Apenas alguns dias após o último post nesta rubrica (e os vários bons comentários na sua sequência) veio a público uma muito interessante entrevista de Nuno Cristóvão (NC) ao diário “desportivo” O JOGO, depois da sua saída do Sporting.

Para o que pretendo debater, destaco dois momentos dessa entrevista que contribuem para levantar um pouco o véu sobre o futuro próximo do Futebol Feminino (FF) em Portugal: “(…) sabendo que o próximo ano será de transição no modelo competitivo das mulheres e raparigas em Portugal. Na época 2020/21, a primeira divisão, hoje com 12 equipas, só terá 10, (…)” (NC dixit).

Ou seja, a federação já percebeu que o actual quadro competitivo da Liga BPI é uma aberração. E vai alterá-lo já daqui a 2 anos! Muito bem! É menos uma batalha no caderno de alterações para a melhoria do FF em Portugal. Mesmo assim, talvez 10 sejam ainda muitas equipas para integrar o quadro de uma competição que e pretenda integralmente profissional.

(…) mas vai acontecer a médio prazo, porque o que acontece na América do Sul vai acontecer na UEFA e para poderem entrar em competições europeias, os clubes terão de ter equipas femininas. Vai ser mais rápido do que pensam. Uma competição que se reduz a três equipas, contando com o Benfica, é mais pobre. Nas duas últimas épocas, a liga decidiu-se em dois jogos e se queremos uma competição com mais qualidade, tem de haver mais equipas, apostando os clubes na formação. Quando estas jogadoras jovens chegarem aos seniores não vão caber todas nas equipas profissionais e como querem jogar, vão reforçar outras equipas do nível abaixo e também isto vai fazer com que o nível competitivo seja mais alto e equilibrado. Esta época já vimos 2/3 equipas fazerem campeonatos muito interessantes, mas é preciso mais. Com a entrada de mais equipas, o fosso vai diminuir e o nível será cada vez mais equilibrado (…)” (NC dixit).

Este momento é ainda mais esclarecedor! Nuno Cristóvão entende que: não há como fugir da profissionalização; competir a 2 ou 3 e o resto ficar a ver navios é que mata o Futebol; há que criar condições para serem mais a ter armas competitivas para almejar o topo; não se cria a competitividade baixando o nível dos 3 destacados, mas aumentando o nível dos outros ou criando mais equipas com capacidade de se destacar; a evolução internacional (particularmente europeia) do FF “obrigará” quase que “naturalmente” a que outros emblemas de projecção adiram ao FF em Portugal.

Vou só relembrar algo que respondi ao mui honorável tasqueiro Pavel Hörvat, num dos comentários do post da semana passada (ainda antes de conhecer a entrevista de NC): “(…) Pavel, a profissionalização é o caminho seguido em TODO O MUNDO. Ou acompanhas, ou esquece e perdes o combóio. Porque não podes ter 3 equipas profissionais e as outras amadoras. Não existe competição, assim. Tens apenas 4 ou 5 jogos que “puxam pelas atletas” por temporada e isso é extremamente pernicioso para os que investem. O pessoal tende a achar que é um problema para os “pequenos”, mas é exactamente o inverso. Os que não têm “pernas” para o andamento profissional ou “unhas para tocar esta guitarra”, santa paciência, desçam de divisão.O que não faz sentido é teres uma Liga BPI com 12 equipas!!! 12 equipas num paísinho de merda em que o FF está na pré-História!! Nos EUA a NWSL, a Liga Profissional americana tem 9 (NOVE!) equipas! 20 vezes mais população, o Futebol Feminino mais avançado do Mundo a sua Liga profissional joga-se com 9 equipas! (…)” (Álvaro Dias Antunes – 21 Maio, 2019 at 1:08).

