Foram várias as vozes que, em tom de crítica, apontaram o dedo a Paulo Freitas por ter arriscado o 5×4, ontem, frente ao fcp, numa altura em que o Sporting perdia por 2-1 e o jogo de encaminhava para o final. E o motivo é simples: se o Sporting perdesse pela diferença mínima de golos, teria vantagem no confronto directo e só seria preciso o fcp perder uma vez até ao final do campeonato.

Vou repetir: só seria preciso o fcp perder uma vez até ao final do campeonato.

Ora, portanto, este não era um jogo para o qual tínhamos partido com vantagem pontual e onde, perdendo apenas por um golo de diferença, mantínhamos a liderança. Pelo contrário, este era um jogo onde ou ganhávamos e colocávamos uma mão no caneco, ou empatávamos e partíamos para a recta da meta lado a lado, mas com vantagem no confronto directo.

Onde é que uma destas duas situações acontecia quando Paulo Freitas arriscou? Nenhuma, certo?

Paulo Freitas fez o que se pede a um treinador do Sporting. Pode ter morrido a tentar, mas seria bem mais complicado justificar que tinha optado por passar as últimas seis jornadas de vida à espera que o outro escorregasse.

p.s. – gostava de ter uma estatística que mostrasse quantos do adeptos que, ontem, criticaram a opção do Paulo, se revoltaram contra Keizer quando ele se encolheu vergonhosamente na recepção ao fcp, na única oportunidade que tínhamos de tentar correr atrás dos primeiros lugares