeptos anónimos sem nenhuma pretensão que seja de poder, ou tacho, ou poleiro.
A única coisa que queremos é viver o clube, vê-lo ganhar, sentir orgulho de pertença ao emblema do leão. Porque quem lá esteve estas 3 décadas não quer saber disso para nada.
Eu já me conformei com esta triste realidade. Tão cedo não passaremos disto. Muito menos com uma direcção que se esforça para fazer de TUDO para contrariar o lema da campanha: Unir o Sporting!! Desde o 1º dia que fizeram precisamente o oposto. Sexta feira vem mais um capitulo, as feridas vão aumentar, a intolerância e a divisão também. A quem convém isso? A nós simples adeptos e sócios não é concerteza.
20 Fevereiro, 2019 at 21:25
Outra excelente reflexão.
20 Fevereiro, 2019 at 23:43
“Muito menos com uma direcção que se esforça para fazer de TUDO para contrariar o lema da campanha: Unir o Sporting!! Desde o 1º dia que fizeram precisamente o oposto.”
Fosse só a direcção a remar nesse sentido.
Subscrevo, tem muito daquilo que também penso.
20 Fevereiro, 2019 at 23:57
Excelente comentário, LionUp – subscrevo por inteiro!
21 Fevereiro, 2019 at 0:05
Mais um comentário a elogiar o post e a advogar o seu contrário! E, da mesma forma que nas respostas ao comentário do Lyonne (também a elogiar o post e a advogar o seu contrário), aparecem respostas de apoio de quem também elogia o post. .
SL
21 Fevereiro, 2019 at 0:18
Em relação a minha pessoa qual a parte que não percebeste que ninguém está isento de culpas e que todos NÓS somos culpados ?
21 Fevereiro, 2019 at 9:47
Álvaro.
Esta é apenas a minha opinião.
Penso que o post e os comentários (aparentemente antagónicos) se complementam.
Há que agregar os sportinguistas. Mas para isso, há que identificar o que os separa.
Será essa divergência entre os sportinguistas tão grande que se torna impossível a agregação da nação leonina?
A minha resposta a isso é “ganhe-se um campeonato da liga de futebol sénior masculino” e haverá maior convergência de interesses entre os sócios, mesmo que esses interesses sejam antagónicos.
21 Fevereiro, 2019 at 10:04
Como diria o fantoche, casa trancada, portas roubadas.
21 Fevereiro, 2019 at 12:22
Álvaro pelo os teus comentários já percebi que das duas uma: Ou não sabes ler ou precisas de óculos.
Qual foi esta parte do texto que não entendeste: “Também eu me deixei entalar por essa guerra civil. Também eu contribuo para este clima fratricida”?
Pra a próxima vê se percebes o que está escrito antes de de falares.
20 Fevereiro, 2019 at 19:49
Concordo. A nossa entropia é o maior inimigo que temos. Incapazes de dentro do clube, discutir os nossos problemas. Uma cultura perigosa, incapaz de assumir uma responsabilidade colectiva, que se manifeste em pelo menos não andar a boicotar, seja lá quem esteja ao leme.
20 Fevereiro, 2019 at 19:53
Bom texto Javardeiro.
Lembro-me dessa equipa. O Oceano chegou ao Sporting julgo que já com 25 anos vindo da formação do Nacional da Madeira. Os outros que falas eram todos da formação do SCP.
20 Fevereiro, 2019 at 20:42
O Oceano foi formado nun clube em Almada…
21 Fevereiro, 2019 at 0:09
Veio para o Sporting oriundo do Nacional mas ainda com 19 anos, no início de Julho de 1982 (fez 20 anos, em 29 de Julho de 1982).
Foi formado no Almada.
Saudações leoninas
21 Fevereiro, 2019 at 0:49
Exactamente o que me parecia
SL
21 Fevereiro, 2019 at 14:24
Pensava que tinha sido em Cascais… na Marina.
21 Fevereiro, 2019 at 15:28
looooooool
21 Fevereiro, 2019 at 15:29
e como ainda não tinha carro, ia de mota para os treinos…
20 Fevereiro, 2019 at 19:55
Bom texto!
20 Fevereiro, 2019 at 20:08
Grande texto javardeiro, o problema é que a merda dos notáveis ganharam, conseguiram entranharem-se dentro do clube e já estão a mexer os cordelinhos.
E não consigo ver o bagandas a fazer frente a isso, tb se coloca a questão será que ele quer fazer frente a quem tanto jeito lhe deu?
20 Fevereiro, 2019 at 20:29
Muito, muito, muito bom!!!
Mas quem é que estará disposto, seja de que facção for a deixar os seus “ódios” de estimação, as suas visões da “verdade única” as suas regalias douradas, ou os seus “15min de fama” em prol do SCP? Quantos?
É que aquilo que queres, passa por não construir, ou melhor não difundir aos 4 ventos, a última teoria da conspiração, em guardar aquela resposta demolidora do “com esta é que os fodi” , em não andar de faca na liga a acertar contas, novas ou velhas, em reconhecer o bem que foi feito no passado recente, em assumir que se calhar os processos não foram tão “puros” estatutária e éticamente, em não ver fantasmas atrás de cada porta, em dar tempo e margem de manobra, aos outros que não pensam como nós, de testar a solução deles…porque há muitas maneiras de caçar ratos, não há uma única e só, felizmente!!!
Acima de tudo não projectarmos o futuro baseado apenas na imagem do espelho retrovisor…porque essas imagens (que não devem ser esquecidas ou revisionadas) servem para andar para a frente com mais segurança, para evitar ultrapassagens pela direita, dos “chicos espertos” não podem é servir de predictor único e exclusivo do caminho para a frente…
No fundo é antes de tomar uma atitude, fazer uma pergunta a si mesmo, isto que eu vou dizer, ou fazer, é bom para o SCP ou só para mim? É bom para o Clube ou só para o meu ego e dos amigos que me dão palmadinhas nas costas?
A observação do que nos rodeia diz que aquilo que os adeptos dos nossos 2 inimigos fazem de forma automática e quase inconsciente, temos nós Sportinguistas de aprender a fazer de forma deliberada e consciente que é pôr o Sporting, o nós, acima do eu, ou acham realmente e lá no fundo que há algum Sportinguista que fica feliz quando o clube perde? Seja de que facção for?
Pode haver gente que desistiu, ou que nunca ligou muito, ou que está desiludida, gente até que pode pensar de forma “estratégica” e que se calhar uns empatesitos e quê, até podem vir a calhar, mas mesmo assim não sentir nada? Zero? Duvido!!!*
A questão mais sensível aqui é “mas então agora não criticamos nada?” e de facto é aqui que bate o ponto, acho que as criticas que fazemos (eu inclusive) devem ser sobre factos e não sobre os “filmes” desses factos, devem ser sobre factos realmente importantes e não sobre pormenores irrelevantes para uma entidade com o tamanho do SCP, devem conter uma sugestão de melhoria, ou seja serem construtivos e não apenas “bota-abaixo” dois exemplos:
O Nani foi dispensado, gostei? Não!!! Porquê? Porque todos os clubes com o historial do nosso precisam de quem represente a “mística” e a “ambição” dentro da estrutura interna da equipa, ponto final parágrafo!!! Porque o resto são as MINHAS preferencias, os MEUS amores e ódios…
Outro exemplo, a CI de dia 22, se calhar é preferivél ouvir primeiro o que têm a dizer e criticar depois, é que eu já li 258 teorias desde o mais razoavél até ao “os marcianos vão invadir a terra…” que é que ganhamos com isso? Haver um de nós, entre as dezenas de teorias disponiveis que acerte mais ou menos e depois possa dizer “viram? Eu não disse?” Notem que o foco desta frase é EU, não é nós ou o SCP…
OK vou passar das palavras aos actos, há uma coisa que me está a desagradar muito neste CD, acho que não estão a defender e salvaguardar como deve ser os interesses (e até a integridade física) dos nossos atletas, sejam os masculinos como os femininos!!!