Ou a resposta que dei ao também mui honorável tasqueiro leonidas, num outro comentário ao mesmo post: “(…) O Sporting, o Benfica e o Braga teriam a obrigação de exigir à FPF que seguisse as recomendações expressas no “Women’s Football Strategy” da FIFA: criar condições para profissionalizar o Campeonato principal. O mais rápido possível, e sempre antes do próximo ciclo de novo Mundial. Ao cumprir com essa recomendação, a selecção faz-se naturalmente: os clubes que não preencham as condições para obterem a certificação para competir na Liga Profissional são excluídos. Ponto! Descem para a 2ª Divisão e começam aí a sua adaptação à profissionalização. Garanto que, iniciando a profissionalização integral na época 2021/22, o difícil será garantir que hajam 8 equipas que preencham os requisitos para participar. Mas, acreditem que, após haver um Campeonato Profissional, bem organizado e bem promovido por todos os envolvidos, cedo o FF começará a impor-se como uma excelente oportunidade de negócio e a atrair Clubes como o Porto, a Académica de Coimbra e outros que podem também movimentar boas assistências e tornar ainda mais atractiva a Modalidade para públicos e investidores. (…)“.(Álvaro Dias Antunes – 21 Maio, 2019 at 23:19)

Como vêem, aquilo que penso e defendo para o FF em Portugal não difere muito daquilo que NC garante que vai suceder a curto/médio prazo. Ele ainda focou uma outra questão que é incontestável: a Formação dos actuais 2 grandes que aderiram ao FF não será totalmente absorvida pelos próprios. O que significa que a sua enorme qualidade (e estou a falar de Sporting e Benfica, que também está a trabalhar muito bem na Formação) vai beneficiar os clubes de média dimensão. Mas há ainda outras questões que deveriam decorrer desta vantagem competitiva, a médio/longo prazo, da boa Formação: porque razão só há quadro competitivo regular de Futebol feminino, nos escalões abaixo das sub 17 na AF de Braga? O que andam a (não) fazer as outras 21 Associações de Futebol? Como se explica a total ausência de uma estratégia nacional de formação de futebol feminino na Rede Escolar?

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Regressando à questão da profissionalização integral da Liga Principal, convém que o Sporting assuma uma postura de acompanhamento activo do modelo de profissionalização que será adoptado. O que receio é que, à imagem do que aconteceu no Futebol Masculino há duas décadas atrás, se vá seguir o modelo bem português do “decreta e deixa andar”. Sai por decreto que, a partir do ano X, as equipas a competir no quadrto principal têm de ser “profissionais” e estar enquadradas numa SAD ou SDUQ; regras para a profissionalização da competição, para o fair-play financeiro, para o licenciamento dos clubes, etc., .. não é preciso! … os Clubes que se “desemerdem” (forgive my french).

O Sporting deveria pugnar pela adopção de regras de competição idênticas às da NWSL dos EUA ou de licenciamento idênticas às da FA WSL e da FAWC de Inglaterra. Nem é preciso re-inventar a roda. Existem modelos (que, aliás, a própria FIFA e UEFA reconhecem como exemplares).

Nota intercalar: [Para as regras de competição da NWSL (EUA) ver: www.nwslsoccer.com/rules-regulations e para as regras e regulamentos de composição dos planteis ver www.nwslsoccer.com/roster-rules . Para as regras das competições inglesas (FA WSL – 1º Divisão e FA WC -2ª Divisão) ver:
http://www.thefa.com/-/media/thefacom-new/files/womens/fawlc-comp-rules-2018-19.ashx. Façam copy do endereço, paste para a caixa de endereços URL do vosso browser internet e escolham “abrir” ou “guardar ” na caixa de diálogo que surgirá, uma vez que os docs são PDF.]

Assim, tudo ficaria mais claro e mais equilibrado. Além disso, questões como a co-responsabilização das Federações pelos salários de jogadoras convocadas, ou a definição de números máximos de jogadoras consideradas estrangeiras (ou mínimos de formadas localmente, com essa definição bem precisada), ou das janelas e regras de contratações, transferências e empréstimos seriam alvo de parâmetros mais justos e equilibrados, sempre tendo em primeira linha de conta o desenvolvimento da actividade, a defesa dos direitos laborais e a delimitação e regulação do negócio na salvaguarda da máxima liberdade possível do mesmo.

