Chega a ser doloroso quando se pensa que, ontem, Silas colocou em campo aqueles que são considerados o melhor onze possível pela maioria dos adeptos.

Sendo o mais sincero possível, vejo aquela equipa em campo e regresso a 1996, quando o Norton de Matos, cheio de conhecimentos no mercado belga, nos brindou com contratações De Wilde e Missé-Missé, aos quais juntou Gil Baiano, Balajic César Ramirez e Hadji (o único gajo que valia alguma coisa). Não contente com isto, no ano seguinte oferece-nos Carlos Miguel, Vinicius, Néné e Giménez (safaram-se o Leandro e o Lang), antes de passar a pasta ao José Couceiro, que aposta no Carlos Manuel para treinador, trazendo a reboque o Renato, o Leão e o incrível Ivo Damas.

Para mim, é neste ponto em que estamos, não só pela ausência de qualidade em vários jogadores, mas, também, pela velocidade com que trocamos de treinador.

Mas voltemos ao início do post. Chega a ser doloroso quando se pensa que, ontem, Silas colocou em campo aqueles que são considerados o melhor onze possível pela maioria dos adeptos. Há quem lamente as lesões de Battaglia e do Ristovsky, mas desde já vos digo que se o Risto não me incomoda, não acho propriamente piada ao Batta.

Ora colocando de lado o nó na garganta com que fico quando penso que despachámos o Bas Dost e o Domingos Duarte e que emprestámos o Daniel Bragança e o Matheus Pereira, já para não falar que é cada vez menos explicável o porquê de termos vendido Thierry para dar oito milhões por Rosier, ou termos vendido Raphinha para ir buscar três gajos que, juntos, acrescentam menos do que o brasileiro acrescentava, olhemos para quem cá está.

Na baliza já sabem que eu colocava Max a jogar.
Na defesa, pouco ou nada a fazer, além de esperar que Risto recupere da lesão e que nenhum dos outros três se lesione. Imaginar um Eduardo Quaresma a ser lançado é, parece-me, pura utopia.
No miolo começam as opções que dificilmente se entendem. O que será necessário para Matheus Nunes ter oportunidades? Quanto pouco mais têm que jogar Doumbia e Wendel?
Depois, a alas. A insistência em colocar Vietto junto à linha tem tudo para continuar a correr mal. Pior, ainda, quando do outro lado está um verdadeiro catrapila. Cheio de vontade, é certo, mas um real catrapila. Bolasie (o que é que o gajo tem a mais do que Mama Baldé, além de experiência?). Porque não há uma aposta consistente em Plata? Porque não se dá uma oportunidade à irreverência de Joelson, ainda por cima numa equipa que parece incapaz de sair do espartilho?
Na frente, nem vale a pena. Há o Phellype e pronto. Pedro Mendes que espere até janeiro.

É pouco, claro que é pouco, mas a verdade é que podem ser feitas três ou quatro mexidas com a garantia de que pior a equipa não fica e ainda terá o extra de ter em campo gente com sangue quente. Cabe a Silas decidir.