Não é o estilo do Presidente? Óptimo arranje um porta-voz, um vice ou assim, com peso, visibilidade e responsabilidade, dentro da estrutura que o faça…por mim até pode ser o Beto ou o Hugo Viana a falarem semanalmente, ou quando se justifique na SportingTV, devidamente documentados e briefados, quero lá saber, o que eu quero é que se ouça “o facto de não andarmos aos gritos diáriamente, não quer dizer que somos otários e que não vimos o que se passou…” ponto final parágrafo…
O segundo ponto é; não confio minimamente no Dr Rogério “lingua de prata” Alves! Porquê? Porque ele esteve umbilicalmente ligado ás piores presidencias do SCP e o resto não me interessa para nada, houve alturas em que ele como representante máximo dos sócios deveria ter parado ou suspenso determinados processos (nomeadamente alienação de património) e não o fez, apesar de ter poder para isso (como todos nós aprendemos com o gremlin dos bombeiros um PMAG no SCP não tem limite nenhum ao seu poder destrutivo)
E não vou dizer mais nada, não vou construir teorias, nem fazer filmes e vou criticar apenas temas estruturantes quando os factos estiverem disponiveis!!
SL
* Há de facto “gente” que apenas se quer aproveitar, outras que me metem nojo pessoal e esses eu descarto das minhas contas, depois há gente que se quer aproveitar ok, mas que apesar disso são do SCP e ao mesmo tempo querem-no vitorioso, o Dr Sobrinho por exemplo, é um refinado FDP, mas ajudou o SCP duas vezes, em situações complicadissimas, com 2 presidentes diferentes, em 20M de euros…só tenho a dizer que com mais 10 FDP iguais a ele, já não tinhamos passivo, mas continuavam a ser pessoas com as quais eu não iria querer conviver, porque os principios que defendo não se coadunam com certas prácticas, o que não me impede de reconhecer os factos, ele ajudou e se não tivesse ajudado, primeiro o Godinho e depois o BdC se calhar o que estavamos a discutir agora eram temas completamente diferentes muito piores e dantescos, se é que ainda havia alguma coisa para discutir!!!
20 Fevereiro, 2019 at 21:30
Outra excelente reflexão.
21 Fevereiro, 2019 at 0:13
Agora sim um excelente comentário ao post e que, fazendo perfeita compreensão do mesmo, não deixa de expor opinião pessoal (por sinal também esclarecedora e equilibrada).
Saudações leoninas
21 Fevereiro, 2019 at 0:47
Obrigado, mas infelizmente como sabes isto é um re-edição porque ainda há cerca de 10 meses atrás estava a dizer mais ou menos o mesmo…e passado que foi esse tempo, aqui estamos CD diferente problemas iguais sempre, sempre entre Sportinguistas…
21 Fevereiro, 2019 at 9:50
Quando há divergência de interesses entre as “facções” e não se ganha o que nos foge há quase 18 anos, radicalizam-se posições…
21 Fevereiro, 2019 at 10:10
Certeiro.
Permita só acrescentar que que se acrescentaram mais alguns problemas sobretudo a falta de memoria.
21 Fevereiro, 2019 at 13:17
A estória da falta de memória e revisionismo da história recente está no texto principal e aplica-se mais uma vez a todos os lados….
20 Fevereiro, 2019 at 20:38
O pai do “Javardeiro”…
Nunca lhe disse “de que lado estava”…
Mas tenho a certeza que o filho “bem adivinhou” que o pai …
“Estava apenas …do lado do Sporting…”…
SL
20 Fevereiro, 2019 at 20:46
Obrigado Javardeiro!!
Está tudo dito…
20 Fevereiro, 2019 at 21:05
Caríssimo, eu estou farto de ter de partilhar um clube com queques e velhos fascistas. Cansei. Houve algo que morreu em mim. Os últimos seis meses mudaram significativamente a maneira como encaro o clube, e isto não tem só a ver com a falta vitórias, porque se fosse só pelas vitórias, eu era do beifica ou do porto. Tem a ver com a identificação com o clube e com as pessoas que o compõem, e isso foi posto em causa para mim.
20 Fevereiro, 2019 at 22:50
5 estrelas.
Está tudo em 6 linhas!
SL
20 Fevereiro, 2019 at 23:09
O mesmo sentimento aqui, os últimos 6 meses têm sido terríveis.
20 Fevereiro, 2019 at 21:30
Este tópico/assunto trazido pelo zero seis foi um verdadeiro tiro certeiro, correspondido pelas excelentes reflexões dos tasqueiros. 🙂
20 Fevereiro, 2019 at 22:23
Post e comentários interessantes.
Eu vivo momentos de grande descrença no clube. Sinto que estou um pouco em pausa e a reavaliar prioridades depois de de mais de 3 décadas a apanhar forte e feio e com poucas oportunidades de desferir uns bons golpes nos adversários. Ums pessoa também se farta de apanhar, não?
No entanto não penso por um segundo que o meu sportinguismo esteja em causa. Lá me hei de levantar.
Off : parece me que a Juventus acabou de assinar a sua precoce eliminação da champions. Recuperar de um 2 a 0 contra um matreiro Atlético de Madrid, é algo dantesco.
20 Fevereiro, 2019 at 22:59
Desculpa lá Javardeiro, já coloquei no Off-Topic, mas faço decalque aqui pois entendo importante divulgar esta informação …
Ora vamos lá a números concretos … Isto referente ao Mercado de Transferências de Janeiro …
ENTRADAS
– Luiz Phellype: 500 mil euros/comissão de 206 mil euros/100% passe
– Idrissa Doumbia: 3,8 M€/comissão de 480 mil euros/100% passe
– Tiago Ilori: 2,4 M€/comissão anual de manutenção do contrato de 10% do salário anual do jogador/60% passe
– Christian Borja: 3,1 M€/comissão de 355 mil euros/80% passe
– Renan Ribeiro: 1 M€ (opção de compra exercida)/100% passe
– Matheus Nunes: 500 mil euros/50% passe (com direito a exercer outra metade até julho de 2020)
– Felipe Chaby: SAD passa a deter 90% do passe
– Gonzalo Plata: 1,075 M€/comissão de 400 mil euros/50% passe
– Wang: até julho de 2019
– Francisco Geraldes: regresso de empréstimo
– Ronaldo Souza: opção de compra entre 800 mil euros e 1 M€ dependendo do período em que é acionada a opção
SAÍDAS
– Bruno César: custo zero
– Marcelo: 500 mil euros
– Demiral: 3,5 M€
– Kouyaté: custo zero (Sporting mantém 20% de uma futura venda)
– Euclides Cabral: custo zero (Sporting mantém 20% de uma futura venda)
– Fokobo: rescisão (custo zero)
– Tiago Djaló: 500 mil euros
– Montero: rescisão (custo zero)
– Nani: rescisão (custo zero)
– Castaignos: rescisão (custo zero)
TOTAIS :
ENTRADAS = Mais de 13 Milhões de € (excepto Comissões, cerca de 1,5 M €)
SAIDAS = 4,5 Milhões €
SALDO FINAL = – 8,5 M € (s/ comissões) ou – 10 M € (c/ Comissões)
Fonte: Dados Oficiais retirados da CMVM
Em suma, e pondo de parte os negócios em si, o SCP perde cerca de 10 Milhões de € no final desta janela de transferências de Janeiro … Fora os jogadores que sairam a custo zero, e que, inevitavelmente, diminuem os Capitais Próprios da SCP SAD …
Fora o Saldo do Verão passado … E para um clube que estava tão mal, como alguns apregoavam por aí, financeiramente … Não me parece que o dinheiro fosse, de facto um problema no SCP que a anterior Direcção deixou …
20 Fevereiro, 2019 at 23:00
Porquê “A aguardar moderação”???