O caminho é, claramente esse, a meta da internacionalização da profissionalização das máximas competições do FF está cada vez mais próxima e isso só augura um ainda mais rápido crescimento da Modalidade e expansão das oportunidades de negócio a ela associadas.

Mas, não é só às questões regulamentares que o Sporting deve dedicar a sua máxima atenção e poder de influência; o Clube e a SAD têm que, DESDE JÁ, criar as condições de supremacia competitiva sustentável para melhor potenciar e aproveitar esse inevitável crescimento da Modalidade em todas as suas vertentes (desportiva, mediática, económica). E a melhor forma de conseguir essa supremacia é tirando partido das vantagens históricas, organizacionais, culturais e éticas que são apanágio do Sporting e caracterizam o Clube. Desde logo, do facto de sermos UM CLUBE DE DIMENSÃO NACIONAL E INTERNACIONAL, dimensão essa que se expressa e se sustenta de forma orgânica (Núcleos, Filiais, Delegações).

O lema “MAIS QUE UM CLUBE” a poucas outras organizações se aplicará com tanta verdade quanto ao Sporting Clube de Portugal. Envolver essa rede orgânica de sócios e adeptos na fidelização de um inigualável número de seguidores de uma equipa de FF, na capacidade de criação de eventos significantes e diferenciadores e na capacidade geração de receitas regulares e sustentadoras do necessário investimento para a competitividade é uma tarefa que deve começar … ONTEM!

Dou alguns exemplos. Imaginem a realização de 2 jogos de apresentação da equipa aos adeptos: um jogo em Alcochete com uma equipa estrangeira de menor dimensão mas com significado (por exemplo, o Lewes da FAWC, a 2ª divisão de Inglaterra, que ficou em 9º lugar mas se apresenta como o Clube mais Igualitário do Mundo no que respeita à igualdade de géneros); um outro jogo em Alvalade com uma equipa já de maior dimensão (o Atlético de Madrid, o Montpellier, ou, de preferência a Fiorentina). Para ambos os jogos se procurava, com a devida antecedência, uma boa promoção genérica na Sporting TV e no site do Sporting, nas Redes Sociais e no Jornal, desde logo incluindo-os nas vendas de Gamebox FF. Mas para ambos os jogos faziam-se também promoções adicionais internas e específicas, direccionadas a grupos de Núcleos: por exemplo, para o jogo de Alcochete, incentivava-se os Núcleos da Margem Sul (existem, pelo menos, emAlcochete, Barreiro, Montijo; Seixal, Almada, Costa da Caparica; Setúbal e Palmela) a organizarem uma deslocação conjunta com um pacote que incluiria, visita às instalações da Academia, convívio- repasto com espaços grill antes do jogo (ou com almoço buffet no refeitório da Academia), o bilhete para assistir ao jogo (ou aquisição promocional da gamebox) e a uma cerimónia conjunta dos dois clubes a anteceder o jogo;

