Escreve o presidente do Sporting Clube de Portugal, Frederico Varandas, em jeito de carta aberta dirigida a Luís Sénica.

Passaram 11 dias desde os vergonhosos acontecimentos do Dragão Caixa no jogo do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins entre o FC Porto e o Sporting CP que culminaram nas cobardes e bárbaras tentativas e agressões ao Director Geral das Modalidades do Sporting CP e a sua esposa, também colaboradora do Sporting CP.

E passaram 10 dias sem uma reacção, condenação e intervenção pública de V.Exa. e da Federação que representa.

Para o Sporting Clube de Portugal, uma instituição centenária com milhares de associados e milhões de adeptos, que têm aportado muito às modalidades e ao Hóquei em Patins em particular, é absolutamente incompreensível que os acontecimentos que visualizou e que certamente o chocaram não tenham merecido da Federação presidida por V.Exa. o mais firme repúdio.

A Federação de Patinagem de Portugal é “uma pessoa colectiva de direito privado e de utilidade pública, constituída sob a forma associativa e sem fins lucrativos (…) e é a mais alta entidade da modalidade a nível nacional” (artigo 1º dos Estatutos da Federação de Patinagem de Portugal).

São as atribuições da Federação, como Instituição de Utilidade Pública, reconhecida pelo Governo, que exigem uma fortíssima, mas corajosa, tomada pública de posição.

Tal como já afirmámos publicamente, este não é um problema do Sporting Clube de Portugal, mas sim um problema do Desporto Nacional. As tomadas de posição públicas sobre os lamentáveis acontecimentos do Dragão Caixa são essenciais para a prevenção da violência e, por isso, são essenciais a todos os Desportos e, em particular, à modalidade.

O papel do Sporting é de total compromisso para valorizar o Desporto Nacional e sem qualquer interesse na gestão de alinhamentos e mandatos que parecem instalados na orientação do Dirigismo do Desporto Nacional.

Para acabar de vez com o problema da violência no Desporto Nacional é preciso coragem!

De Todos!