20 Fevereiro, 2019 at 23:36
Espera que o rigabroche já vem tecer loas à transparência.
As saídas são uma nojeira
20 Fevereiro, 2019 at 23:47
Esse ainda não ‘emergiu’ desde que o ‘submarino amarillo’ venceu em Alvalade … DEve estar a fazer a “descompressão”. . .
20 Fevereiro, 2019 at 23:51
Já veio já queixar-se que se queixavam da falta de transparência. Um mês depois, esqueceu-se que afinal a transparência mostra a merda de gestão que é feita.
É bom sair agora, que só se fala no livro do BdC…
20 Fevereiro, 2019 at 23:59
ehhehehehe
20 Fevereiro, 2019 at 23:01
Bom texto.
Mais que não seja porque fala sobre uma verdade incontornável — estamos divididos há décadas.
Não é um fenómeno recente — como alguma CS quer fazer crer.
A solução, para mim, seria simples.
O Sporting teria de assumir a sua vertente popular e transversalmente social.
E isso passaria por modificar a visão que alguns ‘notáveis’ tanto apreciam.
Mas não acredito que o consigamos fazer.
E é uma pena. Porque olhando para o nosso lema: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória não vislumbro qualquer fragmento de elitismo ou classismo.
20 Fevereiro, 2019 at 23:30
É muito isto.
21 Fevereiro, 2019 at 8:04
Não seria uma solução simples, mas resolveria muitos dos nossos problemas.
21 Fevereiro, 2019 at 13:26
Mas a vertente popular não é nem a única nem sequer tem uma maioria de 3/4 por exemplo….o que é que fazes aos outros Sportinguistas?
Mais eu não quero ser um “me too” do clube popularucho do outro lado da rua, eu quero ser SCP com todas as suas vertentes a trabalharem, se calhar todos para o mesmo lado é utópico, mas ao menos na mesma direção geral
Abco e SL
20 Fevereiro, 2019 at 23:09
Mais uma grande posta do Zero Seis
Sejamos todos capazes de reflectir, começando aqui pela Tasca.
SL
20 Fevereiro, 2019 at 23:29
‘ No fundo a negação do significado de adepto, fã, aficionado…não seguimos, não idolatramos, não confiamos, já nem sequer “gostamos” do Sporting. Vivemos um para-fenómeno de adesão, de agregação, perdemos o sentido coletivo e consumimos o clube como uma facção, um partido, um “eu contra o ele”, numa maravilhosa e trágica epopeia pessoal. O amor transformou-se em ódio. A ilusão em pessimismo. A diversão em trauma.’…
Tudo verdade mas esta cultura do divisionismo começa la em cima. Ainda agora no pós-bdc assistimos às vinganças que não agregam nenhum clube ja de si dividido. Porque os que esta la agora sao os que participaram activamente na divisao. Antes e depois.
20 Fevereiro, 2019 at 23:33
Belíssimo texto Javardeiro, como sempre.
Mas não tão agregador assim. Não para todos.
O teu penúltimo parágrafo fala dos que se servem do Sporting. Afinal esses existem. Há muita gente que se serve do Sporting mas parece que são defendidos pelos próprios sportinguistas.
Não sei que raio de União achas que os sportinguistas podem encontrar numa situação destas.
A golpada sempre iria criar mais extremismo. Se havia alguém à volta de quem os sportinguistas deviam proteger era Bruno de Carvalho.
(Se bem que o principal interesse dele neste momento é vender o livro dele)
Neste momento temos um banana à frente do clube, um tótó que nos envergonha com constantes tiros nos pés. E com várias mostras de ingerência o suficiente para ser corrido não nas urnas mas a pontapé.
Queres o quê? Que respeitemos a cartilha que aqui passa todos os dias a embrochar o Varandas ?
Estão todos cheios de moral porque ganhámos ao Braga, em casa.
Se dermos a volta amanhã, que temos a obrigação de fazer ou dar tudo por isso, vou ter que aturar este putedo todo durante mais uns dias? Notei que andaram caladinhos durante o mês merdoso que passámos.
Por isso não, não é uma questão de a minha opinião valer mais que a tua ou de qualquer outro
(por acaso vale, quando se sabe do que fala, mas há o paradoxo do ignorante que acha que sabe tudo porque não tem a capacidade de perceber que há coisas que não sabe – há aqui vários, não digo que não sejam sportinguistas, mas há gente que não sabe do que fala).
mas é o problema de quem é enviesado ou anda de má fé.
Merdum que anda ao sabor dos resultados da equipa de futebol. Sempre a tentarem fazer os outros de burros. Sem credibilidade nenhuma, tantas vezes desmascarados. Essa corja mais valia ser substituída por adeptos de clubes rivais, ao menos obrigavam-nos a agrupar.
Se quisermos reunir os sportinguistas precisamos de uma visão. Um conjunto de princípios.
Não de uma caricatura de antítese daquele que – incidentalmente – foi o mais bem sucedido presidente do clube, a todos os níveis menos no futebol que sabemos como é corrupto.
A acreditar na legitimidade da votação de Maio (que não acredito), os sportinguistas são burros. Foderam a época 2018/19 e mais umas.
Só se fez merda. A sério que era mais grave um presidente que puxa as orelhas do plantel publicamente do que uma CG ou um banana que fazem merda atrás de merda? Isto não era previsível?
Para mais impediram o BdC de ir a eleições criando assim esta fissura? Tudo isto era previsível. Se a escolha das pessoas foi essa, é de aceitar, mas não deixa de ser uma estupidez.
Os sportinguistas têm o que merecem.
Dos cartilheiros e trolls que aqui andam, um pinheiro na cloaca era o que mereciam.
21 Fevereiro, 2019 at 0:47
Isto… Se ainda se vislumbrasse alguém melhor que BdC… Ok mas FV? Ricciardi ? Benedito ? Fomos atras da agenda do Marta Soares por causa disto ?
