A última etapa da Volta a Portugal em bicicleta deverá coincidir com o fim da parceria entre o Sporting Clube de Portugal e o Clube de Ciclismo de Tavira.

Quatro anos depois da jogada de bastidores que tirou aos Leões a possibilidade de se fazerem à estrada com a W52, pode dizer-se que a parceria com o Tavira não funcionou. Não sou entendido na matéria, mas diria, até pela prestação que Joni Brandão tem tido este ano em comparação com a época passada, que o problema pode muito bem passar pela muito questionável gestão que Vidal Fitas, diretor desportivo do Sporting-Tavira, vai fazendo das provas e da equipa ao seu dispor.

Se olharmos para a Volta deste ano, encontramos Frederico Figueiredo, que subiu à sétima posição da geral após a subida à Senhora da Graça, como o melhor dos leões. Podemos pensar que, sem as várias quedas que ocorreram, Figueiredo podia ter lutado pela amarela, mas depois olhamos para Tiago Machado, o grande reforço da época, e caímos na… 15ª da geral.

Por equipas o Sporting-Tavira é terceiro, a 8m01s da Rádio Popular-Boavista, e tem apenas o contrarrelógio do Porto para tentar um triunfo de etapa, algo que só conseguiu no primeiro ano do projeto, em 2016, com Jesús Ezquerra.

Tudo isto, associado à decisão de reduzir o investimento global nas modalidades, o Ciclismo leonino corre o risco de voltar a ver as bicicletas serem arrumadas na garagem, algo que eu considero que não deveria acontecer. Procurar um novo parceiro, sim, faz todo o sentido. Voltar a pôr a modalidade na prateleira, não, não gosto da ideia. E ainda gosto menos da ideia se pensar que pode coincidir com a muito interessante iniciativa Sporting Bike, um passeio de bicicleta em homenagem ao melhor ciclista de todos os tempos, Joaquim Agostinho.

Mas tendo em conta que estou há dois meses à espera de receber uma resposta ao meu pedido de mais informações, às tantas nem passeio nem corrida…