Após o final do encontro frente ao Nacional, que o Sporting venceu por 1-0 com golo de Luiz Phellype, o presidente leonino abordou todas as diligências que foram tomadas pelos dirigentes depois da fuga da auditoria também na parte que diz respeito ao clube (neste caso, esta semana), assegurou que a Direção não tem responsabilidades no sucedido e passou ao ataque aos seus críticos, com especial enfoque em Carlos Vieira e Bruno Mascarenhas, que estiveram no elenco de Bruno de Carvalho.

“Mais uma vez, na última semana, vimos a exposição pública de origem criminosa do relatório final da auditoria. Vamos responsabilizar quem o fez, já abrimos inquérito interno e fizemos participação à Polícia Judiciária. Vamos perseguir quem o fez até às últimas consequências. A divulgação não partiu da nossa iniciativa. Com perplexidade e muita preocupação vejo ex-candidatos preocupados com a divulgação do relatório; nós, administração da SAD, partilhamos a preocupação. Mas não os vi a comentar o sucesso do empréstimo obrigacionista, o resolver do problema grave de tesouraria que tínhamos, a conquista da Taça da Liga ou o apuramento para a final do Jamor. Não vi nenhum comentário público sobre isso…”, começou por referir Frederico Varandas, antes de visar os elementos que faziam parte da antiga Direção dos leões.

“Há senhores como Carlos Vieira ou Bruno Mascarenhas [antigos vice e vogal da Direção de Bruno de Carvalho] preocupados e que têm responsabilidade. Preocupa-me o conteúdo da auditoria. Eles fizeram parte do Conselho Diretivo do clube e da administração da SAD [apenas no caso de Vieira], foram responsáveis por limparem a conta reserva, pelo ‘caso Batuque’, pela empresa chinesa… Essas situações é que deviam preocupar esses senhores. Este Conselho Diretivo e esta administração têm gasto muita energia a apagar fogos da última Direção, a resolver problemas de uma herança lamentável, mas cada vez estamos a gastar mais tempo com o futuro”, acrescentou, a propósito do conteúdo da própria auditoria.

“Tínhamos uma nuvem negra e já começa a haver sol. Mas de vez em quando a nuvem volta e já cansa os sportinguistas. A publicação da auditoria é mais uma herança que vamos resolver. Estes casos são uma vergonha, concluiu Varandas.

De acordo com informações recolhidas pelo Observador, o Conselho Diretivo aguarda pelo resultado das diligências que estão a ser feitas pelo Conselho Fiscal e Disciplinar do Sporting e pelo Ministério Público em relação ao conteúdo da auditoria para estudar a partir daí novas medidas que possam ser tomadas. A próxima Assembleia Geral dos leões deverá ter lugar apenas em junho, podendo ou não coincidir com a reunião magna para aprovação do Orçamento e Plano de Atividades para a temporada 2019/20 que costuma realizar-se nos últimos dias desse mesmo mês. Será aí também que Bruno de Carvalho poderá recorrer da decisão de expulsão de sócio, tal como o antigo vogal Alexandre Godinho.

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