21 Fevereiro, 2019 at 9:03
+1
21 Fevereiro, 2019 at 10:07
^_^
20 Fevereiro, 2019 at 23:38
“A maior das derrotas, das humilhações, não são os quartos lugares, as derrotas com os Tondelas da vida. É a nossa cultura de clube. É a nossa incapacidade para aceitar outras opiniões, outras soluções, outras lideranças, outros comportamentos. É a nossa xenofobia intra-leonina, puritanismo, dogmas, extremismo, onde o único e verdadeiro sportinguismo é conjugado na primeira pessoa do singular. Todos os outros são tontos, acéfalos, querem tacho, elitistas. A única visão válida é a minha.”
Excelente texto.
Destaco a parte de cima.
MAS para mim…
1 º – O líder tem que dar o exemplo.
2º – O líder tem que saber ouvir e dar voz a toda uma sociedade leonina.
3º – O líder não pode nunca ficar refém apenas e só de resultados.
Porque quando algo de errado, nenhuma Sportinguista vai dar a mão e puxar para cima, se os 3 princípios não foram levados á regra.
Perguntam..
A direcção do Varandas, tem feito isso?
Não.
Então está pendente de resultados desportivos?
Sim, veremos como acaba esta época e como começa a próxima época, para fazermos uma analise.
Um grande erro aqui é a falta de comunicação, sobretudo o que pretende para o futebol, parece que Sexta há explicações, agora coma casa ou plantel arrumado e valores cá fora.
Já agora aproveitado para comentar os negócios…não tenho nada para comentar, caro ou barato, depende do que o jogador fizer em campo.
A minha única critica é o Renan até ver.
Pode ser que contra “defesa” o Renan fique mais protegido, mas continua a não GK para o Sporting.
20 Fevereiro, 2019 at 23:40
Parabenizo a excelencia de texto opinativo, de profunda análise e reflexão.
Revejo-me em muito do que é dito e contado, da contemporaneidade factual e vivência observada.
Desde há muito que assisto a protagonismos e feira de vaidades no clube, as quais nunca entendi e jamais defenderei.
Retirei conclusões e decidi que, sempre e acima de tudo, o que verdadeiramente é importante e particularmente interessa, é o Sporting, os seus valores e interesses, História e cultura.
Assim o faço há 42 das minhas 63 primaveras – apoio sempre, mas sempre, o clube e os seus dirigentes.
Até hoje, registo raras excepções neste sentimento, espirito de militância e forma de respirar e viver Sporting – a última e mais decepcionante, foi a actuação do anterior Presidente da Mesa da A.G. e de alguns dos seus séquitos.
Não prestaram um bom e isento serviço ao clube, e o Sporting tem de estar sempre acima de qualquer capricho ou lutas fratricidas.
A inaudita participação de sportinguistas em diversos programas de tv, com o único intuito de maledicência e culto de personalidade, foram atos do mais puro, insano e inóspito ataque a pessoas e ao próprio clube.
Lamentável.
Criticar por criticar, só é admissível, quando alguém seja capaz ou se disponibilize, para melhor fazer.
Que as forças, clarividência, visão estratégica, persistência e exacerbado sportinguismo, nunca faltem aos seus Dirigentes.
Em frente Dr. Frederico Varandas e todos os membros eleitos.
Com a nossa força, raça, coesão, resiliência e combate incondicional contra a corrupção, batota e tráfico de influencias, certamente estaremos muito, mas muito mais perto do sucesso.
Acredito e apoiarei sempre, aqueles que denotada, abnegada e desinteressadamente sirvam os superiores intetesses da Nação e Família Leonina.
Bem Hajam – Rumo Certo
SL
20 Fevereiro, 2019 at 23:51
Bonitas palavras José …
Concordo com muito, discordo de outro tanto …
Sendo um ‘acérrimo’ defensor do ‘presidente que antes de o ser já o era’ será que o José poderá elucidar-nos sobre quanto aufere no SCP este “abnegado” e “desinteressado” Dr varandas???
21 Fevereiro, 2019 at 0:14
Será a SAD a tratar desse assunto, como tratou do anterior presidente. Já se reuniram para decidir isso – e pergunto porque não tenho conhecimento de o terem feito?
21 Fevereiro, 2019 at 0:27
Acho que não recebe nada como Presidente do Sporting, e não sei quanto recebe como Presidente da SAD, mas deve ser o mesmo que auferia BdC pois há na SAD uma Comissão que propõe os vencimentos dos seus Directores, sendo os mesmos validados (ou não em Assembleia Geral de Accionistas). De qualquer modo, nem sei se receberá mais do que recebia como médico do Clube.
Por isso, meu caro, a sua questão é demagogia fácil. Não caia nos mesmos vícios que caracterizaram muitos dos críticos do anterior Presidente eleito. Isto, claro, se quiser manter credíveis os muitos comentários críticos mas assertivos e equilibrados que também tem feito.
Um abraço e saudações leoninas
21 Fevereiro, 2019 at 8:15
Isto sim, é demagogia pura…. pura e dura.
Não, não recebe agora menos do que recebia como médico, nem por sombrar.
Não, a AG tem de aprovar os vencimentos, isto não é à escolha do freguês. Mas o BdC preferiu fazer o trabalho primeiro e depois decidir a sua remuneracão, que aliás foi paga com retroactivos…. e mesmo assim eram abaixo dos outros grandes.
E não, não devia ganhar o mesmo que o BdC…. um era gestor, e apresentou resultados. O outro é um fantoche que é conhecido no exército por ter andado escondido em grutas a ouvir rádio enquanto os colegas andavam a levar com balas…. sim, tudo se sabe neste país.
21 Fevereiro, 2019 at 15:14
Não me diga, caro Álvaro que o sr dr varandas anda a despender o seu tempo “pro bono”?!?
A minha questão prende-se com mais um dos falaciosos argumentos que foram utilizados contra o anterior presidente do SCP … Que era precisamente a remuneração que auferia no SCP … Durante cerca de 6 meses, ou mais, ou seja, até se concluir a Reestruturação Financeira creio que não recebeu nada, depois passou a 5 mil € por mês … E no ano seguinte e em face dos excelentes resultados, quer financeiros quer desportivos, a SAD aumentou-o para 10 mil € por mês …
Eu recordo-me que o José Eduardo Bettencourt recebia 25 mil € por mês e nessa altura isso nem era assunto …
Então mas agora já voltou a ser não assunto?!? Porque será?
20 Fevereiro, 2019 at 23:59
well well… para refletir… mais a cima de tudo viver o Sporting como alguém que ama o club independente de quem quer que sejá.
MUITO BOM MESMO
21 Fevereiro, 2019 at 0:12
Muito bom texto!
Basta ver os comentários que aqui aparecem para perceber a relevância deste texto no momento actual do clube, mas não só!
21 Fevereiro, 2019 at 0:28
Bem, que fantástico post, mas lá está, a maior parte que comentou não entendeu o seu conteúdo, e rapidamente usaram-no para defender a sua visão e demonstrar uma vez mais que isso de um Sporting unido é completamente utópico.
Mas pronto, como foi explicado, se recuarmos 30 anos, as divisões já lá estavam, e quem diria, o João Rocha era criticado pela ala mais revolucionária e anti-sistema do clube
21 Fevereiro, 2019 at 0:52
Normal… Nao imaginavam o que estava para vir nos 35 anos seguintes.
21 Fevereiro, 2019 at 10:17
Rui.
Penso que todos entenderam o seu conteúdo.
Mas o post em si não encerra toda a discussão. Se assim fosse, apenas escrevíamos “Excelente texto” e batíamos palmas.
Todos os outros comentários, também eles extensos, têm que ser vistos como complemento do texto do zero seis.
21 Fevereiro, 2019 at 0:47
Eu vou dar a minha opinião sobre o que conheço do Sporting, sem interesses nenhuns de qualquer espécie, nasci em Campolide onde o meu pai tinha um café e onde sempre se respirou e viveu Sporting. Desde que o futebol de tornou profissional, o clube perdeu o domínio do mesmo. Vou dar alguns exemplos com dezenas de anos. Quem leu livros da história do clube ou viveu nessa época pode comprovar o que vou dizer. Começo por Peyroteu no final dos anos 50 a quase no fim da carreira, mas ainda um senhor jogador que nas vésperas do fim de abandonar o clube fez uma data de golos ao Benfica, mas por causa do Sporting não ter possibilidades de lhe pagar àquilo que ele necessitava, preferiu que o clube lhe fizesse uma festa de homenagem que lhe rendeu umas centenas de contos á época com os quais ele comprou uma casa de artigos desportivos á época no Chiado, da qual ele refez a sua vida. O Sporting se tivesse disponibilidade tinha-lhe feito mais 2ou 3anos de contrato e ele ainda nos dava mais uns campeonatos, mas como ele diz na sua história o futebol não dava para ele viver. Vamos a outro caso equipa que ganha a Taça das Taças em 64, GEO, não era o melhor jogador da equipa, mas era aquele que equilibrava a equipa do lado esquerdo e fazia esse sector todo incansavelmente, deixa o Sporting após ganhar a prova da UEFA e vai para um clube Suíço da segunda divisão onde teve uma lesão grave que lhe acabou com a carreira precocemente. Um clube Suíço da segunda divisão tirou um jogador ao Sporting porque o clube financeiramente não conseguia suportar o seu ordenado, de um jogador chave na equipa. Em 72 ninguém queria ser presidente do clube ao contrário de agora, pois o Sporting era muito deficitário e era necessário colocar dinheiro todos os meses lá dentro, lá se conseguiu arranjar João Rocha que com as suas ideias da Sociedade Construções e Planeamento fez o património e o clube crescerem muitíssimo, mas no ano de 74 em que fomos campeões teve que deixar sair uma data de jogadores essenciais para os rivais Alhinho, Diniz Laranjeira, enfim não se conseguia verbas para manter alguns dos seus melhores jogadores, no ano a seguir vai Yazalde uma das maiores referências de sempre do clube e o meu único ídolo do futebol com os meus 17 anos, um homem fantástico que unia o clube e o grupo de trabalho, se algum petiz lhe pedia alguma coisa dava logo. Damas foi transferido um ano depois também por não lhe conseguirmos dar o que ele merecia. Sempre sempre o maldito défice, se virem bem os melhores jogadores vão-se sempre embora por causa de não podermos suportar os seus vencimentos. Penso que no futebol se limpa muito dinheiro que eu o que fazem Porto e Benfica com fundos e com o Mendes metido na parte dos lamps, mas com o Porto a ter a sua organização própria e é neste emaranhado de máfia que é o futebol que está o Sporting, não há milagres no mundo do futebol, pois a Máfia está também na FIFA e na UEFA. O Sporting é um player que está fora disso portanto seremos sempre uns perdedores, pois a mercadoria dos clubes que estão dentro do sistema tem que ser bem valorizada e para isso esses clubes têm que ganhar. O Sporting derrota em derrota vai-se desmoronando, porque um clube vive de vitórias e as derrotas é como a frase que aqui já usaram – casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão –
21 Fevereiro, 2019 at 0:55
Pois. Há esses interesses todos e sempre houveram.
Os jogadores não são anjinhos. Querem ganhar mais.
Mas quando houve um presidente que quis combater, que foi guardando os melhores jogadores só vendendo um ou dois por época, para fortalecer o plantel e para que sejam campeões pelo Sporting, no momento em que começam a perder de propósito o que fazem os sócios? Aplaudem voltas olímpicas.
Se calhar até preferiam que os corruptos fôssemos nós. Aí ganhávamos qualquer coisa e estavs tudo bem
21 Fevereiro, 2019 at 8:10
Isso é o que mais me custa. Tivemos a solucão na mão e deixámos que os golpistas tomassem de novo o clube.
Como se pode apoiar os jogadores e cuspir no clube?
Não deveria ser o oposto? O clube é que importa, os jogadores vão e vêm…
Zero idolos….. o clube é o idolo e mais nada!
21 Fevereiro, 2019 at 10:25
Bastava termos ganho aquele campeonato de 2015/2016 e a história seria bem diferente (mesmo que o venhamos a ganhar por via judicial, não será a mesma coisa).
Mas, como se diz… Se a minha avó tivesse rodas era um camião…
A esperança de uma esmagadora maioria de sócios no trabalho de BdC que nos permitisse ser campeões esfumou-se quando, precisamente, não o conseguimos ser. Por isso, tudo o que dizia a fazia passou a ser um incómodo e o resto da história já todos sabemos…
21 Fevereiro, 2019 at 0:56
Isto mesmo.. E nao só.. Sempre atrasado em tudo, imagem, merchandising etc..
21 Fevereiro, 2019 at 10:30
Nunca há dinheiro porque temos fama de clube de elite, mas depois do Visconde nunca mais ninguém entrou com dinheiro. Essa é que é a verdade. Os nossos rivais sempre tiveram mais mecenas antes das SAD, que na prática eram investidores. Nós temos é pedantes com fartura a quererem meter o bedelho. Acresce o preconceito social, com a presunção do ser “diferente” (muitas vezes para pior…), que nos torna o clube mais odiado do país, quando é bem menos corrupto do que os rivais.
E os retrocessos frequentes em termos de expansão desportiva (com extinção de modalidades por razões políticas) e popular (por ideologia elitista) só nos enfraquecem e reduzem a militância dos que permanecem.
Cuidado com o fundamentalismo anti-claques. Há muita malta nova desfavorecida que só consegue acompanhar o Sporting por pertencer a uma claque. Nem todos os rapazes e raparigas das claques são marginais, e por vezes os mais violentos até nem são nada pobres, e não me refiro ao Mustafá. Refiro-me a queques que estão em grupos organizados para poderem extravasar a sua violência. A mania anti-claques pode ser um tiro no pé semelhante ao aumento brutal das quotas no tempo do Santana Lopes para fazer sair as pessoas com menos recursos. Acho este tipo de “engenharia” política um NOJO!!
21 Fevereiro, 2019 at 1:00
Isto é tudo muito bonito, mas os que se põem num moral high ground de que “escolhem o Sporting”, ou “só estão do lado do Sporting” e todas essas reflexões emocionais que tem havido nos últimos tempos, querem dizer exactamente o quê? Qual é o objectivo, qual é a solução, qual é o endgame? É esquecermo-nos dos abutres e das hienas, que no mesmo texto é admitido que existem? O que é que a auto-reflexão vai fazer aqui? O que é que eu deixar de estar furioso e amargurado e com ódio profundo por quem me roubou o clube vai contribuir para a união? Se eu acordar amanhã e decidir que pronto, vou mas é apoiar construtivamente esta merda toda, passa a haver união? A única maneira de haver união é o Varandas e o Rogério e o Ricciardi e o Sobrinho e as putas traidoras e a restante escumalha caírem todos para o lado fulminadas por um raio. Se me garantirem que isso acontece, eu faço já o que for preciso. Mas esses é que precisam de ler estes textos. Não somos nós.
Só me faz lembrar o outro, que vê uma manifestação nazi a acontecer no seu país, que vê membros do KKK a exibirem-se livremente, e que se recusa a tomar partidos, porque “há gente boa dos dois lados”.
Não, não há. E aqui também não. O que tomou conta do nosso clube é um cancro, do qual pensávamos que já estávamos livres e que voltou, e eu não me posso unir a um cancro. Não posso apoiar e ser amigo de um cancro.
Quando o Fight & Resist ali de cima não estava tapado, pensávamos nós que era em relação aos inimigos das outras cores. Afinal, o grande inimigo anda vestido com as nossas cores, e vai beber copos com os outros com quem tínhamos que lutar. Expliquem-me lá como é que o “diálogo” e a “partilha” nos resolvem agora isto?
21 Fevereiro, 2019 at 1:16
Stan podes ter toda a razão, mas não é com BC que lá se vai tem que ser com alguém muito mais inteligente.
21 Fevereiro, 2019 at 3:21
Nao sei de que serve a inteligência quando tens sócios tão burros e ávidos de comer baldes cheios de matéria fecal provenientes da CS tuga e especialmente da cmtv…com muita inteligência fica na mesma difícil gerir um clube de bananas ‘bem’.
21 Fevereiro, 2019 at 8:20
Pessoas com inteligência são poucas, e claramente não estás nesse grupo.
Por isso não te preocupes muito com isso.
O BdC mostrou resultados, mostrou como se pode fazer e mostrou que podemos almejar ter um clube grande e forte. Mas os estupidos (sim, agora entras tu em cena) decidiram que era mau isso tudo. A CS diz salta e os estupidos todos saltam. A CS diz que tudo está mal e os estupidos levantam as mãos e dizem “fora com ele”….. Olhar para as contas dá trabalho. Olhar para os resultados dá trabalho. Sim, ser estupido deve ser fdd….. Vade retro satanás porque isso pode ser contagioso.
21 Fevereiro, 2019 at 9:33
Nem mais…
21 Fevereiro, 2019 at 9:26
Foda-se, ó Chico, e onde é que eu falei dele ou aferi da sua inteligência para essa ser a primeira resposta que te ocorreu? E em que é que isso é relevante agora? Eu digo “tenho cancro” e vocês correm logo para vir dizer “sim, mas olha que antes do cancro andavas sempre com a barba por fazer, portanto…”
Que puta de obsessão, têm que largar o nome do homem de cinco em cinco segundos para justificar tudo. Chega.
21 Fevereiro, 2019 at 10:36
Ahahahahah!
Excelente, Lion e leonidas (não consegui parar de rir).
Mas agora mais a sério… Compreendo o que diz o Chico. Os defeitos de BdC foram o seu calcanhar de Aquiles… o seu cavalo de Tóia. Era bom termos um “BdC” mas mais astuto. Que não se deixasse queimar como o Bruno fez.
E tenho a certeza de que há sportinguistas com esse perfil… Mas que dificilmente querem passar pelo que BdC passou, pois todos temos fraquezas e sendo o futebol em particular um mundo de bandidos, rapidamente os inimigos arranjariam forma de o desgastar e aniquilar. A corrupção e a traição está em todo lado.
21 Fevereiro, 2019 at 9:07
Excelente!
21 Fevereiro, 2019 at 10:35
Melhor conclusão sobre o post inicial e comentários subsequentes.
Apoiar as equipas sempre, apoiar a corja apenas por militância irracional, nunca. Até podem ganhar a UCL.
21 Fevereiro, 2019 at 7:25
A ironia que é ler esta caixa de comentários em relação ao que é escrito no post…
Ao mesmo tempo que se tecem loas ao fantástico texto do javardeiro faz-se exactamente aquilo que o texto critica. É cada vez mais irreversível, na jaula estamos e na jaula iremos permanecer. Nós adoramos esta jaula. Rebenta com o clube mas dentro dela a nossa visão é lei.
Se por um lado não faço ideia como se poderão sentir os mais velhos como o pai do autor visto que não tenho essas referências sportinguistas na minha família, preocupam-me os mais novos. Tenho vergonha do clube que vamos deixar à nossa descendência e o legado que lhes vamos deixar é a responsabilidade de colar os cacos todos que o nosso extremismo partiu porque nós fomos demasiado orgulhosos para o fazer. E por um lado, ainda bem. Talvez uma mentalidade mais nova e progressista consiga resolver o que nós não conseguimos. Falhámos redondamente e continuaremos a falhar de forma sistemática. E isto deveria fazer-nos pensar a sério.
21 Fevereiro, 2019 at 7:34
Penso que está na altura do Javardeiro deixar-se de javardices, e começar a assumir-se como alternativa.
21 Fevereiro, 2019 at 8:11
O gajo nunca me enganou.
21 Fevereiro, 2019 at 9:25
ora ora
21 Fevereiro, 2019 at 8:01
Por um lado concordo.
Mas temos de analisar as coisas do lado de fora.
Andamos sempre a falar de clubes, de futebol, e tudo o que existe à volta?
Temos clubes corruptos que são suportados por estruturas igualmente corruptas.
Temos CS que serve interesses escondidos.
Temos dirigentes que não olham a meios para atingir os fins.
Andar a falar de gestão de futebol e jogar bem e construir equipas é como falar do aquecimento global sem olhar para o Sol…. tudo o que possas concluir não tem qualquer valor, porque o Sol determina em 99% o clima na terra, tal como a corrupcão determina 99% dos resultados dos clubes.
Já vimos no primeiro ano do judas, que ser melhor em campo não nos dará o titulo.
Falem em divisões, falem no que quiserem, mas primeiro resolvem a corrupcão, e só depois resolvem tudo o resto.
21 Fevereiro, 2019 at 8:49
Eu só gostava mesmo de saber onde está e quem é a liderança.
21 Fevereiro, 2019 at 9:12
A chave da jaula está nesta fase na mão do presidente e cabe a ele tirá-la do bolso (não se enganar e tirar a medalha) e abrir a jaula, mas não basta abrir a porta, pois mesmo de porta aberta se não passar das palavras aos actos vamos continuar todos lá dentro.
21 Fevereiro, 2019 at 10:21
ah ah ah, mas estás a assumir que ele a tem no bolso?
Deve é tê-la no traseiro.
21 Fevereiro, 2019 at 9:25
Excelente post.
Vivi intensamente esse período, poucas coisas na vida eram mais importantes que o Sporting, mas foi apos a retirada de João Rocha, já doente, que o encanto começou a perder força, deixei de ser sócio, regressando há 10 anos. Fui sempre a Alvalade e a muitos jogos fora. As guerras de hoje são semelhantes às daquele tempo, com outros protagonistas e mais modernas.
Só um reparo, Pinto da Costa tirou a hegemonia ao Benfica, já que o Sporting apenas foi campeão em 1974, 1980 e 1982. Depois foi o que se viu.
Futuro para o Sporting? Qual Sporting? Há dezenas.
21 Fevereiro, 2019 at 9:46
Excelente texto. Infelizmente isto é cíclico. Apesar de expor muito bem o problema do clube, o texto não aponta soluções. Até porque não sei se as há.
BdC aparentou ser solução até que se tornou parte do problema e no fim o problema em si.
De facto é preciso um elemento aglutinador. Acreditei nas ultimas eleições que seria o Benedito mas os restantes sócios discordaram e foi eleito Frederico Varandas que não me parece ter essa apetência natural. Para ter sucesso só com… sucesso. Será o seu trabalho a falar por si. O problema que esta direcção enfrentq é que o clima que vivemos é de limite e os resultados pede-se que sejam visíveis e imediatos. O futuro ninguém sabe.
21 Fevereiro, 2019 at 14:27
+1
21 Fevereiro, 2019 at 10:24
Há muito tempo que deixei de olhar para o Sporting como uma massa unida. Nem sequer sei se alguma vez na vida olhei.
Eu sou de uma família de Sportinguistas mas não militantes. Não vão ao estádio e gostam mais de dizer mal que bem. Nem sequer conhecem o conceito de apoiar, apenas de criticar ou ficar contente. O que vincou desde que eu sou puto uma enorme diferença para esta paixão avassaladora que eu sempre senti.
Por isso comecei a ir à bola sozinho. Ainda hoje vou várias vezes sozinho à bola ou aos pavilhões. Mas como eu ia dizendo, comecei por ir à bola sozinho. Uma ou outra vez com amigos da escola mas maioritariamente sozinho. Ainda me lembro de estar no meio da molhada que era a bilheteira do antigo estádio, um xavaleco de 16 anos a querer um bilhete sub17. Uma luta numa massa de gente à molhada meio selvaticamente. Bilhete esse que consegui comprar até aos 19 por ter cara de chavalo. 😀 . E nos ultimos 2 anos do estádio…os primeiros 2 anos de bilhete anual. Não havia Game Box, era um papel que se mostrava à entrada. Na altura, para um puto que ia sozinho à bola só havia um caminho…ir para a Juve. Mais tarde directivo e depois para fora do universo ultra.
E esta conversa porquê? Porque já na altura…finais dos anos 90, me lembro da divisão que sentia entre mim e a bancada central ou entre mim e os Sportinguistas da minha família. Sentíamos o Sporting de forma diferente, víamos o Sporting de forma diferente, queríamos um Sporting diferente.
O caminho que eu sinto que o Sporting (e eu) percorremos desde essa altura é simples. Não aceitamos o tal Sporting diferente. Eu não me sinto disponível para ter um Sporting croquete e de glamour. Tenho muita pena mas não estou disponível para isso. Para comer e calar, para dar a outra face, para não defender o Sporting. Outros parecem não estar disponíveis para um Sporting como o meu. Que grita, que não se deixa pisar, que reage e age, que não permite que alguém tente pisar o Sporting, que tem personalidade e carácter.
Por isso arranjei uma forma simples de o fazer. Tal como de origem…eu vivo o Sporting com uma enorme paixão e lutarei por aquilo em que acredito. E lutarei sempre. Nunca escolherei começar pelo insulto mas sim pela discussão e pelo argumento…mas se me insultam estou-me a cagar porque não me vou ficar. Até porque há gente que só sabe viver disso. E não vou recuar. Tenho muita pena mas não vou recuar. Não aceito nem me resigno a um Sporting manso no qual não me revejo minimamente. Lembro-me de me ter resignado ao “tem de ser” noutros tempos e sinceramente ainda me dói o cu desde essa altura e não estou disponível para ceder novamente…
Claro que vou respeitar opiniões diferentes. Por mais que me dêem voltas à barriga e me apeteça apertar o gajo (ou a gaja) até ele compreender que a minha forma é melhor e que a forma dele (ou dela) vai matar o Sporting. Eu não vou fazê-lo…no limite fico calado com um sorriso amarelo e a dizer que não temos a mesma visão…mas nunca deixando de pensar “como é possivel…”. Mas eu treinei muito…por mais curioso que pareça….grande parte do meu mundo…são croquetes! Croquetes e coquetes que eu adoro em tudo, que me adoram mesmo de calças largas, rasgadas e a ouvir metal, mas que, no que toca a Sporting e religião eu me habituei a lidar…com um sorriso amarelo….
21 Fevereiro, 2019 at 10:32
Bom dia Tiago, primeiro comentario que leio no dia de hoje e que grande comentario.
21 Fevereiro, 2019 at 15:12
Obrigado. 😀
21 Fevereiro, 2019 at 13:22
Podemos discutir táticas, onzes iniciais, treinadores, dirigentes e performances individuais, mas o problema do Sporting é histórico e estrutural e tem um nome: Crise de Identidade.
Comecemos pelo princípio: um clube, para sobrivever e crescer, tem de ser gerido como um negócio, mas não é essa a sua génese (exceção feita ao RB Leipzig). Um clube existe e perdura porque tem pessoas que o seguem e sustentam.
A esta vontade que as pessoas têm de seguir, apoiar e sustentar um Clube eu chamo de Identidade, que se divide em três: (1) História, (2) Valores e (3) Rivalidades. Por outras palavras: (1) de onde viemos, (2) o que somos e (3) o que não somos.
Quanto maior for o nível de identificação das pessoas com o clube, e quanto maior for o número de pessoas identificadas com o clube, mais forte este será estruturalmente – o que não significa, por si só, sucesso desportivo.
1. História
“Vou pedir ao meu avô dinheiro para fundar outro clube”.
Não há volta a dar, o Sporting nasceu desta frase. Nasceu um clube elitista, da “alta sociedade”, um clube de Viscondes. Negá-lo é negar a nossa história. Mas isso não impediu que, ao longo dos tempos, o Sporting tenha crescido e se tornado num clube espalhado por todo o país e um pouco por todo o Mundo. Não um clube apenas de elites, mas de todas as classes sociais, idades, países. Um clube de várias gerações e até de emigrantes.
2. Valores
O Sporting é, sem dúvida nenhuma, o clube português que mais preponderância dá aos seus valores. É por defendermos valores como a transparência, a liberdade, o fair-play e muitos outros que, por um lado, nunca permitimos que corruptos perdurassem na nossa instituição e, por outro, nos leva a discutir durante semanas ou meses a cor dos calções do equipamento principal.
É a junção destes dois pontos acima explicados que cria o problema de Crise de Identidade que se vive atualmente. Mas já lá vamos.
3. Rivalidades
Eu sei que este tipo de afirmações lhes dá imenso prazer, mas não tenho a mínima dúvida de que (principalmente) o benfiquismo (o portismo também, mas em menor escala) contribui largamente para uma maior identificação dos Sportinguistas com o Sporting.
Os lampiões personificam aquilo que escolhemos não ser. Somos do Sporting por um número infindável de razões, entre as quais não querermos ser daquele clube da soberba, do “é tudo nosso”, da corrupção, do compadrio nojento entre todas as classes da sociedade. Todo aquele “ou és do benfica ou não ganhas” que ouvi, todos os dias, na minha infância, todas aquelas constantes ofertas de cachecóis e camisolas vermelhas contribuíram para o meu Sportinguismo. Eu lembro-me de entrar no Ensino Secundário tendo visto o Sporting campeão duas vezes e os lampiões apenas uma, mas o mundo rodava como se esses fossem campeões todos os dias.