para o jogo no Alvalade, uma semana depois fazia-se o mesmo tipo de incentivo mas para grupos de Núcleos de: Lisboa (Alcântara, Olivais); da Linha e Concelho de Sintra (Cacem, Queluz, Sintra, Magoito, Almoçageme) ; da Linha e Concelho de Cascais (Paço de Arcos, Oeiras, Tires, Cascais); da chamada região saloia e da Região Oeste (para o Max e o Tomás não perderem a oportunidade – Caneças, Loures, Mafra, Torres Vedras, Peniche, Óbidos, Caldas da Rainha, Benedita); da linha de vila Franca e do Ribatejo (Sacavém, Alverca, Vila franca de Xira, Torres Novas, Alcanena, Tramagal, Alferrarede, Santarém); se o jogo fosse com a Fiorentina, envolver também os Grupos Organizados de Adeptos; incluir para os Núcleos um “pacote” com visitas de manhã ao Museu (entre as 09h e as 13h), convívio repasto entre todos (núcleos G.O.A.s e adeptos/as da Fiorentina) na zona das roulottes, bilhete para a cerimónia de apresentação oficial das jogadoras (e, no caso da Fiorentina, de homenagem memorial a Marco Ficini) e para o jogo. Em ambos os eventos ter produtos de merchandising FF à venda. Em ambos os eventos, um representante da SAD, a team Manager, e um representante do CD, reuniam com os Presidentes (ou seus representantes) dos Núcleos envolvidos, para exporem e debaterem formas e modelos de apoio e envolvimento com a equipa (nos dois sentidos) durante a época.

Com apenas esses dois momentos poderiam já estar a iniciar a fidelização de várias dezenas de adeptos e associados ao FF. Mas, estariam, sobretudo a dar o mote sobre como fazer de cada jogo um momento de eperiência.um happening. Durante a época replicar este tipo de iniciativa (dimensionando as réplicas a Alcochete e a Alvalade), envolvendo diferentes grupos de Núcleos. Assim, estariam a criar uma rede de apoio não só aos jogos em casa mas também aos jogos fora, onde há sempre Núcleos presentes (aí até se poderia inverter o sentido do envolvimento: deslocar a equipa no dia anterior ao jogo e organizar com o Núcleo mais próximo – mas envolvendo os adjacentes – um jantar com a Team Manager, a treinadora e a capitã e uma acção de venda de merchandising com a intervenção de atletas que não estejam convocadas para o jogo mas que acompanhariam a equipa).

Se começarem já esta época, acreditem que tomarão uma boa dianteira no que respeitará às assistências médias aos jogos, à fidelização de adeptos e à criação de uma rede de apoio ao merchandising e às vendas de gameboxes, por exemplo. Estes exemplos referem-se a tirar partido da nossa dimensão orgânica nacional e ao envolvimento dos Núcleos, delegações e Filiais.
Eles poderiam até ser estendidos à realização de protocolos de apoio técnico para que conjuntos de Núcleos de proximidade pudessem criar equipas de Formação regionais, com a a marca Sporting (Academias Ladies com equipas a competir regionalmente e a estrutura central a acompanhar a sua evolução; e estaríamos ainda a contribuir para a expansão da Modalidade a nível nacional).

Mas há outras características que marcam muito da diferença do Clube: os Valores e a Ética, contam-se seguramente entre elas. E muito se poderá fazer para associar a actividade das atletas do FF a causas, trabalhando em conjunto com a Fundação Sporting, os Leões de Portugal e o Grupo Stromp em campanhas como: a Luta contra o Cancro (momeadamente o da Mama), a Luta pela Igualdade de Condições de Géneros, o Acolhimento e Integração de Refugiados, a luta contra o Racismo no Desporto e na Sociedade, a Luta contra a Violência no Desporto, a Luta pela Verdade Desportiva, a Luta pelo Desporto Inclusivo e Para Todos, a Promoção da Prática do desporto como Hábito Salutar de Vida.

E habituar o grande público a ver as caras das nossas atletas nessas campanhas, desempenhando assim um papel de Modelos Sociais. Muitas dessas campanhas até poderiam ser inciativa do departamento e associar outras atletas de outras Modalidades como as dos Desportos Adaptados, as do Rugby, as do Voleibol, agora até as do Hóquei em Patins para também promover a empatia de todas as atletas com os adeptos, tornado-as mais visíveis a estes.

