Mais uma semana… E mais um daqueles títulos que muito prometem, e vou tentar fazer jus ao mesmo. Vamos a isto.

Numa horta que os nossos avós cultivavam, podíamos encontrar de tudo, cebolas, cenouras, tomate, feijão… e ervilhas. O amor com que cresciam era igual ao deleite que nos dava no prato. Continuando ainda num registo mais da nossa infância… do tempo das histórias das princesas, que até uma ervilha sentiam debaixo de 5 colchões, de tão delicadas eram, até chegarmos a esta nossa perversão da leguminosa, que nos serve para mitigar dores e nódoas negras.

Há nos congeladores de todos os pais dos rugbistas pelo menos um saco de ervilhas… É um pouco como o Melhoral, dá para tudo. Aquelas contusões, inflamações, paralíticas (o que doem as paralíticas…), roturas musculares… Enfim.

E agora que sabemos do uso além do culinário que damos às ervilhas, falamos de um dos mistérios do nosso corpo. As dores de crescimento. Os nossos ossos e músculos, quando em fase de crescimento, conseguem crescer mais rápido que os nossos tendões, o que leva os nossos mais novos a queixarem-se de dores nas pernas, braços, etc. E nada se pode fazer… Uns alongamentos e esperar que o corpo estabilize a harmonia no crescimento das diversas partes deste nosso puzzle interno.

E há outras dores de crescimento, aquelas que tomamos voluntariamente. Deixo desde já um aviso. Nem todos as queremos tomar, pois é muito mais confortável não crescer, ter o nosso canto, ser um peixe grande num aquário bem pequeno. Mas para quem queira crescer, evoluir… Sair da casca, into the wild, eu sei lá que mais… Sermos o peixe que num largo oceano não mais é o peixe grande do aquário pequeno, há iguais e maiores. E isso assusta… Se assusta. Mas para crescer temos que o fazer.

As dores são os resultados que vamos tendo, pesados… contra equipas que de 70 atletas escolhem 25, enquanto nós de 27 levamos 25. E dói… Mas ouvir os adversários dizerem que foi difícil (para eles), e que estavam apreensivos, e que ganharam, mas não para o susto, apesar dos resultados desnivelados, é algo que só nos pode encher de orgulho e motivação para fazer sempre mais, melhor e por mais tempo.

Este fim de semana vamos crescer mais um pouco, temos em casa o CRAV, no sábado, em Queluz. Vamos a eles malta!!!

*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio