Esta semana um dos jogadores mais discretos da nossa equipa de voleibol masculino teve o seu aniversário – João Fidalgo.

No voleibol, a posição de líbero não é muito notada. Se joga bem não se nota. Se, por outro lado, joga mal, facilmente terá todos os holofotes negativos para si. É, por isso, injusto pouco se falar do João Fidalgo. Eu faço mea culpa por isso. Hoje não será assim.

O nosso craque está connosco desde o (re)nascimento da modalidade, tendo sido campeão nacional. Este já seria um bom motivo para o destacar.

Nasceu onde a maioria dos jogadores de voleibol nascem, em Espinho. Quando lhe perguntam há quantos anos joga voleibol, a resposta não é precisa. “Tinha uns 5 ou 6 anos”, dizia numa entrevista. Isto é tão curioso como eu pedir, a qualquer tasqueiro, uma memória dos vossos 5 anos. Não é fácil, pois não? O João Fidalgo tem-nas e implicam estar com uma bola de voleibol nas mãos.

Ainda novo escolheu praticar o jogo dos “grandes”, não sabendo que altura teria. Hoje, aos 33 anos, e com 1,72m percebe-se que deve ter dado muito trabalho aqui chegar. É certo que jogar a líbero não precisa de ser alto para atacar, mas ajuda muito em vários fundamentos do jogo.

Passou por diferentes clubes, destacando-se na AJ Fonte Bastardo. Tenho um fascínio por esta ilha, por esta freguesia e por aquela bela piscina de Porto Martins. O João teve a sorte de viver por lá. Não só sentiu as maravilhas da ilha, como foi campeão nacional contra todas as probabilidades. Era o líbero da equipa que venceu o Benfica e ajudou a travar a hegemonia do nosso rival no voleibol.

Mais um sportinguista! Começa a ser uma rotina nesta seção de voleibol. Jogadores que afirmam o seu orgulho leonino. Quando apresentou a sua renovação, num vídeo nas redes sociais, mostrou-nos 3 camisolas que tinha guardado. Uma de um ex-atleta, Carlos Natário, a camisola de quando foi campeão e a camisola que ostentava com o símbolo de campeão. Brilhantemente, mostrou-nos um caminho bonito. O da (1) tradição, o do (2) trabalho e o da (3) celebração! (1) Sei de onde venho, (2) lutei muito para conseguir atingir os objetivos e (3) vamos festejar com o símbolo que nos pertence. Grande mensagem, João!

É um lutador.
É um homem de família.
É humilde.
É trabalhador.
É ambicioso.
É um enorme jogador de equipa.
É um grande sportinguista.

Na semana do seu aniversário fica o elogio, assumindo que estamos melhores com o João Fidalgo vestido de verde e branco. Li, numa entrevista, que gosta do mar. Também a Sophia. Fica com este abraço da Tasca:

Mar Sonoro
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.

Parabéns João!

Seniores Masculinos

voleibolmasc

Nesta jornada dupla, voltámos a conquistar duas vitórias.

No dia 1, 3-0 (25-15; 25-19; 25-13) ao Famalicense, num jogo sem história nem comentários. O adversário faz parte do pelotão da manutenção. No domingo foi diferente. Fomos até Esmoriz vencer uma grande equipa de voleibol. Na pré-época tivemos dificuldade nos jogos contra eles, muito graças à boa atuação dos nossos ex-atletas: o campeão Hugo Ribeiro e o Roberto Reis.

Um jogo, claramente, ganho pelo Gersinho. Leitura perfeita do jogo e com conhecimento das possibilidades dos seus atletas, fizeram vencer esta batalha. Sem inventar, entrou com Miguel Maia a distribuir e os do costume: Denis, Sens, Renan, Brown e Athos. No final do 3º set, com o jogo empatado a 1 em set, mexe na equipa. Entrou o Hélio Sanches, que se tornou o homem do jogo. Atacou bem, blocou muito bem e serviu lindamente. No 4º set, quando o Esmoriz estava por cima do jogo, faz entrar o Lourenço por vez do Renan e teve a confiança na recepção que procurava.

Bem a pedir tempos, bem a mexer taticamente dada a pouca capacidade de bloco do nosso distribuidor. Para mim, o Gersinho venceu este jogo. E não me custa afirmar que, apesar das muitas limitações que a equipa apresenta, o Gersinho está a conseguir levar o barco. Que o saibam ajudar na altura certa, também.

Vencemos o Esmoriz GC por 3-1 (25-18; 17-25; 25-15; 25-20) num grande jogo de voleibol.

Ana CoutoSeniores Femininos
Numa reedição do duelo da época anterior, as nossas leoas receberam, no PJR, o CD Aves vencendo por 3-1 (25-20; 23-25; 25-14; 25-16). O nosso adversário estava invicto no campeonato, tendo já vencido o Leixões SC, com quem, recordo, tínhamos perdido em Matosinhos.

Uma pergunta retórica em jeito de resumo para cada atleta:
Fernanda Silva: Será que consegue jogar mal?
Amanda Cavalcanti: Já tem a sua bola preferida com a jogada chamada China?
Bruninha: Alguém a consegue parar?
Kate Yeazel: Precisamos de mais picos para o chão, pode ser?
Bárbara Pereira: Onde vai parar a evoluir assim?
Carolina Garcez: Como é que alguém com 18 anos pode jogar tão bem?
Marlucci Toazzi: Será a arma secreta da época?
Beatriz Rodrigues: Chegou o seu momento?

E deixo para o fim a nossa distribuidora para umas palavras mais demoradas.

Ana Couto: A má sorte ditou que se lesionasse. Percebeu-se que pode ser grave pelo rosto de dor e pela preocupação da equipa técnica. É uma craque que vai fazer muita falta à equipa, aos adeptos e a mim, que adoro vê-la passar. “Ninguém disse que seria fácil, apenas que valeria a pena”.

Não vejo outra forma, da Ana Couto e da equipa, enfrentar os próximos tempos, a não ser com trabalho, determinação, atitude, garra, superação, qualidade e vontade. Que volte rápido com os seus sorrisos!

Força Sporting! Força Voleibol!

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol)