Aos 34 anos, Nelson Évora, atleta do Sporting Clube de Portugal, continua a somar medalhas para o desporto português.

O atleta do triplo salto sagrou-se este domingo vice-campeão europeu de pista coberta, ao saltar 17.11 metros na final, em Glasgow (Escócia), ganha pelo atleta do Azerbaijão Nazim Babayev (17.29). O alemão Max Heb (17.10) completou o pódio, no terceiro lugar.

Évora não conseguiu repetir os títulos conquistados em 2015 e 2017, mas voltou a sair de uma grande competição com uma medalha, a única que Portugal conseguiu nestes Europeus de pista coberta.

ão foi o melhor concurso para mim, tentei ser o mais competitivo possível, tentei sacar um bom salto, embora o melhor tenha sido um que fiz para marcar, nem tinha a certeza se era nulo ou não. Saio satisfeito na mesma, pois alcancei uma medalha, e seja qual for a cor é sempre uma honra representar da melhor forma as cores de Portugal”, afirmou o atleta, já depois de ter subido ao pódio para receber a sua medalha.

Perto de completar 35 anos, Nelson Évora não conseguiu repetir os títulos de 2015 e 2017, falhando o objetivo de se tornar tricampeão ‘indoor’, mas conquistou a 11.ª medalha em grandes competições, com um salto de 17,11 metros, a sua melhor marca da época, somente atrás dos 17,29 do azeri Nazim Babayev, de 21 anos.

“É um atleta que promete fazer saltos deste género há algum tempo. É um atleta jovem, com fome de medalhas. Após a qualificação falámos um bocadinho e viu-se que estava bem. Surgiu aqui um pouco como eu, quando ganhei o primeiro título, mas naquela altura era mais difícil, pois o lote de grandes atletas era grande. Contudo, eu continuo a ter também essa fome de medalhas”, disse Nelson Évora, que vai iniciar agora um período de descanso.

A época ao ar livre está à porta e será muito longa, com os Mundiais em Doha, no Catar, onde Évora pretende estar muito competitivo, mas antes pretende experimentar outras coisas, outras formas de abordagem ao salto, para melhorar sempre.

“Algo que não tem estado a ocorrer, mas eu acredito que vai acontecer e eu pretendo estar muito forte neste verão. Nós, europeus, temos sempre de fazer duas épocas num ano. Temos sempre Mundial e Europeu, ou Europeu e Mundial, que é sempre difícil de planificar, mas admito que Doha será o objetivo mais importante, mostrando saltos grandes”, finalizou o atleta.