João Vieira, atleta do Sporting Clube de Portugal, conquistou este domingo a medalha de prata na prova de 50 km marcha dos Mundiais de atletismo, que decorrem em Doha, no Qatar.

Esta é a segunda medalha da carreira em campeonatos do mundo para o atleta de 43 anos, nascido em Portimão, depois do bronze conquistado nos Mundiais de 2013, em Moscovo.

A prova dos 50km marcha já é um desafio brutal que testa os limites dos atletas que nela participam. E ainda mais brutal se torna quando é disputada nas condições em que se disputou nesta madrugada em Doha, a fechar o segundo dia dos Mundiais de atletismo, com uma temperatura acima dos 30 graus e um nível de humidade impróprios para provas super-longas (11 dos 38 atletas que alinharam à partida desistiram, um deles Yohann Diniz, o luso-francês que defendia em Doha o título de campeão mundial conquistado em Londres 2017).

Antes de dar os primeiros passos na marginal de Doha, João Vieira chamou a estes 50km a “marcha do inferno”. Mas o atleta de 43 anos, o mais veterano entre os portugueses que foram ao Qatar, foi dos que sobreviveram com mais brilhantismo, conquistando a medalha de prata após mais de quatro horas a marchar, e não muito longe de Yusuke Suzuki, o japonês que liderou a prova desde os primeiros metros (João Vieira terminou a corrida em 4:04:59 horas, a apenas 39 segundos do vencedor)

Foi uma medalha histórica para o veterano atleta do Sporting na sua 11.ª participação em Mundiais. Com esta prata, Vieira tornou-se no medalhado mais velho da história dos Mundiais de atletismo, ele que se estreou em Tóquio 1999 e que já tinha conquistado uma medalha de bronze em Moscovo 2013 na prova de 20km, um lugar que só lhe foi atribuído em Março deste ano, depois da desclassificação do vencedor, o russo Aleksandr Ivanov.

Parabéns, João Leão!