Outra situação que nos distingue é o apoio dos adeptos independendo dos resultados do chamado “desporto-rei”; aí deveríamos ser criativos a gerar envolvimento, empatia e emoção dos adeptos e sócios, estabelecendo e divulgando metas de assistências aos jogos e de participação nos eventos ambiciosas, colocando-as como um “desafio” aos adeptos e associando-os SEMPRE ao cumprimento dessas metas, incentivando o seu orgulho leonino e fazendo-os sentir parte do sucesso.

Termino com alguns números que atestam o enorme crescimento do FF na Europa, nos último anos.
Em Espanha, a 17 de Março de 2019, bateu-se o record de assistências a um jogo de Clubes de FF (em Espanha, na Europa e no Mundo): 60.739 adeptos assistiram ao Atlético de Madrid- Barcelona, no Wanda Metropolitan. Já em Janeiro, o At. Bilbao-At. Madrid dos quartos de final da Taça da Rainha tinha registado 48.121 espectadores em San Mamés.
Uma semana depois, em 24 de Março, em Turim, o Juventus- Fiorentina bate o anterior record de assistências em Itália (que era de 14.000 espectadores, no ano anterior), ao ser presenciado por 39.027 adeptos.
A 23 de abril de 2019, também em França é batido o record de assistências na 20ª jornada da Divsion 1 Feminin, com o Olympique Lyonnais vs Paris Saint-Germain a levar ao Groupama Stadium de Décines 25 907 espectadores, batendo assim o anterior record de clubes de 22.050 espectadores para assistirem a um jogo entre as mesmas equipas mas para a Champions League de 2016 e ultrapassando mesmo o record de espectdores da selecção francesa que é de 24.385 assistentes contra a Grécia em Rennes para o Europeu de 2017. Este record será CERTAMENTE BATIDO NO MUNDIAL 2019, que terá lugar em França de 7 de Junho a 7 de Julho.

Em Portugal, o record de assistêmcias em jogos de Clubes deu-se na última final da Taça de Portugal (entre benfica e Valadares) com 12.632 espectadores, números que superaram o anterior máximo estabelecido na final de há 2 anos emtre Sporting e Braga (12.213 pessoas). Mas o jogo entre clubes que detém a maior assistência em Portugal foi o Benfica vs Sporting, um particular de solidariedade para com as vítimas em Moçambique do ciclone IDAI e que foi assistido por 15.204 pesssoas.
O Lewes, de que vos falei atrás, na 2ª Divisão inglesa, gerido por proprietários da Comunidade em que cada “owner” independente da sua doação (de 40£ a 1000£) apenas tem um voto, com um Estádio que dotou de 3.000 lugares sentados, teve uma assistência média de 2.976 espectadores o que significa um aumento de 100% relativamente ao ano anterior e de 1.000% (!!!) em relação há 3 anos apenas. Nos Estados Unidos, a NWSL de 2019, que ainda vai a menos de 1/3 da sua fase regular, já teve 4 jogos com mais de 10.000 espectadores, um deles (Utah Royals vs Washington Spirit) com a presença de 18.015 espectadores.

O Mundial que se seguirá ao de França, que decorrerá no ano 2023, já bateu o record de inscrição de candidatos à organização: Argentina, Austrália, Bolivia, Brazil, Colômbia, Japão, uma organização conjunta das duas Coreias, Nova Zelândia e África do Sul apresentaram candidatura.
São estes números e este crescimento que devem abrir os olhos aos dirigentes do Sporting para que percebam que É ESTA A ALTURA PARA INVESTIR, TÃO FORTE QUANTO PUDERMOS, NÃO APENAS FINANCEIRAMENTE, MAS TAMBÉM ESTRUTURALMENTE, ORG NICAMENTE, EMOCIONALMENTE, E ENVOLVENDO TODO O CLUBE (ADEPTOS E SÓCIOS), numa vertente do Futebol cujo ritmo de crescimento já visível, só tenderá a aumentar exponencialmente nos próximos 10 anos.

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* às segundas, o Álvaro Antunes faz-se ao Atlântico e prepara-nos um petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino