São renovações que não auguram nada de muito bom para o nosso FF (Futebol Feminino e não Futsal feminino), na minha opinião.
Mariana Azevedo e Carlyn Baldwin deveriam estar na lista de dispensas ou de empréstimos, juntando a Bruna costa à Mariana Azevedo e sendo eu de opinião que a Carole Costa deveria ser a central a claramente manter, temo que das 2 uma: ou vão dispensar a Carole Costa ou não vão contratar 2 centrais de topo e que acrescentem altura e segurança à defesa (a irlandesa Louise Quinn, 1.83m, do Arsena e a inglesa Leandra Little, 1.80m, de saída do Liverpool, seriam as minhas escolhas; inicialmente até optaria por Dominique Bloodworth, 1.80m , também do Arsenal mas a sua presença na final do Mundial e as prestações soberbas que tem tido terão inflacionado uma possível aquisição). Outra, “pista” fornecida por estas renovações é a de que, provavelmente irão manter Nevena Damjanovic como defesa central, o que acho um desperdício (porque, sendo, de momento, uma das duas centrais titulares, lhe falta altura para ser uma central de topo e sobra-lhe técnica, resistência, leitura de jogo e velocidade de execução para ser uma 8 box-to-box de topo, especialmente se, atrás dela, tiver uma trinco de eleição); ora para esse lugar de trinco apostaria na brasileira Daiane, actual central do PSG, 1.79m, 21 anos, que tem TUDO para ser uma trinco de topo Mundial (aliás, acho mesmo que, dada a idade de 41 anos da titular brasileira da posição, a Formiga, cedo a farão avançar no terreno da selecção canarinha); Daiane tem bom físico, é extremamente resistente e rápida tem rotinas defensivas de uma central e a técnica e capacidade de sair a jogar e de passe curto e médio que a colocarão muito acima da média se for treinada na posição.
Ou seja, com apenas 4 ou 5 aquisições (de peso, é certo: as 2 centrais e a trinco que citei, a que juntaria eventualmente uma lateral direita e uma avançada polivalente de topo, que idealmente seriam a Lucy Bronze, lateral inglesa do Lyon mas provavelmente inacessível (daí a escolha recair para a holandesa Desiree Van Luntereen,do Freiburg, ou para a americana Kelley O’Hara, dos Utah Royals) e a Megan Rapinoe a experientíssima avançada norte americana, 34 anos, um poço de força e de inteligência, actualmente a jogar no FC Reign nos USA, que ocupa muito bem as posições 8, 10 e ala esquerda e que poderia ser tentada a terminar carreira num projecto ambicioso na Europa ) e com cerca de 12 dispensas e/ou empréstimos e a “subida” de 4 “juniores” (Carolina Beckert, Marta Ferreira, Alícia Correia e Andreia Jacinto).
As “minhas” dispensas(d)/empréstimos(e) seriam: Mariana Azevedo (d); Bruna Costa (e); Matilde Figueiras (d); Carlyn Baldwyn (d); Sahron Wojcik (e); Nadine Cordeiro (d); Sidney Bloomqvist (d/e); Bárbara Marques (d); Carolina Mendes (d/venda); Solange Carvalhas (já saíu) e Constança Silva (d).
A poupança em vencimentos deveria dar para pagar os vencimentos de 2 das 4 jogadoras a adquirir (a Leandra Little e a Rapinoe); as outras 2 (Quinn e Daiane) significariam um acréscimo de cerca de 500.000 euros/ano.
Colocando alguma despesa a ter com os Clubes actuais dessas jogadoras para aquisição dos seus direitos (que hoje em dia ainda são muito relativos) e prevendo a profissionalização das 4 juniores diria que o acréscimo poderia ser de 0,8 M€, o que daria um orçamento de cerca de 1,5M€ par voltarmos a ter fortes hipóteses ser campeãs e de disputar, para o ano, a Champions para entrar na fase de eliminatórias e já com prémios apetecíveis (logo com condições para outro upgrade). A entrada na fase de eliminatórias da Champions (oitavos de finais) rende prémios directamente, mas valoriza a equipa, quer em sponsorização (graças à maior visibilidade) mas também em apreciação dos activos, porque, daqui a 2 anos por diante o mercado de transferências no feminino tenderá a funcionar e a crescer.
Resumindo:
* gostava de uma aposta clara na construção de uma equipa para ter fortes hipóteses de ser campeã;
* gostava que essa aposta assentasse num investimento relativamente forte mas muito criterioso;
* gostava que isso acicatasse a necessidade de geração de muito mais receitas para tornar mais sustentável e duradoura a aposta;
* as notícias claramente NÃO vão nesse sentido, antes prenunciam um ano de mais do mesmo, que foi muito pouco.

p.s.1: esta apreciação não pretende desvalorizar o plantel do Sporting nem qualquer das suas jogadoras. Dou o exemplo da Solange Carvalhas: foi crucial para os primeiros títulos e um exemplo para a equipa; foi terminado vínculo com a atleta; achei que terá sido uma boa decisão. As renovações agora anunciadas fazem-me questionar a validade da dispensa citada. Exactamente porque só a acho uma boa decisão na óptica de uma reestruturação em alta e muito criteriosa do plantel.
ps2.: as aquisições que defendi e o plantel daí resultante permite várias combinações altamente competitivas de modelos tácticos: 4-3-3; 4-2-3-1; esquema de 3 centrais, recuando a Daiane para a sua posição de formação central direita, a Quinn a Central de miolo e a Leandra Little a central esquerda, com a Ana Borges afazer todo o corredor direito e a Rapinoe a fazer todo o corredor esquerdo e colocando a Fátima Pinto a trinco e à sua frente a Nevena e a Tatiana Pinto, com a Diana e a Capeta numa dupla de pontas de lança móveis (esquema que daria para a esmagadora maioria dos jogos do nosso actual campeonato)

Um abraço e SL

E em que é que isso contradiz aquilo que defendo? São ALGUNS dos emagrecimentos necessários para poder “induzir” a “massa corporal” a um corpo saudável.
O problema está na manutenção de alguma “matéria gorda” de que convinha abdicar.
E incluo a Bruna Costa, a Mariana Azevedo e a Carlyn Baldwin nas dispensáveis ou emprestáveis. Por isso considero a sua manutenção um mau indicador. Tal como me preocupa a ainda não definição das situações de Sharon Wojcik, Nadine Cordeiro e Carolina Mendes (3 das jogadoras mais caras do plantel e que pouco ou quase nada lhe acrescentam em qualidade e competitividade).
Essas manutenções e indefinições estão a impedir contratações que julgo imprescindíveis para tentar reconquistar o Título Nacional e procurar um lugar entre as 16, e mais tarde as 8, melhores equipas da Champions. E, caso se realizassem boas contratações nesse cenário de manutenções estaríamos a encarecer desnecessariamente o plantel e a tapar a subida imediata de 4 juniores, que teriam hipótese de treinar regularmente em ambiente muito mais exigente e mais qualificador das suas qualidades e potencial (e de jogar sempre e só nas equipas B ou A).
Um abraço e saudações leoninas