«Portugal é um país onde o andebol está a mudar, com muitos bons jogadores jovens a surgir. Estava curioso para vir trabalhar cá e quero ajudar os jovens a evoluir. E o Sporting é um grande nome do desporto. Não há muitos clubes na Europa como este, talvez o Barcelona»

Foi desta for que Thierry Anti, treinador da principal equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal, explicou o porquê de ter escolhido o Sporting para a sua primeira aventura fora de França. E bastaram três meses para me conquistar enquanto adepto.

A tentativa de falar português ajuda, tal como a simpatia com que responde nas solicitações para a comunicação social. Até porque por trás daquele sorriso e ar de porreiraço que deve ser fixe ter como amigo, está um gajo tremendamente profissional.

A flash da passada quarta-feira, após a vitória sobre o ABC, foi elucidativa sobre o que podemos esperar do técnico francês. Ganhou, mas não hesitou em dizer que a tinha perdido na segunda parte, em criticar os jogadores por terem transformado o andebol em números de circo e terminou pedindo desculpa aos adeptos pela segunda metade da partida.

A isto chama-se profissionalismo. Isto é a tão propalada “exigência”. Uma exigência posta em prática em todos os treinos e em todos os momentos de jogo, como por exemplo nos descontos de tempo, onde passou a ficar bem patente que treinador há só um.

E não admira que, por pensar assim, Anti seja incapaz de engolir certas decisões quando está no banco e vá transformar-se no alvo dos árbitros nacionais que, fruto de um claro complexo de inferioridade, castigarão vezes sem conta “o gajo quem vem armado em esperto lá da Liga dos Campeões”, esse que eu já trato por mon ami Anti.