A rivalidade com os lampiões tem, a meu ver, uma importância gigante na formação do Sportinguista por um outro aspeto: o mito do Povo vs Elite. Quantas vezes ouvimos dizer que os lampiões são o clube do Povo e nós somos o clube da Elite? Quase como se fosse um “David vs Golias”, como se os lampiões fossem o Robin Hood cá do sítio que rouba os ricos para dar aos pobres. É mentira. Tal como o mito dos 6 milhões é outra mentira muitíssimo importante de ser exposta, porque lhes confere um poder de “Povo vs Realeza” que ajuda, como tantos outros fatores, a que esse seja o clube mais beneficiado em todos os esquadrões da sociedade portuguesa.
Voltemos a 2013. O Sporting vinha de uma linha de presidentes totalmente associada à alta elite da sociedade. Roquette, Dias da Cunha, Soares Franco, Bettencourt, Godinho Lopes… Há muitos Sportinguistas que até 2013 só conheceram este “tipo” de presidente. O “croquette”. O banqueiro, rico, gestor… E então apareceu Bruno de Carvalho.
“O presidente do Povo”. O homem que quebrava com a linha elitista. O homem do “O Sporting é nosso outra vez”. E as coisas correram bem até os Sportinguistas sentirem exatamente o mesmo que sentiram por parte de outras direções – o Sporting deixou de ser “nosso” para passar a ser “deles”. Apenas, desta vez, o poder estava num esquadrão diferente da sociedade.
A partir do momento em que “o homem do povo” perdeu o poder, instalou-se a ideia de que está de volta a elite. Quando vemos, como vimos esta semana, um Sportinguista dizer na televisão que “o presidente atual não é este Varandas, é o Godinho Lopes”, temos a prova de que está instituída em alguns adeptos esta ideia de que só há um “presidente do povo” e todos os outros são da mesma linha de elite.
E a questão nem é se isso é verdade ou não, porque o Sporting terá, um dia, de deixar de ser isto. Isto que é há anos – talvez desde sempre. Esta luta entre classes, esta constante e aparentemente eterna politiquice, como um pai que puxa a criança por um braço e a mãe que puxa por outro, enquanto no meio está o adepto que só quer ver o seu clube ganhar.
O problema pode ser histórico, mas não tem de ser crónico. O benfica é a merda de clube que é, mas não tem esta constante política e guerra entre as suas classes sociais. São eles, todos juntos, que fazem a merda do benfica. E o Sporting terá, de certa forma, de fazer o mesmo. Tem de ser um clube de todos. Tem de ir à sua História, agarrar nos seus Valores e voltar a criar a sua própria Identidade.
Tem de mostrar que é um clube DIFERENTE – e não, não é porque é de uma elite e os outros são do povo ou de uma região que é uma nação -, é porque é o clube que tem o filha-da-mãe do adepto mais resiliente, dedicado e apaixonado. E se não for sempre assim, que se venda a ideia de que é. Que se mostre que TODOS fazemos deste clube o melhor clube do Mundo, seja de que classe social for, seja que presidente apoie.
21 Fevereiro, 2019 at 13:27
Tiago tudo o que dizes é certo, eu também argumento muito com familiares que são dos que para eles está tudo bem, mas desculpem-me os outros sportinguistas, nós até ao final de 2017 princípio de 2018, estávamos todos ou praticamente todos em volta de Um Rumo e de uma pessoa ( 90 por cento ). A partir de aquela malfadada Assembleia de Fevereiro o clube ficou todo partido e depois seguiram-se acontecimentos ainda piores. Eu não digo que a culpa foi desse homem mas devido á turbulência com que ele lidou com as situações internas partiu o clube todo. O clube necessita de um homem sério que não ceda a pressões, tenha um rumo, mas que não dívida. Aqui e noutros sítios há pessoas que ainda não entenderam isso. Necessitamos de uma direção e de um presidente que tenha um rumo certo e uma o clube e com isto não estou a dizer que é a Direção actual, mas tenho a certeza que Bruno de Carvalho também não o será, que venha gente nova que queira trabalhar e tenha o rumo certo.
21 Fevereiro, 2019 at 15:11
Chico…
Partilhei a minha experiência e fiz referencia ao facto de estar rodeado de croquetes e coquetes que adoro….
E por isso acredita quando te digo…não. O Sporting não estava unido. Eles suportaram um Bruno de Carvalho enquanto viram hipóteses altas do Sporting ganhar. Suportaram um Bruno de Carvalho…nunca gostaram do BdC ou sequer apoiaram.
Essa união que dizes era muito aparente e por falta de alternativas que achassem sérias. Essa divisão nunca desapareceu….estava era mais escondida e mais “envergonhada” a ver o que dava.
Posso estar a ser influenciado pelo meio que conheço…mas é a ideia clara que tenho.
21 Fevereiro, 2019 at 16:00
Tiago o que conta são os que votam e na Assembleia de Fevereiro, BC tinha com ele 90 por cento dos votos. As pessoas independentemente de gostaram ou não dele deram-lhe carta branca total por acreditarem no seu trabalho e Rumo. Depois disso ele subiu a turbulência internamente para resolver os casos que apareceram internamente partindo tudo e a partir daí virou sportinguistas contra sportinguistas, porque mesmo aqueles que pouco viviam a vida do clube passaram a viver mais pelo ruído que ele levantou dentro da própria casa. O que eu vou dizer não é bem igual mas é um exemplo. Uma família pode ter as suas desavenças em casa e os vizinhos sabem mas como não são incomodados não se metem, mas se começam a ouvir zangas, porrada dentro da casa e barulho ensurdecedor, vão queixar-se e começam a comentar para uns é culpa da mulher para outros é do homem assim aconteceu com BC dividiu-nos a nós todos e deixou de alguma vez ter possibilidades de voltar ao Sporting, por isso eu disse aqui quem não gosta do Varandas e tem toda a legitimidade para isso, escusa de pensar em Bruno de Carvalho, pois este perdeu qualquer hipótese de voltar ao clube, pois a maioria dos sócios não quer aquele ruído dentro da própria instituição. Agora para o combate externo é outra coisa e aí estamos todos do mesmo lado da barricada mas também é preciso muita inteligência para o fazer, não pode ser só ruído, também é necessário mais alguma coisa ( influência ).
21 Fevereiro, 2019 at 16:03
Uma das coisas que ficou provado é que não…não é a % que conta. É a convicção com que se votou e os que não votaram.
Não valeu de nada ter 90% se isso o colocou no fio da navalha, como obviamente ficou…
Posso dizer que do pessoal que conheço quase ninguém foi votar nessa AG e conheço imensos que foram vota na de destituição…
21 Fevereiro, 2019 at 17:48
Tiago em Fevereiro na Assembleia Geral estavam 6000 pessoas, na da destitução nem sei quantos foram, mas foram muitos mais. Eu por exemplo nesse dia não pude ir era o aniversário de um meu neto. Uma das coisas que também marcou a Assembleia de Fevereiro foi o péssimo discurso de BC, atacando tudo e todos, até vimos Fernando Mendes no palco. BC em vez de aglutinar e ter um discurso de união dentro do possível, partiu tudo dividindo ali a massa associativa, mas há muitaas pessoas que andam aqui no Blogg e se esqueceram disto tudo. Os sócios do Sporting não queriam esta turbulência.