«A vitória meritória do Sporting Clube de Portugal no primeiro jogo da final fez soar os alarmes. A possibilidade de ver o Sporting CP alargar e reforçar o domínio do futsal português com a conquista do inédito tetra assusta muita gente, até aqueles cujo papel passa pela defesa desta modalidade que tanto nos apaixona.

O que se tem vindo a passar desde esse primeiro jogo ultrapassa qualquer limite daquilo que julgamos ser aceitável.
Não queremos, até porque não faz parte da nossa maneira de estar, branquear os nossos próprios erros, mas não podemos aceitar a gritante dualidade de critérios verificada, sobretudo, nos jogos 2 e 3.

No jogo 2, o primeiro golo do Benfica só acontece porque Cardinal foi claramente empurrado quando tentava fazer barreira. Ainda no mesmo jogo, Cardinal foi agredido a murro por Miguel Ângelo, que continuou em campo como se nada tivesse passado.

Hoje, no jogo 3, Dieguinho é expulso por alegada agressão a Robinho, quando é evidente – pelas imagens a que todo o país teve acesso – que é o jogador do Benfica quem agride, com o braço, o nosso atleta. Fica ainda a curiosidade de ter sido o árbitro que estava com menos visão do lance a decidir-se pela expulsão depois de vários minutos de indecisão.
Antes disso, o primeiro golo do Benfica nasce de um corte com a mão de Fernandinho, o mesmo jogador a quem foi perdoado o segundo amarelo, e a consequente expulsão, depois de ter atingido, com a mão, a cara do nosso jogador Erick.
Mais. Aguardamos para perceber se a Federação Portugesa de Futebol mantém mão firme quanto aos castigos depois de mais uma vergonhosa actuação dos grupos ilegais de adeptos do Benfica, que, para além de entoarem, insistentemente, cânticos alusivos à morte de dois adeptos do Sporting CP, interromperam o jogo uma mão cheia de vezes, atirando plásticos para a quadra. Não esquecer que o Pavilhão João Rocha foi punido com 4 jogos de castigo devido a cânticos homofóbicos.

Mas o melhor estava ainda para vir. Quando pensávamos que nada mais nos podia surpreender, eis que nos deparamos com mais um acto de vandalismo de um tal grupo de adeptos ilegais, mas organizados, que se deslocaram até ao Estádio José Alvalade e a entrada do multidesportivo de Alvalade, tentaram agredir os nossos atletas!

Ora, depois de tudo isto, quase que podemos prever o que se vai passar no jogo 4. Com o fim da Euro Winners Cup, nas bonitas praias da Nazaré, e com mais uma dupla de arbitragem disponível, vem-nos à memória o jogo 3 da final da temporada passada, em que três dos nossos jogadores e o nosso treinador foram expulsos e que tudo foi feito para que saíssemos derrotados.

Temos de melhorar em campo, mas fora de campo muitas movimentações para impedir um inédito Tetra no mesmo ano que vencemos a Liga dos Campeões.»

O texto foi escrito por Miguel Albuquerque, na sua página de facebook, e fica completo com estas imagens.

Que a total impunidade, dentro e fora de campo, seja o extra que nos fará ganhar os dois jogos que faltam nesta final do campeonato!